Nos últimos dias, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Urbanismo realizou em Torres ações de rotina contidas no “Plano de Manejo de Conflito de Urbanização, Campos Arenosos e Dunas” licenciado junto a FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) e executadas pelo município. Umas das iniciativas consiste na retirada de areia que invadem os Molhes, com objetivo de minimizar o avanço sobre o equipamento urbano, dificultando ou impossibilitando a acessibilidade pública no local. As ações deste Plano são amplas e ocorrem desde 2009.
Na primeira etapa, a operação contemplou o mapeamento das casuarinas, espécie que não tem sua distribuição natural no Brasil e invade os ecossistemas de dunas, impedindo que a vegetação nativa se estabeleça. A supressão de casuarinas é uma exigência da Licença Única 1307/2020 emitida pela Fepam para o município de Torres, que o autoriza a manejar os conflitos entres os sistemas naturais e a urbanização.
“Ainda, foi realizado o rebaixamento da faixa de areia lindeira aos Molhes, atividade que acontece pontualmente, apenas quando a areia não vegetada avança sobre os molhes e dificulta ou impede o acesso de pessoas até o Farol e locais com equipamentos públicos, situados nos arredores”, ressalta a Prefeitura de Torres.
Os técnicos da Secretaria informam que iniciou na última sexta-feira (19 de agosto), o plantio de margarida-das-dunas ao lado das passarelas de transposição de pedestres nas dunas da Praia Grande – com o objetivo de contenção da areia sobre o equipamento urbano. Essa espécie é nativa do local. Suas mudas foram produzidas através de sementes de margaridas das próprias dunas e ajudarão a evitar que a areia se movimente sobre as passarelas e Molhes permitindo longevidade ao patrimônio e acessibilidade permanente. O serviço será continuado na próxima semana. Ao todo serão plantadas 4 mil mudas.
“Os trabalhos realizados junto a faixa de praia são complexos e necessitam de planejamento logístico e operacional constante, principalmente por se tratar de um ambiente extremamente dinâmico que sofre modificações abruptas por ações de intempéries ambientais, como ventos intensos e ressacas que remodelam as dunas e faixa de praia, especialmente onde não ocorre a fixação por meio de vegetação”, finaliza a Prefeitura de Torres.