EDITORIAL – O Estado énosso ou nós somos propriedade do Estado?

28 de agosto de 2010

Em épocas de campanhas polí­ticas para cadeiras executivas e legislativas é importante que o eleitor faça uma reflexão que se coloca como vital para o ideal individual, que está dentro de todos nós, mesmo que sem se manifestar em muitos casos. Precisamos saber se gostarí­amos de ser donos do nosso Estado (nação), Estado (federação) e Estado (municí­pio) ou se nos contentamos de ser somente parte dele e termos que nos submeter a deveres cada vez maiores para sermos considerados cidadãos patrióticos. Trata-se de uma decisão que dirá se você, leitor, prefere ser mais livre e, em conseqí¼ência, ter de brigar mais por suas conquistas; ou se prefere submeter-se í s regras que mexem com sua liberdade, mas como contrapartida recebe algumas vantagens individuais propiciadas pelo Estado, Estado visto como a polí­tica agindo sobre nossas vidas.  

Quando um candidato qualquer promete mais serviços do Estado para beneficiar a população sem retirar este recurso de outra rubrica de serviço já exercido, certamente está tendo uma postura que sugere que mais ainda a população deverá ficar submissa aos governos, pagando ainda mais impostos, pois dinheiro não dá em árvore. Quando um candidato diz que irá programar centenas de clí­nicas de tratamento í  dependência quí­mica e não deixa claro de onde irá retirar estes recursos, sugere claramente que seu plano de governo prevê, no mí­nimo, manter a alta carga tributária brasileira e dos Estados brasileiros, que retira de todos, mas principalmente dos pobres, valores astroní´micos em impostos, pagos em atos simples do dia-a-dia, como comprar um KG de arroz, por exemplo. Quando um candidato afirma que irá transformar uma federação do paí­s (um Estado como o RS, por exemplo), em uma potência de infraestrutura, sem dizer de onde conseguirá recursos para isto, pode-se projetar aumento da submissão do povo deste mesmo Estado para com suas vidas, trocando a liberdade de poder trabalhar e se sustentar pagando preços mais justos por suas necessidades básicas, pela continuidade dos preços e juros abusivos praticados no paí­s, onde a cara tributária obriga brasileiros a pagar até três vezes mais caro produtos de consumo básico como geladeiras, fogíµes, automóveis, dentre outros.  

Infelizmente não existe partido polí­tico no Brasil atualmente que defenda incondicionalmente a baixa de impostos na nação, dando consequentemente mais liberdade de famí­lias pobres para comprar, ao invés da polí­tica atual de dar dinheiro para as mesmas famí­lias para que possam comprar produtos mais caros do que deveriam de ser. Não existe no Brasil nenhuma proposta clara de diminuir o peso do Estado em nossas vidas. Todos os partidos prevêem a arrecadação de quase 40% do que consumimos para trabalharem no paí­s. Somente a candidata í  presidência pelo PV, Maria Silva, se compromete formalmente por realizar um reforma tributária na nação, mas está apenas com 10% nas intençíµes de votos e não abre se sua idéia e da diminuição da carga.

 Nós, brasileiros e gaúchos, temos de ter bem claro se estamos satisfeitos com esta verdadeira submissão que nos encontramos. Se estamos satisfeitos com os preços pagos no Brasil e nos Estados da nação relacionados com os serviços precários que recebemos, podemos apoiar campanhas que mantêm o Estabelecido. Mas se quisermos diminuir nossa dependência compulsória da instituição Estado, deverí­amos cobrar de nossos candidatos uma postura mais pragmática para modificar isto.  


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