A Vigilância Ambiental em Saúde, ligada à Secretaria da Saúde de Torres (SMS), reforça o alerta para que a população ajude a controlar os focos do mosquito transmissor da dengue. Em todo o primeiro semestre de 2023, agentes de combate a endemias realizaram mais de 10 mil visitas a imóveis, mas esse trabalho precisa ser complementado pela população, que deve realizar a limpeza dos pátios para eliminar locais com água parada, onde o Aedes aegypti se reproduz. Apesar de todo o esforço da Vigilância, mais de 450 focos do mosquito foram registrados no período, distribuídos por todas as regiões do município. O inseto também transmite zika vírus e febre chikungunya.
Em 2023 já foram registrados 10 casos de dengue autóctones (contraídos no município). “O aumento do número de focos encontrados, mais de 450, demonstra que o mosquito Aedes aegypti está adaptado ao município e à região. Então, estamos informando e chamando a população para somarmos esforços neste combate que, a princípio, é simples: eliminando a água parada de qualquer recipiente em seus pátios”, destaca o diretor da Vigilância em Saúde, Lasier França.
67 pontos estratégicos monitorados na cidade
Os agentes de combate a endemias monitoram, constantemente, 67 pontos estratégicos, como cemitérios, borracharias e floriculturas, onde é comum haver acúmulo de água e, por isso, grande chance de proliferação do mosquito.
Em duas edições do Levantamento Rápido de Índice de Infestação para Aedes aegypti (Lira), foram mais 4 mil visitas. Também foram analisadas mais de 800 amostras de mosquitos (larvas, pupas ou insetos adultos). A Vigilância Ambiental em Saúde também realiza forte trabalho educativo: palestras, blitz no semáforo, panfletagem são algumas das ações realizadas.
Os criadouros são diversos e incluem ainda bebedouros de animais, pneus, ralos, regadores, fontes ornamentais (com água parada), lixo e outros. Em alguns imóveis, a Vigilância chega a encontrar mais de um recipiente com água parada. A atenção precisa ser constante e a todos os espaços: há casos de água parada em lajes ou sobre lonas por vários dias, que acabam se tornando propícias para o mosquito depositar seus ovos. No caso de piscinas, são aquelas fora de uso. Até materiais de construção deixados a céu aberto podem se tornar criadouros caso acumulem água.