Baleia enterrada na Praia da Cal teve de receber reforço de areia por conta do mau cheiro

Após aparecimento de animal morto no sábado (08), banhistas acham que baleia tinha de ser enterrado em outro local.

Local na Praia da Cal onde baleia foi enterrada
12 de dezembro de 2018

Na última sessão da Câmara Municipal, realizada na segunda-feira (dia 10 de dezembro), o vereador Carlos Monteiro, o Tubarão (MDB), em seu espaço de tribuna compartilhou uma ligação que recebeu no domingo (09), de banhistas da Praia da Cal, que reclamavam do forte cheiro – insuportável conforme os mesmos banhistas disseram para A FOLHA.  O fedor era por conta da decomposição da baleia-de-bryde, que apareceu morta na beira da praia no sábado (08), em meio à forte ressaca do mar.

O vereador, então, fez contato com o secretário de Obras, Davino Lopes, que se comprometeu a colocar mais areia no local onde a baleia foi enterrada, por decisão da prefeitura de Torres. E na terça-feira (11), o jornal A FOLHA foi conferir o trabalho de melhorias no processo de enterramento da baleia e conversar com banhistas locais. Realmente existe em torno de 2 metros de areia por cima do local e onde o animal foi enterrado, areia adicional colocada na mesma terça. Mesmo assim, os banhistas questionam a eficácia, já que, no domingo (dia da reclamação), até urubus já sobrevoavam o lugar atraídos pelo cheiro da podridão. Na quarta-feira (12) o mau cheiro havia diminuído, mas fica a dúvida o forte não voltará a recender.

“Acho que a praia é muito pequena para enterrar o animal aqui. Eles deveriam ter levado a baleia morta para ser enterrada em lugar menos frequentado por gente”, reclamou um dos banhistas que esteve pela Praia da Cal.

 

Processo já foi feito em 2008

 

Em janeiro de 2008, uma baleia Jubarte apareceu morta na Praia Grande, em Torres. À época, o governo municipal também enterrou o corpo do animal no fundo da praia – sendo que a faixa de areia da Praia Grande é no mínimo três vezes maior do que a faixa de areia da Praia da Cal. Ainda assim, o cheiro da baleia em decomposição recendeu por vários dias, conforme relatos de moradores à época. Além disso, em 2008 o corpo docente da faculdade de Biologia da Ulbra se mostrou interessada em utilizar a ossada para estudos.

Agora, com situação parecida com a de 2008 se repetindo, resta torcer para que o mau cheiro na Praia da Cal  não voltar por conta do processo de decomposição da  carcaça, principalmente porque estamos na entrada da alta temporada de veraneio e turismo da cidade.


Publicado em: Meio Ambiente






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