Ampliando conhecimentos sobre o Rio Mampituba

"Esta semana quero dar espaço ao amigo Diderô Carlos Lopes, para divulgar o seu mais novo livro “Rio Mampituba SC/RS”, fruto de uma extensa pesquisa que engloba cultura, história, patrimônio material e imaterial (relacionado com acontecimentos deste nosso importante rio, divisa histórica entre SC e RS)"

29 de abril de 2024

Esta semana quero dar espaço ao amigo Diderô Carlos Lopes, para divulgar o seu mais novo livro “Rio Mampituba SC/RS”, fruto de uma extensa pesquisa que engloba cultura, história, patrimônio material e imaterial e que tem tudo a ver com o que faço aqui neste jornal. Diderô é um autor com especiais interesses tanto pela história da Região das Torres quanto pela preservação do patrimônio material e imaterial, histórico, paisagístico e cultural. Publicou os livros “O Detetive do Passado e Sua Viagem Além-Mar” (2015), “Memorial dos negros: Região das Torres” (2017) e “Marco Histórico de Torres: a Casa Nº1” (2018), todos impressos e em eBook.

Para os que tiverem interesse por conhecer melhor o assunto, pode adquirir o livro diretamente com o autor pelo contato: diderot.cl@gmail.com ou @Diderot Lopes , A seguir a resenha escrita pelo próprio autor, boa leitura!

 

“A proposta é uma jornada ao passado, aguçando o interesse do leitor pelos diversos eventos relacionados à transposição do rio “Boipitiba” [Mampituba] em região próxima à sua foz histórica. Dentre os acontecimentos, um se destaca de forma singular por ter motivado a concessão de uma sesmaria, em 1755, localizada a partir da margem norte do rio que em 1820 foi ocupada por dois irmãos. Em 1840 a esposa de um dos irmãos faleceu, mas somente após a Guerra dos Farrapos o inventário foi providenciado, permitindo uma visão das terras partilhadas. Tendo por base os dados contidos no texto desse documento, foram geradas imagens no livro simulando as demarcações territoriais em mapas, e ainda, disponibilizado um link externo, com as camadas dos polígonos equivalentes no Google Maps, com instruções de como acessar online para visualização. A partir de tais fontes foi possível analisar fatos da vida dos irmãos e seus descendentes, evidenciando que a ocupação territorial deixou referências perceptíveis até hoje, sobretudo no extremo sul de Santa Catarina.

Esta viagem percorrerá uma seleção criteriosa de espaços trazendo temas vinculados ao objetivo geral, uma espécie de poeira levantada por aqueles que se propuseram a percorrer esse caminho, enriquecendo o conhecimento de alguns aspectos por eles motivados, a saber: 1- Estudar como a paisagem influenciou e foi influenciada pelos povoadores ao longo do tempo; 2- Analisar detalhadamente um conjunto de eventos que foi selecionado, onde evidências foram obtidas sobre aqueles que apenas transitaram e os que optaram por permanecer no local, entre outros; 3- Poder identificar como o sistema sesmarial e a Lei de terras geraram desdobramentos sobre a propriedade e posse de terras; 4- Constatar como um inventário de 1846 foi verificado em detalhes para poder oferecer uma proposta de mapeamento delimitando a 1ª partilha de terras conhecidas na localidade entre os muitos herdeiros, bem como, as repercussões motivadas pela Lei de terras sobre as propriedades, e ainda, o que resta no presente dessas apropriações do período colonial e 5- Examinar para poder interpretar até que ponto a posse e a propriedade de terras pelos grupos familiares pioneiros, influenciaram a história, a cultura, a tradição oral, as reações sociais, como forma de conexão com o local e afirmação identitária da comunidade ao longo do tempo.

O rio Mampituba – como eixo gerador dos diálogos – será a testemunha sempre presente na história, desde o período pré-colonial com as migrações dos indígenas, e depois com o posterior povoamento gradativo dessa região de fronteira, onde a paisagem acolheu relações de trocas entre o litoral, a planície litorânea e a serra aproximando SC e RS, desde sempre. A proposta encaminha a possibilidade de estabelecer uma vontade de sentar-se na barra desse rio e ouvir suas histórias, e ainda, muitas outras para além das alcançadas por este livro. Mas pesquisa é assim mesmo: uma lição, porque uma vez divulgada guarda em si a expectativa de que ocorram outras que venham corrigi-la ou complementá-la, ampliando nossa visão sobre o tema, ou seja, um estímulo a novas investidas!

Enfim, trata-se de uma investigação, publicada em 370 páginas, capaz de reaver vivências que influenciaram a ocupação territorial, ficando como expectativa que o conhecimento produzido, possa proporcionar uma experiência rica e esclarecedora, viabilizando uma melhor compreensão da história regional e da cultura na paisagem do rio Mampituba SC/RS”.




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