Clássico de Almodóvar, “Má Educação” é o filme do próximo encontro do Cineclube Torres,

O ciclo de junho do Cineclube Torres, dedicado à temática LGBTQIAPN+, continua nesta segunda (10) com filme espanhol assinado por um dos maiores cineastas em atividade.

Gael Garcia Bernal, que assume vários papeis ao longo da estória
10 de junho de 2024

Após o sucesso de crítica e público de “Tudo sobre Minha Mãe” (1999) e “Fala com ela” (2002) – considerados por muitos o auge artístico do autor e já exibidos pelo Cineclube Torres em passado – Almodóvar apresentou em 2004 o filme “Má Educação”, cujos contornos autobiográficos do enredo nunca chegaram a ser confirmados plenamente: de qualquer modo, nas palavras do diretor, o filme representa um “acerto de contas com minha própria história”. O obra será exibida na segunda dia 10, às 20h, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo (na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres.

A sessão, com entrada franca, integra o ciclo queer “O amor tem todas as cores” na programação continuada de segundas feiras na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, realizada pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.

 

Sobre o filme

O filme abrange três décadas diferentes, desde o franquismo dos anos 60 até a época da movida da década de 80, já em período da redemocratização, acompanhando ao longo desse tempo uma amizade conturbada de seus protagonistas.

Um velho amigo entrega a um cineasta em crise criativa (Enrique Goded, interpretado por Fele Martinez) um roteiro baseado na adolescência dos dois, em um internato católico, onde eles descobriram a amizade, o amor e a arte cinematográfica, mas também a submissão e o abuso. Alternando passado e presente, o roteiro faz Enrique refletir sobre os efeitos em sua vida da repressão sexual sofrida enquanto criança e adolescente.

“É um film noir, ou, pelo menos, gostaria de considerá-lo assim. O gênero noir admite bem a mistura com outros gêneros, sempre que a narração respire esse ar fatal, sem o qual o negro seria cinza. No noir pode não haver polícia nem armas, nem sequer violência física, mas tem de haver mentiras e fatalidade, qualidades que normalmente uma mulher encarna: a femme fatale.” (P.Almodóvar)

Nesse caso, o papel de femme fatale cabe a um antológico e camaleônico Gael Garcia Bernal, que assume vários papeis ao longo da estória, muitas vezes deixando o público em dúvidas sobre sua real identidade e seu papel no complexo enredo.


Publicado em: Cultura






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