Câmara de Torres quer detalhes da prefeitura sobre áreas da Coopesca, do antigo Matadouro e Canil Municipal

Mesa Diretora da Casa Legislativa quer saber sobre os usos patrimônio público municipal. Histórico das áreas mostra programas interrompidos pela municipalidade torrense.

Local de tratamento para dependentes químicos e Canil – informações sobre os terrenos são demandados na indagação da Câmara
23 de fevereiro de 2025

Está tramitando um Pedido de Informações, de autoria de toda a Mesa Diretora da  Câmara de Vereadores  de Torres, que solicita à Prefeitura detalhes acerca das áreas/ terrenos onde se encontram a antiga Cooperativa de Pesca (COOPESCA) no Bairro Salinas; além do Matadouro (no bairro São Brás) e o terreno que abrange o Canil Municipal e a clínica Renovar (no Bairro Faxinal).

O pedido é amplo e solicita uma espécie de diagnóstico legal e operacional das áreas com as seguintes informações indagadas:

Como está a regularização da área?

Quem ocupa no momento?

Existe ação judicial? Qual?

Quem é o responsável pelo local?

Existem planos futuros para a ocupação? Qual o destino?

Mapa topográfico municipal destacando essas áreas.

Informação se existe restrição jurídica para novas obras municipais nos lugares

 

Na justificativa os autores (Mesa Diretora da Câmara) defende que o pedido formal visa atender a necessidade de transparência na gestão do patrimônio público de Torres, além da importância de definir o destino das áreas, que podem ser utilizadas para o desenvolvimento da cidade e para atender às necessidades da população.

 

Histórico de poucas resolutividades

 

A Coopesca é oriunda de um projeto da prefeitura no começo dos anos 2000, em parceria com o governo do RS (época de Germano Rigotto) que se mostrou inviável bem no início de sua implantação, em 2006. Tratava-se de um projeto de construção em várias mãos no Bairro Salinas, de um processo industrial cooperado entre pescadores de Torres, onde os sócios teriam barco para pesca, local para limpeza e filetagem dos peixes e um carro para distribuição do pescado processado para os clientes. Atualmente restam ruinas do prédio.

Já o “Matadouro” se trata de um terreno onde já existiu este serviço no passado, para viabilizar a exploração do gado de corte de produtores do interior de Torres, que se interrompeu. A área já foi apontada como solução para outros projetos – sendo que durante o Governo Nílvia Pereira (2013-16) sugeriu-se a possibilidade de construção de um novo Canil Municipal na área (projeto que não foi adiante).

Concluindo, o atual Canil Municipal funciona em uma área cedida pela Polícia Federal (após a desapropriação de um traficante condenado, ainda no final do século passado). Como contrapartida da seção da área, foi construído um Centro de Tratamento de Dependentes Químicos (justamente vítimas de traficantes, como o antigo proprietário do lugar), atualmente gerenciado por ONG e cedido pela prefeitura para tal. Na área também foi construída a Casa de Acolhimento Estrela Guia, que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, servindo Torres e outros municípios da região. Neste caso, a municipalidade já sinaliza com a construção de uma nova casa de acolhimento.

Finalmente a prefeitura de Torres conseguiu licença (na mesma área que foi do traficante) para a construção de um Canil Municipal para abrigar os animais de rua ou desamparados, que se encontram no município. O lugar já foi gerenciado pela Associação Torrense de Proteção Animal (ATPA), mas no governo Nílvia (2013/2016) voltou a ser gerido pela prefeitura, como acontece até os dias de hoje.

 

 


Publicado em: Política






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