Na sessão solene da posse dos vereadores realizada no dia 1º de janeiro de 2025, dentre outros assuntos, o vereador Rogerio Jacob, o Rogerinho (PP) desabafou sobre a forma que a municipalidade realizou a queima de fogos na tradicional feste de réveillon de Torres.
Ele lamentou peremptoriamente o que chamou de última atitude do agora ex-prefeito Carlos Souza: “Infelizmente o próprio poder executivo desrespeitou a própria lei municipal”, sugerindo que o mau exemplo seria um convite para mais desrespeito de leis pela população torrense. “Imagina então o que os outros munícipes deverão fazer perante a mesma lei?” Indagou.
O projeto de lei municipal 0001/2024 – que proíbe o uso de fogos de artifício muito barulhentos – é de autoria do próprio Rogerinho. “Espero que você, novo prefeito, não faça isto em seu governo”, disse Rogerinho, olhando para o prefeito Delci Dimer (recém empossado pela Câmara no mesmo dia 1° de janeiro).
Troca de poder e direito difuso
O Réveillon trata também da formal passagem entre um governo e outro em todos os anos de troca de poder nas prefeituras. Mas o plano pretérito para contratação da festa, por obvio, é de autoria da prefeitura que deixa o poder, no caso de Carlos Souza. Embora tenha havido, como determina a lei, uma comissão da nova gestão eleita para fazer a passagem do comando da administração municipal.
A lei municipal que proíbe o barulho nos fogos de artifício – tem base em lei estadual similar, e busca respeitar pessoas que estão no espectro autista, idosos, crianças e doentes – além de animais de estimação (como cães). São seres que sofrem em eventos que utilizam estes fogos de artifícios próximos as suas residências, com casos agudos já constatados em todo o Brasil que corroboram a iniciativa.
Ressaltando que a busca não é pelo fim do tradicional show de fogos de artifício no ano novo – apenas se pede que sejam utilizados fogos menos barulhentos, com redução no estampido