O IDH é um índice criado pelas Nações Unidos, mais complexo do que o PIB, que inclui em seu cálculo, além da renda per capita, também variáveis sobre EDUCAÇÃO, SAÚDE e EXPECTATIVA DE VIDA, indo de 0 a 1 – quanto mais perto de 1, melhor. Em 2022, o Brasil ocupou a posição 89 entre 193 nações, com um índice de 0 ,760, superior à média mundial que é de 0,739. Perdeu duas posições frente ao ano anterior. Melhorou um pouco, graças à uma ligeira melhora na renda per capita, mas vem perdendo posições por causa das deficiências escolares.
O PIB é uma medida universalmente aceita e metodologicamente unificada para avaliar a riqueza das Nações. Dividido pelo número de habitantes de cada país, indica o PIB per capita. Por muito tempo tais indicadores eram aceitos como índices de desenvolvimento. Ultimamente, porém, vários economistas têm contestado sua metodologia de cálculo. Já não é aceito incondicionalmente. Um dos fatores que pesa na crítica ao PIB é o fato de que o crescimento econômico das últimas décadas repousa, fundamentalmente, do incremento de transações financeiras em escala global, resultado da financeirização crescente do capitalismo contemporâneo, o que resulta na geração de montantes jamais vistos de juros. Só no Brasil, com uma dívida pública, à qual se soma uma privada de valor aproximado, na ordem de R$ 7 trilhões, aplicado à razão (SELIC) em torno de 10% ao ano, detentores de Titulos do Governo fazem jus a R$ 700 bilhões por anos. Onde este valor no PIB? Quem recebe? Que impostos pagam estes bilionários financistas? Em escala mundial, as dívidas públicas e privadas somam a trilhões de dólares e consequentemente, geram juros correspondentes. Outra crítica que se faz ao PIB, feita sobretudo pelo economista gaúcho Carlos Paiva, é seu Isso é PIB…? Municípios, por exemplo, que sediam grandes empresas, com escalas que extravasam o território respectivo, acabam capitalizando um PIB fictício, que nada tem a ver com as condições de vida de sua população local. Isso posto, as Nações Unidas têm procurado novos indicadores das condições de vida das populações e para isso criaram o INDICE DE DESENVOLVIMENTO.
O Brasil não está mal nesta fotografia, mas vem perdendo posição no ranking dos 193 países pesquisados. Perde na América Latina para Chile e Argentina, esta beneficiária, mesmo com a crise que atravessa, das condições estruturais/ historicamente conquistadas, nas áreas de educação e saúde. Internacionalmente, Noruega e Suiça estão no topo do IDH, com a curiosidade de que este país tem 30% de sua população de imigrantes, indicando que nem sempre a entrada de estrangeiros é problema. E como não são, ambos, grandes potências econômicas mundiais, fica a advertência de que condições e qualidade de vida nem sempre dependem exclusivamente de PIB ou renda per capita.