Abandono… muitas situações poderão levar uma pessoa a tomar esta atitude tão condenável. Em muitos casos, está diretamente ligado a impulsividade. A pessoa se encanta com o filhote e se esquece que para ele se tornar um animal adulto exige muitos cuidados. Ao deparar com os cuidados do dia-a-dia, acabam por desistir do animal.
Algumas pessoas “adquirem” o animal buscando através dele status, e depois se cansam e os descartam como um objeto que não tem mais utilidade. Outras pessoas acabam adotando o animal e por questões financeiras, acabam não tendo como mantê-los e acabam dando a ele a chance de buscar outro tutor, mas de uma maneira cruel, entregando a própria sorte. Outro fator que favorece o abandono é a mudança de casa ou o envelhecimento do animal.
Infelizmente o abandono está aumentando no Brasil, inclusive para cães de raça e pedigree, que já foi garantia de conforto e bons tratos para cães e gatos. Hoje não é mais.
Atualmente, 30% dos animais abandonados não têm nada de SRD (Sem raça definida). Muitos são cães de raça; as vezes, feiras que comercializam os filhotes acabam criando uma facilidade muito grande para que ocorra a guarda irresponsável.
O abandono precisa ser encarado como um ato desprezível. O trato dispensado ao animal deveria caracterizar o perfil do caráter da pessoa. Quem o maltratasse deveria ser marginalizado pela sociedade. É triste comercializar vidas dessa forma. São verdadeiras fábricas de filhotes, que não pagam impostos nem emitem nota fiscal.
Outra atitude reprovável é praticada por pessoas que entregam o animal num abrigo ou CCZS, na busca de uma solução fácil e imediata. Algumas pessoas simplesmente ‘jogam’ os filhotes na porta. Abrigo não é solução, é problema gerado pelo descaso social.
Do lado oposto de quem sonha montar um, existe a crença das pessoas em geral de que basta pegar um animal na rua e colocá-lo num abrigo para resolver o problema.
Se visitassem o abrigo, mudariam de ideia, pois conheceriam a triste realidade: centenas de cachorros muitas vezes brigando por comida, muitos doentes, e até casos de canibalismo gerados pela fome.
Outra questão sem solução: para quem doar através dos abrigos tantos animais estressados e resultantes dos naturais cruzamentos, que nascem todos os dias?
O que a sociedade não vê, está muito claro para quem busca a solução para o problema. Faz-se necessário uma campanha educativa, através da qual serão salientados a importância da guarda responsável e o controle da natalidade, tornando” CADA CIDADÃO RESPONSAVEL PELO SEU ANIMAL.
O animal precisa de identidade, não só de um teto, mas de carinho e respeito, e principalmente de liberdade para correr, brincar e se sentir importante na vida de quem o criou.
A natureza faz o filhote, mas o homem forma o cão. O animal não deveria precisar de DOAÇÕES para conseguir ter garantido seus direitos legais, mas de AÇÕES que visem valorizá-lo na sociedade.
O abrigo nunca será a melhor opção para quem busca uma solução para o abandono, armazena o problema, permitindo que os irresponsáveis acabem adotando novamente, criando um facilitador para o sofrimento dos animais.
ATPA (Associação Torrense de Proteção Aos Animais) cuida de animais abandonados, muitos deixados irresponsavelmente por veranistas. Nosso telefone de contato é (51) 98111-6834.
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