Numa Coletiva de imprensa realizada na Câmara Municipal de Torres no final da manhã desta terça-feira, dia 29 de agosto, as autoridades policiais envolvidas na “Operação Turrim” (Torre em Latin) compartilharam mais detalhes acerca das prisões realizadas em Torres e região, assim como informações sobre o modo de operação da organização criminosa desmantelada, que resultou em mais de 50 pessoas presas. Além de repetirem detalhes do que já foi amplamente divulgado sobre a grande operação conjunta do Ministério Público (MP), Polícia Civil gaúcha (com destaque para a delegacia de Torres) e Polícia Civil catarinense, o delegado gaúcho Sandro Coran, o promotor de justiça Alexandre Soares e outras autoridades responderam a perguntas de órgãos de imprensa de Torres, de municípios vizinhos do estado e de Santa Catarina. E novidades apareceram como:
– A facção é de origem no Vale dos Sinos, e estava aumentando a operação no estado gaúcho, além de estar entrando no sul do estado de Santa Catarina.
– O esquema era conduzido pelas duas principais lideranças presas, que moravam em Torres e agiam no ramo gastronômico e imobiliário da cidade, além do tráfico de drogas.
– Foi identificado no recorrer das investigações (mais de um ano) que a quadrilha estava entrando com força no estado de Santa Catarina, o que fez com que a polícia de lá iniciasse uma parceria com a policia gaúcha para brecar o que foi diagnosticado como uma forma “do crime gaúcho se expandir para SC”.
Segunda fase é para desvendar origem da Lavagem de dinheiro
Mas a principal informação dada pelos coordenadores da polícia foi a de que irá acontecer a segunda fase da Operação Turrim: a investigação sobre a lavagem de dinheiro realizada pela organização criminosa. Conforme o delegado da polícia gaúcha, após as diligencias que serão feitas junto aos presos, a polícia deverá descobrir outras fontes de crime de lavagem do dinheiro do tráfico da quadrilha, o que poderá gerar outros pontos iniciais de novas operações lideradas pelos irmãos criminosos presos em Torres. Operações novas estas feitas para que o dinheiro do tráfico fosse lavado (investido).
Irmãos lideravam em Torres
A chamada “Operação Turrim”, desencadeada na manhã desta terça-feira (29) teve como alvo dois empresários irmãos, um do ramo de compra, venda e aluguel de imóveis; outro do ramo gastronômico. Um advogado criminalista – que teria ajudado a guardar as armas dos suspeitos de liderarem a quadrilha de tráfico de drogas e que também teria realizado execuções de pessoas também foi preso quando encontraram em sua casa e em seu escritório, várias armas que estariam sendo “guardadas” por ele para os irmãos acusados.
Foram arrestadas 43 armas de fogo, quatro veículos de luxo e foram bloqueadas 24 contas bancarias com os presos. Agora a polícia deverá ir adiante na busca de investimentos da Organização criminosa.