Durante o fim de semana, a Polícia Civil conseguiu capturar Luís Guilherme Dias da Silva, apelidado de LG, um foragido e líder de facção, envolvido em um conflito que resultou em uma série de homicídios em Porto Alegre. Localizado pela equipe da 5ª Delegacia de Homicídios em Torres, no Litoral Norte, LG era procurado há aproximadamente um ano.
A prisão ocorreu no último domingo (03) e foi resultado de investigações conduzidas pela 5ª Delegacia de Homicídios. LG é apontado como uma das principais lideranças do tráfico de drogas na Vila Timbaúva e em outros pontos do bairro Rubem Berta, zona norte de Porto Alegre.
O conflito liderado por LG na zona norte resultou em cerca de 50 homicídios entre os anos de 2022 e 2023, conforme informações da polícia. As disputas, originadas por desentendimentos entre líderes do tráfico, levaram a uma série de eventos violentos. Desde 2017, LG era uma das lideranças da facção, mas após a transferência dos chefes principais, ele assumiu o comando, desencadeando o conflito.
Operação Vendetta no ano passado
A Operação Vendetta, realizada no ano passado, resultou na prisão de 12 suspeitos executores da facção, além da decretação da prisão preventiva de LG, apontado como mandante de diversos crimes, incluindo uma chacina que resultou na morte de quatro pessoas, incluindo uma mulher grávida.
O líder foragido progrediu para o regime semiaberto em 2022, mas permaneceu foragido após não comparecer à instalação da tornozeleira eletrônica em dezembro daquele ano. A prisão de LG se soma à recente captura de outra liderança, Maicon Donizete Pires dos Santos, o Red Nose, suspeito de envolvimento em um conflito que gerou homicídios na capital gaúcha e na região metropolitana.
O Secretário de Segurança do Estado, Sandro Caron, destaca que as lideranças dessas facções foram responsáveis por 112 dos 253 homicídios ocorridos em Porto Alegre no ano passado. A prisão de LG e Red Nose visa reduzir ainda mais a violência na capital gaúcha, encerrando um ciclo de conflitos na zona norte. O próximo passo da polícia é investigar a lavagem de dinheiro para descapitalizar essas organizações criminosas.
*Com informações de Rádio Guaíba e Terra.com.br