Abertura calibrada é o futuro do RS (e do Brasil) na questão da pandemia

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

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20 de maio de 2020
Por Fausto Júnior

Estamos em pleno pico da pandemia no Brasil. Mesmo assim iniciam projetos de abertura gradual das atividades antes fechadas compulsoriamente. Isto é normal, já que a opção da maioria dos países ocidentais foi de praticar o isolamento Social horizontalizado. Mas de  fazer isto  tão  somente para atrasar o pico e preparar o sistema de Saúde para poder receber doentes com necessidades de internação Intensiva e de respiradores, pois não tem como se manter  as atividades fechadas a vida inteira.

O governo do Estado do RS construiu um sistema que classifica regiões por cores de risco de contaminação e atendimento hospitalar, o que pra mim é uma forma inteligente de ajudar os prefeitos para que calibrem suas cidades conforma as leis gerais que estão obrigadas a serem obedecidas nas regiões.  Na prática, o decreto maior é do estado, que define regras por cores e que publicará sistematicamente as cores das regiões, sempre tendo como base dados da pandemia oriundos dos municípios referente ao número de novos casos (que é uma amostra somente indicatória), mas também de mortes (um dado real) e de ocupação de UTIs disponibilizadas pelo SUS (Outro dado puro e confiável).

Não se tem claramente o momento de término da pandemia. Na China, por exemplo, não existe mais nada fechado há um mês e a sociedade de lá só está  tomando seus  cuidados de forma individual, sem regras coletivas mais restritivas. E também na China,  os casos não estão voltando, o que pode indicar que, ou a população está imunizada (quase 3 bilhões de pessoas); ou que o vírus está com dificuldade de circular por conta dos cuidados da população, o que mostraria que a capacidade de contaminação do novo Coronavírus não é tão grande.

Por aqui, parece que as autoridades irão continuar trabalhando de uma forma conservadora. A opção foi de ir no caminho sugerido pela Organização Municipal da Saúde e os projetos de abertura devem ser com o posicionamento defensivo. Mesmo quando outros países do mundo tenham se posicionado de forma diferente, com projetos de isolamento vertical (sem fechar as atividades comerciais privadas) como a Coreia do Sul, a Suécia, dentre outros, a opção do Brasil e da unanimidade dos governadores dos estados foi de defesa horizontal, cobrados até pelos Ministérios Públicos que se intrometeram nas medidas estaduais como se fossem leis estabelecidas.

Mas não existe como as comunidades ficarem totalmente fechadas. E o “calibrador” construído pelo Governo Eduardo Leite é uma forma profissional e confiável de manter a relação Defesa da Vida X Abertura da Economia relacionadas. Não existe chance de haver fechamento eterno como alguns imaginam.   Mas a abertura será conservadora e cheia de cuidados.

 

“Na defesa” contra o Coronavírus

 

O vereador Tubarão (PDT) durante seu pronunciamento na sessão da Câmara da semana, mesmo sendo oposição, se posicionou a favor da aceitação do governo de Torres às premissas da Bandeira Laranja que classificou a cidade no decreto do Governador Eduardo Leite. Ele  disse “que o sistema deve fazer com que os sistemas de Saúde do  Estado e da Cidade enfrentem melhor o pico da pandemia”.

Tubarão sugeriu que as pessoas fiquem em casa e que usem máscara. E que só saiam se muito necessário for.

 

”Na defesa” contra o Coronavírus II

 

O vereador Ernando Elias se pronunciou na Câmara após cinco meses sem utilizar a tribuna. É que ele foi suspenso por ter se desentendido de forma violenta com seu colega Pardal no final do ano passado, quando a seguir foi suspenso por alguns meses de falar na tribuna. E quando juntado com as férias acabou somando este período de abstenção.

Na volta ele agradeceu prêmios que obteve por institutos de pesquisas que classificaram seu nome como um dos vereadores mais lembrado na cidade. E sobre a pandemia, lamentou o fato de, mesmo quando governadores estejam “jogando forte” para defender a sociedade de contágio, todos os dias vê notícias de pessoas morrendo pela Covid 19.

Por isso, Ernando Elias pediu para que a população respeite as decisões vindas do sistema de Saúde para que consigam preservar as vidas.

 

Lagoas estão secando após período de seca

 

O vereador Fábio da Rosa, Presidente da Câmara de Torres, se mostrou preocupado com o nível da Lagoa Jardim. Ao visitar o local constatou um nível tão baixo da água do lugar, que acabou gerando uma oportunidade para que os moradores fizessem a limpeza do fundo do manancial.

Já o vereador Rogerinho lamentou sua constatação pessoal de assistir pessoas mostrando que dá para caminhar com água rasa no meio da grande Lagoa Itapeva. O manancial banha, além da cidade de Torres, as cidades de Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Terra de Areia e de Arroio do Sal.  E é a fonte de captação de água destas cidades.

Ambos os vereadores lamentaram a seca (que já foi um pouco amenizada na chuva desta quarta-feira passada) e pediram que a população economizasse água.

 




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