Atualizações das metas de Saúde para Torres apresentadas ao Conselho aponta algumas fragilidades

Estado do RS está atrasado na compilação dos dados do SES (Secretaria Estadual de Saúde) desde as enchentes de maio, mas a Secretaria de Saúde de Torres opta por apresentar as atualizações ao Conselho

19 de agosto de 2024

Na noite desta terça-feira, dia 13 de agosto, foi realizada a reunião mensal do Conselho de Saúde de Torres. Presidido atualmente pelo representante do Conselho de Odontologia local, Francisco Pereira, as reuniões acontecem todas as segundas terças feiras do mês, nas dependências do Hospital Navegantes. 

A representante do governo e secretária executiva do Conselho apresentou a última atualização do sistema de metas do SES (Secretaria Estadual de Saúde) na cidade – uma espécie de ‘estadualização’ e municipalização do SUS – que está atrasado por conta dos problemas no sistema de informática do governo estadual, causados pela enchente em Porto Alegre, problemas estes que ainda hoje atrasam a compilação dos dados.  A apresentação foi reduzida à temas de fundo, além destes temas serem importantes no dia a dia do atendimento do SUS na cidade. E as datas de atualizações foram diversas, alguns referentes ao mês de março, outras de maio e outras mais avançadas, mas ainda atrasadas, com números de junho. 

 

Confira dados recentes sobre a saúde de Torres, apresentados na reunião

 

  • Somente dois óbitos infantis foram registrados em Torres até março de 2024. Mas a meta para a cidade é de três, o que acende um alerta. Conforme conselheiros que trabalha no sistema municipal de Saúde e no hospital, a insistente colocação de mortes de pessoas do Passo de Torres nos dados de mortes em Torres (por acontecer no hospital daqui) já faz tempo que têm causado o aumento de mortes infantis na cidade.
  • Os casos de Sífilis Congênitas (passagem da doença da mãe para a criança) aumentaram também. Foram 10 casos já detectados até maio em Torres, quando a meta em todo o ano é de quatro casos. A conscientização de cuidados a serem tomados pelos parceiros sexuais das mães seria a forma de melhorar este indicador. 
  • 11% do atendimento à gravidez prestados em Torres são de adolescentes, o que mostra um dado preocupante. Foi dado um exemplo da cidade de Xangri-lá, que até o mais recente atualização da SES por lá, não havia tido nenhum caso de gravidez na adolescência, o que se trataria do bom resultado da aplicação pontual de um novo método contraceptivo implementado por uma jovem médica – que trabalha em um dos Postos de Saúde da Família local, mas que está sendo utilizado em todos os postos daquela cidade. 
  • Não houve em Torres nenhum óbito durante a Gravidez; a mamografia alcançou 30% da população – ficando acima do esperado no período do primeiro semestre, uma vez que a meta é de 40% no ano. 
  • 2,4 mortes a cada 100 mil habitantes por AIDS em Torres foi o índice até maio de 2024, quando a meta é de 3 em todo o ano, também.  

 

Outros indicadores mais qualitativos foram apresentados. E os dados das metas do SES referente ao município de Torres devem ser ainda apresentados na Câmara Municipal nas próximas semanas, talvez com mais pontualidade na compilação de dados. 

 

 


Publicado em: Política






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