Seminário Aglomeração Urbana do Litoral Norte” MERCADO IMOBILIíRIO EM PAUTA

17 de julho de 2015

 

 

 Encontro em Torres (foto) debateu aumento do teto de valores básicos para financiamento a partir do "Minha Casa Minha Vida", que passou de R$ 90 mil para R$ 145 mil.

 

Por Guile Rocha*

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A aglomeração urbana é o espaço urbano contí­nuo, resultante de um processo de conurbação ainda incipiente. Segundo a Wikipedia, trata-se de um espaço urbano de ní­vel sub-metropolitano ou, em termos simplificados, de uma região metropolitana de menor porte, em que as áreas urbanas de duas ou mais cidades são fracamente conurbadas.

Até 2013 o Rio Grande do Sul contava com uma região metropolitana (Porto Alegre e cidades ao redor) e três aglomeraçíµes urbanas. Essa situação foi considerada como uma desvantagem do estado com relação í s demais unidades da federação na disputa por recursos federais. Assim, o legislativo estadual está convertendo as aglomeraçíµes urbanas em regiíµes metropolitanas. í‰ o caso do Litoral Norte do RS.

 

Mudanças para buscar mais recursos

 

E na sexta passada (10 de julho), representantes das Prefeituras de Torres e região participaram, do evento Aglomeração Urbana do Litoral Norte e o Impacto para o Mercado Imobiliário Local, um seminário promovido pela Prefeitura Municipal de Torres e a Caixa Econí´mica Federal. O evento ocorreu em auditório do Hotel De Rose, e foi dirigido a gestores públicos, mercado imobiliário e construção civil. O seminário tem como objetivo tratar as novas regras (válidas desde 11 de junho), referentes a elevação dos valores de imóveis enquadrados no Programa ‘Minha Casa Minha Vida’ (MCMV). Em municí­pios do Litoral Norte do RS, houve mudanças nas faixas 2 e 3, cujo valor do imóvel a ser adquirido e financiado pelo programa subiu de R$ 90 mil para R$ 145 mil, utilizando a prerrogativa da Lei 12100/04. O seminário contou com a participação da prefeita de Torres, Ní­lvia Pinto Pereira, entre outras autoridades polí­ticas locais e regionais, corretores de imóveis e representantes da construção civil.

Segundo Ní­lvia Pereira, "a Caixa tem uma atuação muito ativa no municí­pio, exercendo um importante papel para a cidade a partir de programas como o Minha Casa, Minha Vida, que (com as mudanças) vai beneficiar muitas famí­lias torrenses". Como proposta para melhor encaminhamento da questão, a prefeita sugeriu um Feirão de Simulaçíµes, para que os interessados em financiar imóveis pelo MCMV saibam as condiçíµes necessárias para fazê-lo, além de os construtores terem a noção exata da demanda no municí­pio. A nova medida enquadra os municí­pios do litoral Norte do RS como cidades metropolitanas. Com a resolução, deve ocorrer um fomento í  economia e espera-se um aumento significativo no acesso a recursos públicos para habitação.

 

Facilitando a compra do primeiro imóvel

 

O responsável pela Superintendência de Negócios de Habitação da Caixa Econí´mica Federal (CEF), em Porto Alegre, Disney Barroca Neto, explicou que o objetivo – com o aumento no valor máximo para financiamento para R$ 145 mil –  é "possibilitar ao máximo que pessoas com renda mais baixa também possam adquirir seu primeiro imóvel". Disney informou que a Caixa financia cerca de 1 milhão de imóveis por ano no Brasil, sendo que a cada 100 pedidos de financiamento, aprova 75. "O site de simulaçíµes do MCMV é o segundo mais acessado do Brasil. Com isso, a Caixa conseguiu mapear cada municí­pio, observando o perfil das pessoas que querem adquirir a casa própria". Ele ainda informou que, em agosto, deve entrar o MCMV III, e os preços devem subir para R$ 170 mil. O Simulador Habitacional da Caixa pode ser acessado em www.caixa.gov.br

Após o termino do evento, o Superintendente de Habitação da Caixa conversou com o Jornal A FOLHA. Disney Barroca Neto considerou o seminário positivo pela junção de vários a atores –   prefeituras, construtores, imobiliárias e a Caixa Econí´mica – para explicar as alteraçíµes dos valores do Minha Casa Minha Vida. "Dada a valorização do mercado imobiliário do Litoral Norte (especialmente em Torres), era difí­cil viabilizar um bom projeto de moradia para as faixas com renda mais básica – que até então, só poderiam financiar uma habitação se os valores estivessem afixados em até R$ 90 mil. Com o aumento do valor máximo (para R$ 145 mil),   podemos atrair as construtoras a realizar projetos de habitação que não eram muito interessantes para elas até então", ponderou Disney, que continua a explicação: "Uma famí­lia com renda média de R$ 2,5 mil mensais, por exemplo, se sentia desprivilegiada pelos limites anteriores. Agora, até mesmo um condomí­nio horizontal mais popular poderia entrar pela MCMV, sendo financiados em até 35 anos com juros mais baixos e parcelas melhores", finalizou.

Conversamos também com um dos corretores presentes no evento, Max Marcelino, da GM Imóveis. Ele concorda que o novo teto de financiamento do Minha Casa Minha Vida  vai ampliar as chances da pessoa investir na sua primeira casa própria. "Melhoraram as condiçíµes para os trabalhadores e a Caixa mostra que acredita que o mercado imobiliário irá se manter ativo. Além disso, penso que conta bastante a urbanização da área em que haverá uma determinada obra: pois se não há uma boa estrutura ao redor de asfaltamento, iluminação, água, esgoto e serviços, fica mais difí­cil de encaminhar um projeto de construção".

 

 

 

*com informaçíµes de Prefeitura de Torres

 


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