Astrofotógrafo faz belos registros do ‘Cometa do Século’ em Torres

Imagens da passagem do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS) foram captadas neste final de semana pelo fotografo torrense Gabriel Zaparolli

'Cometa do Século' junto ao Morro das Furnas (Fotos por Gabriel Zaparolli)
30 de setembro de 2024

Desde a metade deste mês de setembro, os entusiastas da astronomia têm a oportunidade de observar um dos mais aguardados cometas do ano: o C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS), que está se tornando cada vez mais visível no céu noturno. Nestes últimos dias de setembro, o “Cometa do Século”, como vem sendo chamado este corpo celeste, está ficando mais próximo do Sol, o que o torna melhor de ser observado.

E um dos belos registros feitos do cometa foi capturado aqui em Torres, pelas lentes do astrofotógrafo Gabriel Zaparolli. Na madrugada de domingo (29 de setembro), Zaparolli foi  até a praia da Guarita (acompanhado do também fotógrafo Gustavo Selau) para conseguir  uma composição especial: o nascer do cometa A3 junto com a parte sul do morro das Furnas. Conforme o astrofotógrafo torrense, as imagens foram captadas por uma Sony A7s2 – Sony Fe 50mm F/1.8 (Stacking feito no Sequator e processado no PS / Câmera RAW).

Na madrugada do dia anterior (sábado, 28), o mesmo Gabriel Zaparolli – que é referência na região quando o assunto é caça de tempestades e observação de fenômenos astronômicos – já havia feito belos registros do cometa na Praia dos Molhes (também em Torres).

 

Como tentar observar o ‘cometa do século’

 

Segundo destaca reportagem do site G1, até 07 de outubro, o cometa está se aproximando da Terra, o que faz com que ele apareça nas primeiras horas da manhã, no leste, pouco antes do nascer do sol. Depois disso, entre 7 e 12 de outubro, o cometa vai ficar muito perto do Sol no céu (na visão relativa daqui do nosso planeta), o que dificulta sua visualização, já que o brilho solar ofusca sua imagem. Após 13 de outubro, o cometa começa a se afastar do nosso planeta, e a posição no céu muda. Ele se torna visível logo após o pôr do sol, no oeste, perto do horizonte.

Além disso, por conta na sua maior aproximação à Terra, perto do dia 13 de outubro o cometa alcançará seu brilho máximo, potencialmente chegando a uma magnitude de 3,0 ou 2,0 (quanto menor esse número, mais brilhante é o objeto), de acordo com plataformas especializadas de medição.

A expectativa é que em torno dessa data seu aparecimento traga um brilho tão intenso como o do cometa Hale-Bopp (a magnitude do Hale-Bopp também foi perto de 3), que passou pela Terra em 1997 e foi um dos mais brilhantes da segunda metade do século XX. Por isso, o apelido de “Cometa do Século”.

De acordo com o Observatório Nacional, não é possível, porém, garantir com exatidão que o Tsuchinshan–ATLAS estará visível a olho nu, já que o brilho de objetos do tipo é difícil de prever. Aliado a isso, há a possibilidade de que o cometa possa se desintegrar nessa passagem muito perto do Sol. Como ele é composto por gelo e rochas, a intensa proximidade ao nosso astro pode causar sua fragmentação.

 


Publicado em: Meio Ambiente






Veja Também





Links Patrocinados