Punir fofoqueiros
A disputa na eleição ao governo do Brasil mais uma vez começou a esquentar, mas infelizmente pelo lado ruim da competição. Boatos divulgados em uma revista de alta circulação nacional acusam o PT de estar produzindo um dossiê contra o candidato do PSDB no pleito, José Serra. E o PT diz que é uma armação do PSDB para tentar colocar no lixo o crescimento da candidatura Dilma nas pesquisas.
Pra mim esta baixaria só levará ao crescimento a candidatura da competente e ética Marina Silva (PV). Ninguém é santinho nesta estória. Sabe-se que existem arapongas produzindo dossiês de ambos os lados. O que deixa o eleitor ainda mais desesperançoso em tudo isto é o fato da revista Veja se prestar a ser laranja da arapongagem. Acho que deve rolar muita grana nestas jogadas. Aqui no sul, a esquerda corporativista recebeu uma ajudinha do Psol, que conseguiu destruir a imagem da melhor governadora que o RS teve nos últimos anos com foguetíµes sem provas, e usou o CPERGS para ser a laranja sem cunho político dos foguetíµes, que proporcionou baixarias na frente da casa da governadora e em out- door pela Capital.
Acho que, acima de tudo, a lei deveria punir acusaçíµes sem nexo, punir o acusador e os meios de comunicação, que por sua vez usam seu poder para fofoquear o que não está provado. Lembro que o PSOL aqui no sul disse publicamente que possuía um vídeo com imagens de cinema onde a governadora estava incluída, vídeoeste que não apareceu… E a RBS foi uma verdadeira corneta na divulgação disto, ainda não entendi o porquê.
Segundo turno e primeiro turno…
Aqui no RS mais uma vez haverá na verdade uma eleição entre a esquerda e o resto… Por isto, mas uma vez também o pleito acabará ficando entre Tarso Genro e o representante da anti esquerda para concorrer no segundo turno.
O discurso de esquerda só cabe no PT, no Psol, no PSTU e no PC do B. Mas a ideologia de esquerda, de um Estado grande, enpreguistas, defensor da Empresa Pública, cabe a muitos, principalmente para aqueles que estão empregados no Estado. Portanto, por muito tempo as eleiçíµes se comportarão assim: a esquerda (atualmente conservadora pela alta presença no poder no Brasil) e os anti esquerdas, pois direita não existe nem no RS nem no Brasil, ninguém teve a coragem de fundar um partido para assumir esta ideologia e poder fazer um debate justo nos pleitos.
Cabe a nós projetarmos qual o candidato que irá enfrentar Tarso Genro no segundo Turno. Se Fogaça, se Yeda ou se outro. Portanto, teremos uma eleição separada com somente um turno: a eleição entre os anti- esquerda ou dos anti-PT, para alguns.
Marajás
Nós contribuinte pagamos para 100 pessoas, somente no Estado do RS, no legislativo, judiciário e no MP Estadual, salário mensais acima do teto, que é de em torno de R$ 25 mil, fora os penduricalhos, as URVs e os benefícios de auxilio moradia para quem sequer vai í esquina… Tem salário de mais de R$ 38 mil. pagos í aposentados!
Nada contra os servidores, que estão recebendo o que nós, sociedade, através de NOSSOS deputados estaduais estamos legislando, embora eu não quisesse ser nenhum destes, pois receber o teto já é demais, imagina acima o teto, trata-se de um teto- teta… Mas contra os sistema, pois este nível de salário, pouquíssimos diretores da iniciativa privada recebem no RS, geralmente beneficio salarial dado í presidentes de companhias, que por sua vez podem ir para a rua í qualquer momento, quando os marajás públicos têm estabilidade; e se aposentam com R$ 3 mil/mês, contra os quase R$ 40 mil de seu irmãos da máquina pública.
Desta forma, as carreiras no Brasil deveriam já, desde agora, serem projetadas para que nossos jovens se especializem em concurso público, pois com as diferenças salariais entre a iniciativa privada e a pública, nossos expoentes jovens dificilmente serão tão idealistas í ponto de trocar um salário base inicial de entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, com estabilidade, por um salário médio de R$ 1.000 iniciais na iniciativa privada, com direto í pé na bunda í qualquer momento. E haja mistério, secretaria e comarcas do judiciário e do MP para agí¼entar esta demanda… E nós, simples viventes, que pagamos esta palhaçada…
Justiça
A deputada Luciana Genro conseguiu aprovar na comissão temática da Câmara Federal um projeto de lei de sua autoria que implanta no Brasil o Imposto sobre grandes fortunas. Trata-se de uma modalidade de tributação justa, pois tributa patrimí´nios acima de R$ 2 milhíµes.
Mas no Brasil, para mim, qualquer imposto adicional deveria vir adicionado de baixas de impostos já existentes em dobro. Por exemplo, se for projetado a cobrança de R$ X de impostos sobre fortuna, a própria lei deveria dizer de onde o contribuinte médio seria avaliado (em dobro) por mais esta obrigação. Por exemplo, poderia ser descontado com diminuição do Imposto de renda na fonte sobre salários menores que R$ 5 mil, ou do IPI sobre a produção de alimentos, etc…
Império ataca
A prefeitura municipal de Torres está obrigada a demitir mais de 100 funcionários (qualificados) que estavam contratados através de convênios para evitar o peso da estabilidade do emprego e suas nuances na administração local. Isto fará com que, principalmente o sistema de Saúde Pública, que se beneficiava destes contratos conveniados seja prejudicado, e corremos o risco de termos sensíveis perdas na qualidade do atendimento de saúde.
Mais uma vez as leis maiores mostram que quem define as regras do jogo é o Governo Federal. Aumentam diariamente as obrigaçíµes dos municípios e a cobrança dos cidadãos na cidade (cidadão vem de cidade, onde as pessoas vivem), mas o sistema tributário não compensa nos repasses. Estamos caminhando para uma inviabilização total da gestão pública nos municípios. Os prefeitos e os secretários e vereadores são sacos de pancadas dos cidadãos (com razão, pois o cidadão deve reclamar, sempre), mas os geradores destas mazelas são os deputados federais e senadores, que insistem em deixar Brasília como um Império e uma Ilha da Fantasia.
Lá se empresta dinheiro para a Venezuela, para o Irã; se gasta dinheiro em armamentos que irão enferrujar por não serem usados (graças a Deus); se gasta dinheiro em viagem de senadores e deputados pelo mundo, que ao invés de trazerem uma receita para colocar esgoto nos pobres bairros das periferias das cidades, vêm com idéias de regrar o melhor uso dos aeroportos do Brasil com padríµes suíços, dentre outras festas com o dinheiro público.
E o povão aqui na ponta fica morando no meio do esgoto, sem água em alguns casos, sem transporte público bom e barato, e acaba sendo amaciado com um Bolsa Família qualquer, para calar a boca e deixar os Homens trabalharem…
Copo cheio ou vazio
Ainda quanto í obrigação da demissão de funcionários de qualificaçíµes superiores da Prefeitura de Torres, acho que podemos fazer uma analogia com a velha história do copo pela metade. Quem qualifica bem os atos da prefeitura em geral, consequentemente enxerga em um copo pela metade uma vantagem, pois ele poderia estar vazio… Este acaba vendo o fato como um baque para a competente saúde pública que estava sendo implementada na cidade, enxergando, portanto como uma injustiça o que foi exigido.
Já os que não admiram o governo atual de Torres, portanto enxergam um copo pela metade como uma falha, pois ele só estaria bom se tivesse cheio, vêem no ato uma forma de criticar, mas criticar o que estava bom, mesmo que fosse somente na saúde.
Os índices de medição de qualidade de vida e de saúde em Torres melhoraram exponencialmente, isto é o que interessa. E agora deveríamos ser criativos e solidários a qualquer medida que vise manter o que estava sendo feito, que estava bom. Se houve um erro ou o aproveitamento de uma brecha da lei, a punição já veio, e esta punição será para todos os torrenses. Enxergar nisto um copo de água pela metade bom é tentar ajudar a melhorar. Enxergar isto como um copo de água pela metade ruim, por achar que ele deveria estar cheio é, afinal, um tiro no pé, pois o copo pela metade poderá diminuir ainda mais…