Na quarta-feira (26 de março), aconteceu a audiência pública para que a prefeitura de Torres, através da Secretaria de Saúde, apresentasse o relatório quadrimestral da relação entre as metas da pasta que foram pactuadas junto ao sistema estadual (SES – do RS), perante a 18ª coordenadoria de Saúde (referente ao Litoral Norte), de Osório. Na verdade, o relatório do terceiro quadrimestre (setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado) acaba tratando, afinal, do relatório anual, porque consolida os dados do ano todo de 2024, dos três quadrimestres.
A Mesa Diretora da Câmara, como sempre, foi ocupada pela comissão de Saúde da Casa Legislativa, presidida em 2025 pela vereadora Carla Daitx (PP). E a apresentação, como de costume, mostrou dados mais agudos, tanto de não atendimento de metas quanto os de atendimento das metas acima da média, porque as pactuações da SES são muitas e, em muitos caso, demasiado burocráticas e técnicas.
Dados do SAMU não estariam fechando
O vereador Rafael Silveira (PSDB) questionou os dados referentes aos valores financeiros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), inclusive colocando em pauta a informação repassada pelo grupo de servidores do programa (que é tripartite) – que esteve novamente na Câmara na segunda-feira anterior (24/3). Os servidores do SAMU – que vem reivindicando reajustes e aumentos salariais para a categoria – também afirmam que os valores contabilizados pela prefeitura no orçamento de 2024 do SAMU estariam acima dos valores efetivamente repassados ao programa no mesmo período, o que seria um erro grave.
O vereador Gimi Vidal (PP) também fez uma intervenção na apresentação buscando saber maiores informações acerca dos mesmos dados do SAMU, falando também da relação de metas apresentadas como positivas e as reclamações da prefeitura. E salientou sua preocupação sobre a incongruência entre o cumprimento e a realização destas metas apresentadas na audiência. Citou o exemplo da Farmácia Popular, a qual tem recebido reclamações pela falta de medicamentos (enquanto as metas apresentadas não apontam tal problema).
A vereadora Carla Daitx questionou a falta de médicos e de psiquiatra, o que não faz parte da relação das metas, mas que vem preocupando os usuários.
No final a Presidente da Comissão de Saúde anunciou que os vereadores irão realizar um pedido de Informações para a Prefeitura, questionando justamente estes dados que acabaram sendo motivo de debate na audiência pública que apresentou as metas pactuadas pelo sistema municipal perante o sistema estadual, conforme hierarquia do SUS.
*Editado por Guile Rocha