Depois de duas audiências públicas sobre o assunto já realizadas – uma da prefeitura de Torres e outra do Poder Legislativo (Câmara) – o debate sobre a implantação do Estacionamento Rotativo Pago na cidade terá continuidade. Após ter que ser suspensa algumas semanas atrás, finalmente a Câmara Municipal dos Vereadores confirma que o encontro para ouvir a população será nas instalações da Ulbra Torres, no Auditório da universidade.
O evento será realizado na terça-feira, dia 29 de novembro, às 19 horas, por conta de pedidos de cidadãos e de vereadores. É que a segunda audiência pública, realizada na Câmara Municipal aconteceu no turno da tarde, horário comercial, o que teria restringido participações. Por isso pediram mais esta edição, buscando efetivar .maior participação popular
Tamanho da área e fluxo de recursos
O Projeto de Lei já se encontra na Câmara e já existem várias propostas de emendas sinalizadas por vereadores da Casa Legislativa torrense. Apesar de uma parcela da população concordar com a medida, existem pessoas que já se mostraram peremptoriamente contra o Estacionamento Rotativo Pago, incluindo vereadores com mandato na Câmara.
A maioria dos temas que estão sendo colocados “em cheque” é referente a:
1 – tamanho da área que será demarcada quando da implementação;
2 – o preço cobrado e a forma de reajustes das tarifas;
3 – definição mais clara e mais transparente dos recursos envolvidos no sistema de captação de valores, ou seja, quanto irá ficar para a Prefeitura de Torres, quanto irá ficar com a empresa terceirizada e onde os recursos públicos obtidos no Rotativo Pago serão aplicados.
Em 2015 já houve um recuo
No governo Nílvia Pereira (2013/2016), houve um projeto de lei que implantaria o Estacionamento Rotativo em Torres. Só que, mesmo após o PL ser aprovado na Casa Legislativa, e após a empresa terceirizada inclusive já ter demarcado as vagas e se instalado em Torres, uma ação judicial liderada pela OAB de Torres (e assinada por outras várias entidades da sociedade organizada local) abortou a operação. Uma grande passeata popular – reunindo centenas de pessoas contra o rotativo – foi marco importante para a ação judicial. E o motivo à época foi justamente o tamanho da área e o numero de vagas demarcadas, considerada excessiva pelos críticos que assinaram a petição.