O governo Lula anuncia pacote de cortes de despesas e de diminuição de carga tributária para a classe média. Dentre as medidas, isenção de IR na fonte de quem ganha R$ 5 mil é aplaudível, um ganho REAL para quem trabalha muito e vê o leão sumir com parte da remuneração, que corresponde a poder aquisitivo fundamental para estas famílias de trabalhadores.
Na contrapartida, o governo sinaliza que vai aumentar (não se sabe quanto) a mordida do leão para quem ganha R$ mais de R$ 50 mil. Cuma? Se fosse respeitado o chamado teto salarial do funcionalismo público, teriam poucos brasileiros que recebem salários integrais de mais de R$ 50 mil por mês que não sejam servidores públicos. E estes trabalhadores livres (privados) mesmo poucos, vão migrar os seus ganhos salariais para benefícios não tributáveis, recebidos como penduricalhos, como os servidores públicos políticos já recebem, como Auxílio Aluguel – mesmo pra quem mora onde trabalha, auxilio Saúde, Auxílio Doença, Auxílio alimentação e etc., muitos bem polpudos como o Auxilio aluguel de quase R$ 5 mil que recebem alguns servidores das cúpulas dos poderes públicos. Ah. E a Lagosta do almoço da cúpula do Judiciário pode servir de jurisprudência para os penduricalhos que funcionários privados irão recorrer, para ter salários formais abaixo dos R$ 50 mil e para fugir da mordida anunciada por Haddad.
Penso que o certo seria passar a retirar impostos como está sendo “prometido” pelo governo Lula, e compensar diminuindo as despesas do governo que não sejam investimentos, como as tiradas para ajudar o RS se recuperar das enchentes. Mas a lagosta do almoço do judiciário é sagrada: Não sai em pacote nenhum.
‘RODÍZIO’ EM BRASÍLIA
O prefeito eleito Delci Dimer passou a semana em Brasília, junto com seu vice André Pozzi e seu indicado secretário de Planejamento Marcio Biasi – para fazer uma espécie de rodízio junto aos poderes executivos atuantes (ministérios, TCU e etc.) para se inteirar sobre os planos federais perante o que está e será planejado para o governo municipal.
Pelo sistema tributário atual no Brasil, onde o governo federal é o Rei e os municípios e estados federativos, os súditos, os prefeitos são obrigados a conferir ‘o cardápio’ de oferendas dos governos federais para suas regiões, Estados e Municípios. E o secretário de Planejamento com certeza é o protagonista dos planos de conquistas de verbas federais, tanto as de ministérios (consequentemente que estão nos orçamentos diretos das pastas do Rei) quanto às emendas parlamentares que ficarão disponíveis no ‘buffet do espeto corrido’ do alimento do governo federal aos seus ‘súditos’.
Até com o prefeito Carlos Souza os novos gestores de Torres se encontraram, no Ministério do “Turismo”, nossa especialidade. E em Brasília nesta semana se encontraram pessoas do poder executivo atual, do poder executivo futuro e do poder legislativo municipal, estes principalmente dos partidos da coligação que venceu o pleito. Vereador Ígor Beretta e o vereador e já nomeado secretário de Obras da futura prefeitura, Dilson Boaventura, pelo MDB, e o vereador Moisés Trisch (PT) também se encontraram nos corredores e nos gabinetes visitados por torrenses lá na Capital Federal.