Mesmo em ano atí­pico, Réveillon de Torres bateu recorde mais uma vez

4 de janeiro de 2013

 

 

A festa da passagem de ano em Torres transcorreu como se esperava. Mesmo sendo um ano atí­pico, onde existiu a passagem de um governo para outro (de outra coligação) e mesmo junto í s profecias de alguns pessimistas, que diziam que a qualidade dos shows não seria í  altura da necessidade de público, a passagem do Ano Novo em Torres mais uma vez bate recordes de público.

As previsíµes do clima propagadas pelos meios de comunicação do grupo RBS diziam que choveria durante todos os quatro dias do feriadão. Diziam com antecedência. Mas, como a previsão dos Maias para o final dos tempos, os técnicos das previsíµes do maior grupo de comunicação do RS erraram e o clima foi bom. Quem acreditou na RBS perdeu de pegar vários dias de praia com sol, mar limpo e de temperatura agradável e todas as benesses que a beira de praia e a cidade de Torres propiciam aos visitantes, que vêm buscar lazer e descanso em suas pequenas férias da rotina estressante das cidades grandes.

A única mazela deixada de legado ao turismo de Torres e aos turistas foi causada pela insistência da burocracia que rege a administração pública. Não havia banheiros quí­micos para o quase meio milhão de pessoas fazerem suas necessidades fisiológicas enquanto bebiam e comiam a mais (normal em perí­odos de festa), e não houve serviço de recolhimento de lixo no dia 1 º, pois se trata de o primeiro dia da nova legislatura, que assume em um feriado e í s 17 horas. E como em feriados não se trabalha, a menos que quem administre planeje e ASSINE horas extras, Torres acordou em meio ao lixo gerado pela festa do réveillon.

 í‰ que o prefeito que deixa o cargo no final da legislatura não pode deixar despesas a mais para serem pagas pelo seu substituto, nem o novo prefeito pode gerar conta sem antes estar no cargo, formalmente. Como Torres trocou de prefeito, João Alberto não conseguiu eleger seu sucessor Pardal e entregou em nome do PMDB o poder de gerenciar a cidade para Ní­lvia Pereira do PT; e como somos, fomos e seremos uma cidade de movimento sazonal, pois a população no veraneio passa dos 34 mil habitantes fixos para quase 400 mil no feriado de réveillon, as leis burras e burocráticas exigidas – sob pena de gestores serem presos por improbidade administrativa “ não permitem que nada seja feito, a menos que de forma ilegal. E o resultado é este. Planeja-se que metade das cidades gaúchas esteja sofrendo deste mesmo mal. E as cidades de beira de praia obviamente sofrem do mal multiplicado por 10.

Mas deu tudo certo. Mesmo as autoridades atuais e anteriores insistindo em fechar a principal rua da cidade, que liga a Praia Grande e a Prainha í  Praia da Cal e í  Guarita, somente para esperar durante toda í  tarde do dia 1 º a posse da nova prefeita, o que deixou a cidade que já estava cheia quase que num caos, nada de mais sério aconteceu. Afinal, em épocas de férias, os turistas acabam levando para a esportiva até alguns caos. Mais uma vez propiciados pelas normas imperialistas e burras do sistema público.

Agora resta saber o que o Ministério Público dirá sobre isto. Como o promotor local não considera responsável a municipalidade investir dinheiro público em shows, mesmo quando a cidade é, como Torres, totalmente dependente em sua economia do movimento justamente destas festas, não seria de se estranhar que haja uma ação civil pública contra estas mazelas públicas. Talvez o tribunal de contas seja o réu, ou talvez o responsável público por passar o réveillon em um lugar onde não houve recolhimento de lixo nem banheiros quí­micos sejam os turistas. Vá saber…

 

 


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