Afogamentos em Torres após termino da Operação Golfinho fazem parte de pronunciamentos na Câmara

No geral, vereadores botam responsabilidade por praias desguarnecidas de salva vidas 'na conta' do Governo Sartori - mas 'resolução caseira' para o problema também foi sugerida

Guarita salva-vidas da Praia Grande na manhã desta segunda-feira (12)
16 de março de 2018

Os três afogamentos fatais acontecidos em Torres no final de semana passado (10 e 11 de março), quando já havia sido encerrada a Operação Golfinho, foram o assunto de vários pronunciamentos de vereadores na última sessão da Câmara de Torres, realizada na segunda-feira, dia 12 de março. As atitudes foram na maioria debitando o problema de falta de guarnição de salvamentos nas praias ao governo Estadual do RS. Mas teve também a ideia de implementar uma espécie de serviço local para solucionar a falta definitivamente (embasando posição já defendida, anteriormente, pelo COMMAM – Conselho Municipal do Meio Ambiente).

O primeiro vereador a se pronunciar sobre as tragédias ocorridas no mar foi o vereador Jeferson dos Santos (PTB). Ele lembrou, com razão, que esta preocupação já faz parte de suas demandas desde o início de sua função de vereador na outra legislatura.  Para ele, a questão deve ser debitada ao governo do RS, porque a prefeitura não é gestora do sistema de organização dos Guarda-Vidas, antigos Salva-Vidas. Ele sugeriu que a temporada de cobertura em Torres, feita pelo sistema dos Bombeiros do RS, seja estendida em um mês para antes e em um mês para depois. Ou seja: que fique de início de dezembro até final de março.

A seguir, o vereador Marcos Klassen (MDB), em seu pronunciamento sobre o tema, afirmou que a Bancada do MDB na Câmara de Torres irá fazer um pedido ao Governo do Estado para que seja prorrogada a Operação Golfinho em Torres até o feriado da Páscoa – atendendo a movimentação de turistas na cidade que também obedece esta lógica.

A vereadora Zete (PT) criticou o governo Sartori pela falta de cobertura de salvamentos em todo o mês de março, e disse que em governos anteriores os serviços se estendiam até a metade do mesmo mês.

 

Vereador Rogerinho sugere serviço local

 

Diferente dos outros discursos, o vereador Rogerio Jacob, o Rogerinho (PDT) deu a ideia de que a prefeitura de Torres se responsabilizasse pelo futuro dos serviços de Guarda-Vidas nos meses fora da operação Golfinho (em geral dezembro e março). Para ele, se uma cidade se diz sobreviver do Turismo, nada mais coerente que a prefeitura desta cidade se adiantar e criar o serviço fora do período de salvaguarda do estado e contratar pessoas para ser uma espécie de Guarda-Vidas local. “ Tenho certeza que a sociedade e todos os vereadores apoiariam recursos no orçamento para estas contratações”, afirmou Rogerinho

A ideia de utilizar os mesmos guarda-vidas civis já contratados pelo Estado para a Operação Golfinho, com a prefeitura bancando o prolongamento dos contratos, entrou em um pequeno debate  durante os pronunciamentos. Os vereadores vão se informar junto à prefeitura se é juridicamente possível fazer isto. Mas parece que, para reaproveitar os recursos via estado, haveria de se modificar a legislação estadual sob o tema. Mas sobre as contratações de guarda-vidas por parte da prefeitura local, em princípio não há nenhum impedimento. Talvez somente a necessidade de adequar o perfil dos recrutados e definir as atribuições da prefeitura perante o serviço a ser prestadom conforme as leis nacionais que norteiam o assunto.

 


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