Um levantamento mais alongado das condições climáticas – feito pela Met Sul Meteorologia nesta semana – sinaliza que a temporada de verão nas cidades do Litoral Norte gaúcho será boa para os que querem praia e calor. É que a previsão é de que o clima será influenciado pelo fenômeno La Niña, que se caracteriza pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico e altera o padrão de circulação atmosférica na região equatorial do oceano, o que influencia na chuva e na temperatura do mar.
Com a atuação deste fenômeno, as previsões contêm boas notícias para os veranistas (bem como de quem depende do turismo para viver). As chuvas serão àquelas conhecidas como “chuvas de verão”, com precipitações oriundas de influência das correntes de umidade do mar e do relevo da Serra, situada a Oeste da maioria das praias da região. E, consequentemente, deduz-se que irão ocorrer na região apenas episódios eventuais de chuva – às vezes até volumosa, mas rápida e pontual. “No nordeste do Rio Grande do Sul, pela climatologia histórica, é a parte do Estado que tem chuva mais frequente e com maiores volumes no verão. Isso inclui a Serra e o Litoral Norte. É muito comum em dias quentes e úmidos na estação se formarem áreas de instabilidade sobre a Serra e que depois migram para a costa. É o que faz chover mais em praias como Torres e Arroio do Sal no verão”, explica a Met Sul.
“Com menor número de sistemas frontais atuantes, há uma maior propensão para o ingresso de correntes de Norte do Brasil. O efeito sentido pelo veranista no Litoral Norte é a presença de águas mais quentes e claras, o que muitas vezes é chamado de “mar de Caribe”. Esta é uma ótima notícia para os veranistas, afinal se prevê uma maior ocorrência de dias com mar mais calmo, quente e claro do que o habitual”, continua a previsão.
Águas-vivas
A única má notícia é que estas condições, de mar mais aquecido, trazem mais águas-vivas (mãe d´água), que se proliferam em meio ao mar aquecido junto ao Litoral Norte gaúcho. Ou seja: o tempo estará bom para o veraneio, mas há de se ter cuidado com as aguas vivas e obedecer orientações de especialistas caso haja contato humano com as chamadas mães d’águas (sendo que uma das melhores orientações, ao ser ‘queimado’ por uma água-viva, é manter o local atingido na própria água do mar, que auxilia na remoção das toxinas e resíduos dos tentáculos) .
