Segundo noticiou o portal JP News Imbé, biólogos vem apontando para o risco de piranhas vermelhas – espécie exótica na região – chegarem aos rios e lagoas do Litoral Norte, especialmente em Osório (que é um dos municípios com o maior número de lagoas na região). A informação surgiu após espécies de palometas (como são chamadas as piranhas-vermelhas) terem sido encontradas em diferentes bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul (Como a Lagoa dos Patos e o Rio Jacuí).
A Jovem Pan News – Litoral consultou o biólogo Aluízio Dias, sobre a real possibilidade das piranhas surgirem em nossas lagoas. Segundo Aluízio, existe de fato a chance, por conta das drenagens de irrigações que retiram águas de outras bacias hidrográficas, e desaguam em outras, além da possibilidade de os ovos serem dispersados pelas aves migratórias.
Segundo o biólogo, as piranhas podem sobreviver ao nosso habitat, e já estão se habitando ao frio, reproduzindo nos rios onde a temperatura da água é mais baixa que das lagoas. “O maior risco é que essa espécie é predadora invasiva, e pode colocar em risco espécies nativas e até mesmo comprometer a pesca”.
Já segundo o diretor do Instituto de Meio Ambiente da PUCRS, professor Nelson Ferreira Fontoura, eventualmente, podem acontecer acidentes entre Palometas e banhistas de lagoas, mas essa é uma espécie menos agressiva. Mas vale ressaltar: apesar de haver eventual chance de aparecimento, ainda não foram registradas piranhas-vermelhas em Lagoas e rios do Litoral Norte gaúcho.
De onde vem as piranhas-vermelhas?
Da espécie Pygocentrus nattereri, as palometas (piranhas-vermelhas) medem de 20 a 30 centímetros de comprimento. De origem tropical, o peixe pode ser encontrado na Amazônia e no Pantanal. O ecossistema pantaneiro é a principal hipótese de origem dos animais. As piranhas teriam circulado pelos rios Paraguai e Uruguai, tendo chegado ao Jacuí e outras bacias do RS por meio canais de irrigação abertos em plantações.
*Com informações de Lucas Filho (JP News Imbé) e G1 RS