AINDA CENSURA…

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

12 de dezembro de 2022

Infelizmente, o ministro do STF Alexandre de Moraes continua praticando algo que pode ser considerado Censura, de forma generalizada. Jornalistas, deputados, empresários e simples cidadãos estão sendo tolhidos de usar suas contas em redes sociais, além de receberem multas e até terem contas correntes em bancos bloqueadas. Até prefeito já tomou gancho!

Não interessa se as ações são por conta da Justiça Eleitoral ou por conta de processos diretos do STF. É Censura da braba e é de se ficar triste, pois a forma mais covarde de buscar ideais é retirando de forma coerciva o direito de o oponente demonstrar sua opinião, mesmo que esta opinião seja contrária e até utópica. Isto, feito por um servidor público que não foi colocado em seu lugar por voto, como é o caso do ministro Alexandre de Moraes, é mais sério ainda… e triste.

No regime de exceção que passou o Brasil nas décadas de 1960 e 1970 passadas, as torturas e mortes causadas pelos chamados subversivos foi a principal mazela. Mas a Censura também foi forte. Tirou direitos de opinião, o que, além de brecar o desenvolvimento social que qualquer censura ocasiona, abriu espaço para que parte da sociedade ainda enxergue nos militares uma categoria social que é ditadora, o que não necessariamente acontece. Penso que o exercito é defensor da disciplina e do respeito às leis, o que é muito longe de ditadura.

Espero que o ministro volte atrás e relaxe todos os seus atos censuradores, mas principalmente que PARE de colocar mais vítimas nas prateleiras dos censurados, o que gera perigosas sensações de insegurança em toda a sociedade organizada, civil e pública em geral.

 

 MESA DIRETORA PLURAL EM TORRES

 

O vereador Rogerio Jacob, o Rogerinho (PP) é o novo presidente da Câmara de Torres. Ele já ocupou esta função outras vezes em outras legislaturas, portanto tem experiência. Mas o mais importante desta vez foi a vontade do vereador de compor a mesa diretora, inclusive, com colega de partidos adversários de seu PP – como o MDB, por exemplo, através de Igor Beretta. Além do MDB, a Casa Legislativa tem o PDT também, através da presença de Silvano Borja, deixando a oposição com metade da mesa liderada pelo partido do prefeito Carlos Souza. E até o vereador do partido Republicanos, João Negrini, embora seja assumidamente parte da base do governo, entrou na Câmara como oposição ao PP.

A Mesa Diretora da Câmara é uma função política, mas também de Estado, portanto exige seriedade aos componentes. Ela tem a obrigação de levar adiante pautas oriundas do Poder Executivo para que haja a governança, mas pode atrasar um pouco algumas matérias por decisão política dos líderes. Rogerinho é do Partido Progressistas (PP), o mesmo do prefeito Carlos. Portanto, acho que deve andar dentro das sinalizações do Poder Executivo. Mas o novo presidente está rodeado de colegas de outras agremiações, algumas até tradicionais adversárias em Torres como o MDB. E isto pode influenciar um pouco a abordagem política da Casa Legislativa no ano de 2023 através de priorização de pautas oriundas dos partidos que não são da base. Veremos.

 

DEFESA DE IDEAIS

 

Falando em Câmara e em base aliada em Torres, acho que o governo Carlos Souza poderia criar uma estratégia de defesa dos IDEAIS de seu governo, para que este seja defendido pelos vereadores da base aliada. Base aliada não é somente votar com a prefeitura, base aliada é primordialmente defender os caminhos do ideário do governo. Não é deixar de reclamar de buracos ou falar bem do secretário de obras: é elogiar a resolutividade de estratégias de governo que estão sendo implementadas.

Minha opinião é de que o governo do PP em Torres prioriza os investimentos em processos que gerem produção de valores e criação de emprego & renda na cidade. Isto não quer dizer que a prefeitura tem deixado de trabalhar em melhorias da Saúde, da Educação, da Assistência Social, dos bairros. Quer dizer, sim, que haverá um pouco mais de atenção às obras de infraestrutura para recebimento de turistas na cidade, o que pode gerar mais turistas, mais tempo de turistas em Torres, melhora do poder aquisitivo dos visitantes que consequentemente irão deixar mais recursos na cidade e etc.

 

DEFESA DE IDEAIS 2

 

Vereadores que ACREDITAM em ideais do governo Carlos poderiam defender sempre a priorização de construção de passarelas, como as que foram construídas na Praia Grande; defender a resolutividade produtiva que a reforma do paradouro do Morro do Farol trouxe, para a melhoria e aumento do turismo local; defender a alta melhoria no conceito de infraestrutura turística que a reforma dos molhes da beira do rio Mampituba trouxe, o que tem gerado inclusive mais visualização de Torres nas redes sociais através do turismo; defender o grande ganho que a cidade teve com as reformas do Parque do Balonismo, ainda pouco usadas por conta de termos passado por dois anos de pandemia que geraram recuos de eventos em todo o mundo… e etc.

 

DEFESA DE IDEAIS 3

 

Apoiar e lembrar a reforma da margem do Rio Mampituba, que está para ser realizada, assim como elogiar a entrega do final da revitalização do calçadão da Praia Grande, a melhoria visível da iluminação das vias da cidade ao ser trocada pelo sistema LED, a reforma da avenida de entrada com novos canteiros, a reforma da Praça XV de Novembro, as reformas feitas em parcerias como as da Praça da Prainha, das vias do entorno das quatro praças (João Neves da Fontoura) e etc., também poderiam pauta e ser parte da estratégia de valorização de ideais do governo Carlos, através de discurso de vereadores que ACREDITAM que esta escolha é saudável e fazem parte da base do governo na Câmara Municipal.

O que procuro mostrar é que existe sempre um viés mais social ou mais de capital por administrações públicas em geral. Podemos colocar isto em mais a esquerda ou mais a direita… E na Câmara, quando uma parte cobra mais assistência social na cidade se opondo ao governo, a outra deveria mostrar que a escolha por obras de infraestrutura no espaço de Turistas da cidade compensa, porque gera aumento de emprego e renda (o melhor programa assistencialista que existe), o que vai gerar mais imposto para a assistência social adiante.

São debates saudáveis, que devem ser travados sempre de forma saudável, inclusive dentro das Câmaras Municipais, caso nelas existam pessoas plurais, que defendem tanto um lado quanto o outro.

 

 

 

 

 




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