Em épocas de campanhas políticas para cadeiras executivas e legislativas é importante que o eleitor faça uma reflexão que se coloca como vital para o ideal individual, que está dentro de todos nós, mesmo que sem se manifestar em muitos casos. Precisamos saber se gostaríamos de ser donos do nosso Estado (nação), Estado (federação) e Estado (município) ou se nos contentamos de ser somente parte dele e termos que nos submeter a deveres cada vez maiores para sermos considerados cidadãos patrióticos. Trata-se de uma decisão que dirá se você, leitor, prefere ser mais livre e, em conseqí¼ência, ter de brigar mais por suas conquistas; ou se prefere submeter-se í s regras que mexem com sua liberdade, mas como contrapartida recebe algumas vantagens individuais propiciadas pelo Estado, Estado visto como a política agindo sobre nossas vidas.
Quando um candidato qualquer promete mais serviços do Estado para beneficiar a população sem retirar este recurso de outra rubrica de serviço já exercido, certamente está tendo uma postura que sugere que mais ainda a população deverá ficar submissa aos governos, pagando ainda mais impostos, pois dinheiro não dá em árvore. Quando um candidato diz que irá programar centenas de clínicas de tratamento í dependência química e não deixa claro de onde irá retirar estes recursos, sugere claramente que seu plano de governo prevê, no mínimo, manter a alta carga tributária brasileira e dos Estados brasileiros, que retira de todos, mas principalmente dos pobres, valores astroní´micos em impostos, pagos em atos simples do dia-a-dia, como comprar um KG de arroz, por exemplo. Quando um candidato afirma que irá transformar uma federação do país (um Estado como o RS, por exemplo), em uma potência de infraestrutura, sem dizer de onde conseguirá recursos para isto, pode-se projetar aumento da submissão do povo deste mesmo Estado para com suas vidas, trocando a liberdade de poder trabalhar e se sustentar pagando preços mais justos por suas necessidades básicas, pela continuidade dos preços e juros abusivos praticados no país, onde a cara tributária obriga brasileiros a pagar até três vezes mais caro produtos de consumo básico como geladeiras, fogíµes, automóveis, dentre outros.
Infelizmente não existe partido político no Brasil atualmente que defenda incondicionalmente a baixa de impostos na nação, dando consequentemente mais liberdade de famílias pobres para comprar, ao invés da política atual de dar dinheiro para as mesmas famílias para que possam comprar produtos mais caros do que deveriam de ser. Não existe no Brasil nenhuma proposta clara de diminuir o peso do Estado em nossas vidas. Todos os partidos prevêem a arrecadação de quase 40% do que consumimos para trabalharem no país. Somente a candidata í presidência pelo PV, Maria Silva, se compromete formalmente por realizar um reforma tributária na nação, mas está apenas com 10% nas intençíµes de votos e não abre se sua idéia e da diminuição da carga.
Nós, brasileiros e gaúchos, temos de ter bem claro se estamos satisfeitos com esta verdadeira submissão que nos encontramos. Se estamos satisfeitos com os preços pagos no Brasil e nos Estados da nação relacionados com os serviços precários que recebemos, podemos apoiar campanhas que mantêm o Estabelecido. Mas se quisermos diminuir nossa dependência compulsória da instituição Estado, deveríamos cobrar de nossos candidatos uma postura mais pragmática para modificar isto.