A briga entre a Rede Globo e o presidente Jair Bolsonaro foi longe. Acabou fazendo com que o ministro da Saúde Henrique Mandetta fosse exonerado pelo presidente na quinta-feira, dia 16 de abril.
Pra mim esta briga de egos é infantil pelos dois lados. O presidente achou que a Rede Globo foi parcial com ele e que a mesma rede teria atrapalhado sua eleição, uma questão que não se pode provar porque a Rede Globo expos todos os presidentes e candidatos a presidente sempre. Bolsonaro, por isto, acabou criando uma meta e começou a enxovalhar a imagem da emissora de forma pública, sistematicamente.
A Rede Globo, também infantilmente, para se “vingar” pegou no pé do presidente e começou a seguir os atos de Bolsonaro até em pequenas coisas, começou a divulgar frases de redes sociais emitidas pelo presidente ou divulgar encontros informais defronte ao Palácio do Planalto e colocar estes pequenas questões como manchetes de capa nos jornais. Pura implicância infantil.
No meio de uma pandemia de Coronavírus, nós, cidadãos, temos de assistir de camarote uma espécie de briga pública entre dondocas em salão de beleza. Briga de egos feita nas primeiras páginas de jornais impressos e eletrônicos. E o pior: ter de assistir a demissão do Ministro da Saúde que foi usado por ambas as partes na briga de bar, ser demitido por conta de tanta intriga criada pela Rede Globo e pelo presidente colocando Mandetta no meio.
Irresponsabilidade dos dois lados!
Respeito às diferenças!
Ultimamente as redes sociais se transformaram em locais onde alguns despejam seus ódios represados por ideologias diferentes das deles colocando a crise de Saúde Pública causada pela pandemia do Coronavírus.
Um lado de pensamento acha que há um EXAGERO nas medidas de isolamento social e externam isto em suas postagens. Só que recebem respostas violentas e em alguns casos ameaçadoras. Pessoas sugerem que quem quer abrir mais as políticas de isolamento não respeita a proteção da Saúde de outros. E para se vingas ou destilar ódio rogam pragas para àqueles, sugerindo que parentes deles ficariam doentes para que os apoiadores da ideia de, um castigo divino.
Outros que , ao contrário, preferem que o isolamento continue e que a abertura das restrições não aconteça também se posicionam em redes sociais. E também em alguns casos recebem respostas violentas embaixo de suas postagens, algumas das vezes com ofensas pessoais, sugerindo que estes (os que querem a continuação das restrições) não sabem o que é ser dono de seu nariz e ter de se sustentar, uma ofensa à capacidade, quando o problema é o ângulo de olhar as coisas.
Acho que nenhum lado tem o direito de diminuir a pessoa quando a diferença não é pessoal e sim ideológica. Nos dois lados existem autoridades que defendem os dois pontos de vista. Portanto, não existe errado, existe a decisão e a tendência ou as tendências de decisões.
Respeitar o contraditório é uma das formas mais visíveis de se avaliar a ética das personalidades. Quem ataca a pessoa para defender uma ideia não é ético. Ético é atacar a ideia e respeitar a pessoa que tem ideia diferente. Ética é respeitar as formações, as diferenças, as visões, as óticas.
“FOGUETÃO POLÍTICO” EXPÕE DIÁRIAS DE VEREADORES TORRENSES
Em plena crise de saúde pública foi colocado em redes sociais os valores de diárias de vereadores de Torres, e colocada com críticas ao TAMANHO dos gastos. Trata-se de início da campanha para vereador que deve ocorrer ainda este ano, provavelmente em outubro ou novembro.
Em minha opinião as retiradas em diárias locais, se diluídas por mês, não são tão grandes assim. Trata-se de uma duas ou em alguns casos três viagens à Brasília feitas por grupos de vereadores para buscar emendas parlamentares nos ministérios. Muitos deles fazem uma, alguns nenhuma. Mas acho que todos respeitam esta possibilidade, faz parte de seu trabalho político.
Digo que não são grandes quando comparo com valores retirados em algumas câmaras pelo RS afora, quando se nota, ai sim que se trata de retirada de numerário para aumento de orçamento pessoal, o que, pra mim, não é o caso de Torres.
Culturalmente os vereadores fazem pelo menos uma viagem a Brasília. E isto (também pra mim) não se trata de exagero. Respeito opiniões diferentes. Foguetões políticos deve ser parte das postagens de redes sociais daqui para adiante. Muitas feitas por futuros candidatos à vereança que querem expor seus concorrentes, uma técnica normal em competições quaisquer.
Para ter acesso aos números basta acessar ao site da Câmara, ir para “Transparência”, depois ir para “Diárias”, preencher os períodos exigidos (estes são do ano de 2019) e depois abrir o item em “secretaria”.
Abaixo os valores por vereadores retirados do site da Câmara Municipal referentes ao ano de 2019. Alguns têm dois valores, talvez por tipo de retiradas em contas diferenciadas. Mas são diárias.
CARLOS ALBERTO DA SILVA JAQUES 10.440,28 + 9.400,12 – R$ 19. 840
CARLOS ROBERTO MACHADO MONTEIRO R$ 5.543
DEOMAR DOS SANTOS GOULART R$ 9.151
ERNANDO ELIAS DA SILVEIRA 251,93 + 264,03 – R$ 515
FÁBIO DA ROSA R$ 16.261
GIBRALTAR PEDRO CIPRIANO VIDAL R$ 5.548
JEFERSON DE JESUS SANTOS 6.836,56 + 3.828,44 – R$ 10.865
MARCOS PAULO KLASSEN 5.154,79 + 6.843,27 – R$ 11.997
MARIETE DA SILVEIRA R$ 10.917
ROGERIO EVALDT JACOB 3.971,25 + 11.964,34 – R$ 15.915
VALDEMAR ALVES BRESOLIN R$ 4.235,2
VALMIR DAITX ALEXANDRE R$ 12.109,37
Pedidos de apoio aos cidadãos são vários em tempos de Coronavírus
O vereador Dê Goulart disse na última sessão da Câmara Municipal que iria fazer, junto com seu colega Tubarão (ambos do PDT), o pedido para que a prefeitura faça o adiantamento do 13º Salários dos servidores da municipalidade por conta da crise do Coronavírus.
A vereadora Gisa (PSD) pediu a palavra e sugeriu que a prefeitura permitisse que voltasse os empréstimos consignados para os servidores, conforme ela, suspensos.
Só que o vereador Rogerinho também pediu a palavra para dizer que não achava correto a prefeitura utilizar recursos para ajudar servidores com salários garantidos, quando existem cidadãos torrenses que estão perdendo seus rendimentos por conta das paralizações das atividades produtivas compulsórias decretadas na cidade para conter a pandemia.
São pontos de vista diferentes, vindos de diferentes vereadores e de diferentes partidos. Todos com suas prioridades. Escolha a sua, caro leitor.