Programa de Prevenção da Violência (PPV) do RS tem ações pioneiras no país

Torres já se beneficiou sobremaneira com
a adesão ao projeto
O Governo do Estado está indo ao encontro do que apontam os gaúchos em recente relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Naçíµes Unidas (PNUD). A violência urbana foi identificada como a principal fonte de preocupação, principalmente as causas externas (homicídios, suicídio e acidente de trânsito). Elas representam a quarta causa de morte no RS, conforme mostram os dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Para tanto o Governo instituiu, há três anos, o Programa de Prevenção da Violência (PPV), com açíµes pioneiras no país, que trata a questão da violência como sendo de saúde pública.
A criação de 391 vagas pelo SUS em Comunidades Terapêuticas em várias regiíµes do Estado, no ano passado, por exemplo, foi uma iniciativa inédita para dar conta da grande demanda do atendimento í dependência química, em especial o crack. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs), que são serviços de saúde mental abertos á comunidade passaram de 53, em 2002, para 134, neste ano. Além disso, a partir de 2008, a secretaria de Saúde do RS estabeleceu incentivo financeiro para a criação de 617 leitos em Hospitais Gerais, especializados em tratamento para dependentes de álcool e outras drogas.
Segurança é enfocada como um item de Saúde Pública
Com uma proposta de articulação intra e intersetorial, o PPV reúne hoje oito secretarias de Estado, e é coordenado pela Secretaria Geral de Governo, dentro do programa Estruturante Nossas Cidades. E por meio de um Termo de Cooperação Técnica com a UNESCO,o Estado viabilizou a contratação de técnicos especialistas no tema. Um mapeamento indicou 50 municípios com os maiores índices de violência por causas externas. Nestas cidades, o Comitê Estadual instituiu Comitês Municipais, que apontaram através de um diagnóstico as áreas com maior violência e estabeleceu um plano de ação.
Hoje existem 140 comunidades sendo trabalhadas, com 65 equipes de Saúde da Família e 79 visitadores do Primeira Infância Melhor. Estão em construção 17 complexos poliesportivos, compostos por espaços de convivência que possuem arquibancada, palco para shows, e quatro salas de apoio para inclusão digital, biblioteca e salão (espaço multiuso). As salas ficam í disposição das comunidades nos finais de semana e í noite. Até o final do ano, mais 19 quadras poliesportivas abertas serão entregues. Um total de 38 escolas estaduais e municipais participam do "Escola Aberta", com espaço alternativo para o desenvolvimento de atividades de formação, cultura, esporte, lazer.
Com o objetivo de promover um olhar reflexivo sobre a violência, foram realizadas 53 oficinas de fotografia, projeção de filmes e discussão sobre esta temática, e instalação de 14 postos de leitura (kits com exemplares de vários autores para estimular a criação de bibliotecas). Com a parceria de redes sociais, o PPV já capacitou mais de oito mil técnicos para a realização dos trabalhos.
Torres foi uma das cidades mais em dotadas pelo PPV por
se adaptar e acreditar no programa do governo do Rio Grande do Sul
A cidade de Torres foi uma das primeiras do Estado a se adequar incondicionalmente ao PPV. Hoje a estrutura de saúde ligada í temas de combate ao vício do crack, por exemplo, está ligada ao programa. A cidade possui um comitê que se reúne sistematicamente para debater o tema presidido pelo vereador José Ivan Pereira, e os projetos de infraestrutura social ligados í Educação, Ação Social e Saúde já se beneficiaram de obras financias quase que totalmente pelo Estado do RS. A construção do segundo andar do CAPS, localizado no campo do Torrense e a construção de uma quadra multiesportiva na Escola da Zona Sul são exemplos práticos dos benefícios que Torres obteve e obtém ao ser incluída nas cidades onde o PPV está implementado.