Recente vazamento de esgoto na Prainha foi causado por entupimento de cano, explica Corsan

Vídeo postado na web (foto) no último dia 24 de janeiro indignou pessoas por acontecer em pleno período de veraneio, mas os danos foram pequenos na prática, conforme Corsan

3 de fevereiro de 2020

 

No final de semana passado, circulou um vídeo nas redes sociais, colocado por um morador de Torres que estava preocupado com o que via: Era o vazamento em direção ao mar, na Prainha, de uma água escura e malcheirosa. A ação foi filmada na sexta-feira, dia 24.  Provavelmente, portanto, esgoto sendo colocado no mar sem tratamento sanitário. E foi o que aconteceu.

Os comentários que foram colocados embaixo da publicação preocuparam o jornal A FOLHA –  já que as acusações eram errôneas, o que não ajuda em nada a gestão do meio ambiente local e a busca de balneabilidade das praias torrenses. Diziam que a cidade não tinha captação de esgoto, somente no centro, o que é uma informação equivocada. Que os canos das tubulações eram velhos e não funcionavam, o que não condiz com a realidade. Que os prédios construídos em Torres estavam acima da capacidade de absorção de esgotamento sanitário local, o que também é errado.

Corsan explica e tranquiliza população

Conforme informou para A FOLHA o gerente local da Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan), Aldo Martins Santos, o que houve foi um acidente ocasionado por um entupimento de canos que circulam por baixo da terra e que são ligados pelos “PVs” – bueiros que dão possibilidade de saída de resíduos, caso haja entupimentos na rede (o que houve). Estes bueiros permitem que os trabalhadores possam intervir no sistema, arrumando-o.

Causa é de colocação de materiais não deterioráveis no esgoto

Segundo a mesma gerência da Corsan em Torres, a causa deste tipo de acidente no sistema é ocasionada geralmente pela colocação de materiais que não poderiam ser jogado na rede de esgoto (lixo, roupas e etc.), o caso verificado no dia do vazamento. Mas pode também, em outras ocasiões, ser gerado por ligações clandestinas de esgotamento pluvial (chuvas) feitas na rede cloacal, o que ocasiona transbordamento em dias de precipitação muito alta.

O mesmo gerente, Aldo Santos, também explicou que não houve (e não há) muito impacto real em problemas ocasionados por estas mazelas no sistema, como a que ocorreu na sexta-feira (24/1). Isso, claro, desde que haja o atendimento rápido da companhia para sanar o entupimento, o que aconteceu no caso de Torres, após a secretaria do Meio Ambiente da cidade alertar a Corsan sobre o vazamento (depois de ter recebido o aviso por parte de um cidadão da cidade). “O problema foi sanado rapidamente e o impacto no oceano causado pela quantidade vazada não é nada significativo”, afirmou Aldo, tranquilizando a população.

 Torres pode chegar a 80% de esgoto captado (com 100% deste sendo tratado)

A Corsan mais uma vez comemora os índices de captação e tratamento de esgoto em Torres. O gerente afirma que atualmente, 60% das residências e estabelecimentos comerciais do município possuem rede de esgoto de captação ligada ou disponível. Com término das obras no bairro Igra Sul (que estavam pendentes) o percentual sobe para 65%. E está previsto para ser iniciado, ainda no ano de 2020, investimento importante da estatal gaúcha nos bairros da zona sul da cidade (bairros São Francisco, Guarita e etc.) que podem levar o município de Torres finalmente a um índice de 80% de captação de esgoto.

Deste esgoto captado, 100% são tratados na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) localizada no Bairro Salinas. O esgoto captado na cidade é mandado para lá por mecanismos de bombeamento de várias estações localizadas na urbanidade de Torres, como a da própria Prainha, na beira mar.

 

 


Publicado em: Meio Ambiente






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