CONVÊNIOS NA SAÚDE: VOLTA AO PASSADO VAI RESOLVER? TEMA DE CAMPANHA PARA PREFEITO!

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

27 de fevereiro de 2020
Por Fausto Júnior

 

O vereador Deomar Goulart (PDT), em seu espaço na Câmara de Torres, sugeriu que a prefeitura reavalie a possibilidade de VOLTAR a firmar convênio com o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes para os serviços de Pronto Atendimento, substituindo o PA atual, que inclusive está com a contratação de Médicos terceirizada para empresa especializada em atendimento médico.  Dê Goulart acha que a Saúde no PA, como está, não funciona. Disse que os médicos não têm experiência e acha que, se feito o convênio com o HNSN, a utilização do mesmo corpo médico pode propiciar que o pronto atendimento seja feito por médicos mais experientes além de ajudar financeiramente o hospital, para ele necessário.

Só que acho difícil que o HNSN aceite.  É que quando o sistema era conveniado, a própria Câmara de Torres não deixava que passasse uma sessão sem dar pitaco contra o Pronto Atendimento, á época feito no Hospital, junto com a Urgência & emergência (esta última ainda existente). Além disto, os valores atuais gastos em médico na terceirização são similares com os que eram gastos na época. E o HNSN, também à época, achava que era pouco, que o convênio dava prejuízo, por isso interrompeu o processo unilateralmente.

A ideia é boa. Mas deve navegar num contexto de ter valores mais reais repassados para o Hospital, além de a prefeitura e os vereadores entenderem melhor o que é de quem no sistema de Saúde e não culparem o HNSN em tudo, como foi numa época.

O sistema de Saúde de média e alta complexidade é de responsabilidade do Governo do Estado e do Governo do Brasil. E as verbas nunca chegam. O SUS parece e sempre pareceu um saco sem fundo. Há quinze anos que observo o sistema público de Torres e as reclamações são as mesmas. E o diabo é que o atendimento é universal, atende todos seja lá onde vivem.

Mas a ideia de Dê Goulart pode virar tema de campanha para prefeito neste ano. Olho no lance!

 

DE TÃO VELHOS, SÓ COM “GERIATRIA” PARA CURAR PROBLEMAS DA OBRA DO ASFALTO DA SALINAS

 

Imagem das obras feitas em 2014 ao lado da parte que ainda está esperando asfalto desde então

  

Já são um caso de “Geriatria” os problemas do asfaltamento da Estrada das Salinas. São tantos anos do início do processo de obtenção de uma porta (conta contábil) em Brasília para que o lugar fosse considerado rota do sistema de ligação entre os Cânions e Torres, que hoje o processo já deve ser tratado, em Brasília por geriatras de projetos públicos, quase caso de sábios idosos.

O governo João Alberto, no ano de 2011, conseguiu a demanda. Os recursos vieram alguns anos depois, retomados pelo governo da ex-prefeita Nílvia. E a obra foi inaugurada com foguetório (barulhento) ao lado da Escola Mampituba.  O anúncio que gerou o foguetório foi o de que seria asfaltada TODA A ESTRADA – do posto BR (em frente a rotula da Ulbra) até a BR 101, na Vila São João. Só que não.

Problemas de toda a sorte foram colocados para que o mesmo governo Nílvia justificasse (sem justificativa) que a obra seria interrompida quando na metade, como está hoje, ainda: entre o posto BR e a ex-cooperativa de Pesca (também falida), construída (também pelo Estado) ali na estrada no ano de 2005, inaugurada pelo ex-governador Germano Rigotto. Cooperativa que hoje está uma ruina, após fechar logo depois de abrir ainda no governo João Alberto e estar atualmente sem dono.

Bom, voltando ao asfalto da Salinas, o governo Carlos Souza fez outra inauguração da chamada parte dois do asfaltamento. Foi em meados do ano de 2018, com pompas tatas que todos os políticos da cidade estavam presentes no ato. Mas não deu certo. Depois até o pessoal do MDB de Torres interviu, (apoiado pelo deputado federal Alceu Moreira) para que “ressuscitasse” a verba dentro do ministério para que pudesse ainda ser usada. Parece que o governo de Torres teve de colocar mais R$ 2 milhões para completar os valores já carcomidos pela correção monetária. E a obra foi mais uma vez anunciada no ano passado. Só que não…

Agora, na semana passada, o presidente da Câmara, vereador Fábio da Rosa disse que a prefeitura não sabe o porquê da obra estar parada mais uma vez. Citou até o nome da empreiteira, a Conpasul, para dizer que não sabe o motivo do não trabalho, já que o dinheiro já estaria depositado na conta da empresa.

Um clássico caso para Geriatria Pública. Tantos anos se passaram que acho que uma operação tapa buracos da primeira parte vai ser mais iminente do que a necessidade de completar o asfaltamento, do campo de golfe até a Vila São João. Tratar ferida dum lado onde não tem vida no outro.

 

PEDÁGIOS E ARTE REMUNERADA EM DEBATE

 

 

Na próxima sessão da Câmara, provavelmente será debatido e votado um Projeto de Lei, de autoria do vereador Gimi (MDB), em parceria com companheiros de partido, que quer por lei “regulamentar” a possibilidade de realizar “Pedágios” nas sinaleiras de Torres (pedir dinheiro por causas sociais).

O vereador lembrou em seu espaço da Câmara, na sessão passada (17/2) que se trata de evitar:

1 – que pessoas mal intencionadas recolham recursos de torrenses e veranistas em nome de causas que podem sequer existir. 2 – Que tenha limites e marcação de horário a possibilidade de pedir dinheiro em esquinas, evitando o constrangimento que muitas vezes os motoristas sofrem ao esperar abrir a sinaleira de três estágios (demorada) quando vêm vários indivíduos pedindo ou vendendo coisas em nome de causas sociais ou vulnerabilidades.

Particularmente, acho que os “malabaristas” acabam dando um folclore na cidade. Pode ser até uma marca local. Mas acho que devam se cadastrar, sim. Para sabermos se são pessoas confiáveis e comprometidas com sua liberdade de agir e com a liberdade dos outros de gostar ou não do que fazem.

Mas quanto aos pedágios solidários, concordo que muita picaretagem pode estar misturada com muitas causas nobres, como as de Lions, Rotary, dentre outras.

 

 

 




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