A maneira pessimista de interpretar as derrotas da vida parece alimentar o sentimento de impotência. Pessoas com tendência a melancolia e depressão, passam a dotar uma postura mental desistente e auto depreciativa diante da vida.
Desde os tempos da tenra infância, como todos lembramos, os boletins escolares eram uma das maiores fontes de euforia e desespero, que poderiam nos impulsionar para superação de novos desafios, ou inibirmos por sentirmo-nos incapazes, dependendo de como nossos pais lidavam e reagiam frente aos nossos erros, seja com desaprovação, humilhação, crítica, ou nos encorajando e transmitindo confiança, compreensão diante dos mesmos
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Se prevalece uma conduta negativista, de castigo, rejeição, depreciação por parte dos pais em relação í criança, por conseguinte ela poderá tornar-se um adulto deprimido, com baixa auto estima, nutrindo um sentimento de fracasso e incapacidade para a vida, pois acreditou e se convenceu de que a imagem refletida por seus pais, apequenada, era ela mesma.
Assim, quando adulto, tenderá a temer situaçíµes novas, desconhecidas, e diante de falhas próprias, será intransigente, implacável, como fora seus pais em sua infância, pela identificação com estas figuras, podendo tornar-se atemorizado em relação a novos desafios que levariam ao crescimento, evitando-os.
Portanto, entende-se que o pessimismo, dentre outras razíµes, também é fruto de um sentimento de derrota, de incompetência e medo de arriscar, pois se de antemão me convenço que algo não dará certo, então nem tentarei, assim não preciso arriscar o incerto, e me deparar com erros que venha a cometer, os quais temo tanto, como temia o castigo de meus pais, mas também perco a chance de ousar, evoluir e conquistar objetivos, idéias, sonhos.