
Atualmente, na cidade de Torres, existem 2.709 famílias cadastradas no programa do Bolsa Família, do Governo Federal. Elas recebem em média 22 reais por criança, por até três, e aquelas famílias que apresentam maior carência recebem um adicional de 68 reais. O cadastramento destas pessoas é feito na Ação Social da cidade. Ali, os assistentes sociais, juntamente com o secretário Carlos Roberto Monteiro, cadastram e qualificam através de entrevista e visitas domiciliares os candidatos ao benefício. Esse auxílio, todos sabem, não é suficiente para tirar ninguém da miserabilidade, mas, se vier acompanhado de outras açíµes, pode, sim, ajudar uma pessoa.
Projetos locais e estaduais complementam os federais
Por isso, a Ação Social de Torres criou projetos de fomento í profissionalização dessas pessoas para auxiliá-las a melhorar a renda. Ao todo são quatro: O Projeto Arca, que leva 400 cestas básicas de Natal, o Projeto Peti, de erradicação do trabalho infantil para jovens de 7 a 16 anos, em conjunto com o Governo do RS; o projeto também em parceria com o governo do Estado Emancipar, que recicla os trabalhadores e o PFET, programa das frentes emergenciais de trabalho. Nesse último a pessoa se inscreve para prestar serviço e recebe um salário mínimo por até seis meses. Ao invés de ganhar, o cidadão carente troca sua mão-de-obra por salário, ensina o secretário da Ação Social de Torres, Carlos Monteiro, o Tubarão.
Esses projetos foram implantados desde o início do ano e já tem seus formandos. í‰ o caso de Marlene Florentino, 50 anos, moradora do bairro da Guarita. Ela está inscrita no projeto Emancipar e além de conseguir terminar o curso da quinta série ainda freqí¼enta as aulas das oficinas que a capacitam a confeccionar edredons, fazer pães e artesanatos. Vinda de Porto Alegre, há dois anos, Marlene, agora, pretende criar uma panificadora no bairro junto com outras mães na mesma situação. Participar deste projeto me deu ânimo para começar de novo. Agora é arregaçar as mangas e trabalhar, diz.
A reportagem de A FOLHA acompanhou o dia do secretário de ação social pessoalmente indo conferir se elas estavam mesmo passando dificuldade. O que se verificou foi que a maioria estava em situação precaríssima e o secretário em vista disso enviou também uma cesta básica para dar um reforço a essas pessoas. í‰ o auxílio emergencial com que a população pode contar. Esse foi o caso de Cristiane Daitx Justo, 23 anos, moradora do bairro Salinas. Mãe de duas crianças ela não pode trabalhar por que não tem com quem deixar a criança de três anos que não conseguiu vaga na creche da região e por isso pediu ajuda a ação social que prontamente a auxiliou. í‰ um momento muito delicado para mim, por isso acionei a ação social. No dia seguinte a reportagem apurou que o bebe já se encontra na creche e a mãe já podia buscar trabalho.