O Brasil registrou 57.341 mortes violentas intencionais em 2018, redução de 10,43% em relação ao ano anterior, quando o número chegou a 64.021. Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019, divulgado na terça-feira, dia 10 de setembro, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A taxa de homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes chegou a 27,5 no país em 2018, enquanto em 2017 era de 30,8 – uma redução de 10,8%. No recorte por unidades federativas, as maiores taxas estão em Roraima (66,6), no Amapá (57,9), no Rio Grande do Norte (55,4) e no Pará (54,6). Já as menores foram registradas em São Paulo (9,5), Santa Catarina (13,3), Minas Gerais (15,4) e no Distrito Federal (16,6).
“Em Roraima, onde essa guerra entre PCC [Primeiro Comando da Capital], CV [Comando Vermelho] e grupos locais ainda não se resolveu, muito pelo contrário, as taxas de homicídios dolosos subiram 227% nesta década”. No caso do Amapá, o anuário destaca o cenário como “ainda mais dramático”. Os dados mostram que a taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes cresceu 1.100% em sete anos. “Serviços de inteligência atestam a existência de sete facções criminais no estado, ainda em guerra no início de 2019”, aponta o estudo.
ZOOM LOCAL: Em Torres queda foi um ano após
Na cidade de Torres, centro de um polo urbano do Litoral Norte gaúcho, a queda também aconteceu. Mas o movimento foi um ano após a queda no Brasil. Aqui na região, no ano de 2018 as ocorrências de homicídios primeiramente cresceram em comparação com 2017- mas desceram em 2019. Por aqui, a maioria das mortes esteve relacionada com brigas por espaço entre as organizações para o tráfico de drogas, um fator bastante determinante também em todo o Brasil.
Conforme dados fornecidos pelo delegado da Polícia Civil de Torres (DP), Juliano Aguiar, em 2017, foram contabilizadas 19 mortes violentas (assassinatos) . Em 2018 o número cresceu para 22 homicídios, num aumento de 15%. Mas no ano de 2019, após ações fortes implementadas na cidade pela Polícia Civil – em parceria com a BM – as mortes violentas caíram para 8, até o final do mês de agosto. Assim, há uma queda projetada relativa de mais de 40%.
