UM BALONISMO BRILHANTE

14 de maio de 2010

 

Maria Helena Tomé Gonçalves ( mhtgoncalves@hotmail.com)    

Depois de muitos anos enfrentando mau tempo durante o Festival de Balonismo de Torres tivemos a felicidade de dias maravilhosos, céu limpo, poucos ventos, temperatura amena, tudo que poderí­amos desejar para uma edição de sucesso nesse ano de 2010. Acordar de manhã cedo e ver o céu já muito azul coalhado de muití­ssimos balíµes coloridos e despedir-se do dia com uma nova revoada passando muito próximo dos prédios mais altos nos trouxe uma sensação de êxtase e alegria intensos.  

Na sua vigésima segunda edição o Festival de Balonismo está consolidado em sua realização em Torres. Conversei com muita gente de fora, muitos vindos pela primeira vez atraí­dos pela propaganda televisiva, outros retornando após vários festivais, todos encantados com a beleza dos balíµes e da natureza exuberante da cidade. Isso contrasta com notí­cias de abaixo assinado pedindo que o Balonismo seja realizado em outro local por causa do barulho. Veja só, há moradores de Torres que em vez de se embriagarem de beleza, incomodam-se com o ruí­do. Temos mais é que valorizar esse evento e agradecer por sua edição anual, pois se não chega a trazer muito dinheiro novo para os negócios, traz dividendos em divulgação e atração de novos públicos, não só para o evento, mas também para os próximos veraneios atraí­dos pelo que podem ver a mais além dos balíµes.  

Após tantas ediçíµes está na hora, aliás, já passou da hora dos improvisos e das despesas transitórias com aluguel de toldos, sanitários, gerador de energia, palcos… está na hora de ser construí­do um bom pavilhão de eventos que sirva também para outras festividades. O modelo adotado esse ano está ótimo, semelhante í  estrutura do pavilhão construí­do em Tramandaí­ para a sua Festa do Peixe e que recebe mensalmente um evento para o público local e regional. Gostaria de ver publicado um balancete das despesas com esses aluguéis, pois acredito que em poucos anos pagarí­amos uma construção de quarenta por duzentos metros ao valor de um CUB simples, em média oitocentos reais, com bons sanitários, área de alimentação, área de exposiçíµes, área para feirinha e palco.    

Até hoje eu não entendi para que foi construí­do aquele pavilhão inaugurado no ano passado, pequeno, acanhado, na periferia da área do Parque e que não tem sido usado para nada. Qual o objetivo da sua construção? No Festival de Balonismo passado houve uma tentativa de uso com algumas exposiçíµes e nesse ano parece que para nada foi utilizado. Como se explica?

 Parece-me que nos faltam projetos a médio e longo prazo e uma vontade polí­tica e administrativa de ferro para consolidá-los. Sinto como se nunca soubéssemos para onde ir, de fato. O ano já está na metade de seu segundo trimestre e as obras prometidas para melhoria e embelezamento da Beira Mar, iniciando pela Prainha, ainda estão somente no papel. Logo, logo dezembro chega e continuamos com as ruas esburacadas, sem sinalização turí­stica adequada e todas as mazelas que já cansamos de analisar. Nem mesmo a nova Casa do Turista foi inaugurada, prometida para o Veraneio que passou, passou o Festival de Balonismo ainda em obras e nada de inauguração, enfeiando mais ainda a chegada na cidade com aquele triângulo de tapumes. A obra nem é tão grande nem tão complexa para demorar tanto a ficar pronta. O que falta: dinheiro, fiscalização sobre o trabalho da empreiteira, vontade verdadeira de concluir a obra? Apesar de tudo, Muito Obrigada, Deus, pelo tempo maravilhoso durante o último Balonismo!    

 


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