A Organização MUNDIAL de Saúde, em fevereiro de 2020, emitiu seu alerta para o mundo sobre a pandemia do Coronavírus, que se iniciara na China e já demonstrara que estava se espalhando em outros países. Como na China, no lugar onde havia o surto, o governo local (não se sabe se foi o nacional ou o regional) executou o que se chama de “lockdown” (Fechamento quase total da circulação de pessoas), a OMS aconselhou que os outros países fizessem o mesmo para evitarem o contágio pelo Novo Coronavírus em suas localidades. E a maioria do mundo aceitou. Foram poucas nações no planeta que resolveram fazer suas próprias medidas de contenção, sem utilizar o fechamento das atividades sugerido pela OMS. Suécia, Coreia do Sul, Japão, foram algumas das exceções que tiveram coragem de ir a caminhos diferentes dos apontados pela OMS. E o mundo parou…
COVID-19: Erro ou acerto? – ll
É de se entender que pessoas eleitas pelo povo (ou ditadores que governam o mesmo povo), que, portanto, dependem do voto ou da concordância do povo para manterem suas atividades, tomem a posição da defesa da VIDA, mesmo que esta posição tenha efeitos colaterais mais mortais ainda, como os que estamos tendo, quando se interrompe de forma compulsória as atividades produtivas que geram emprego e renda para ricos, médios e pobres em todo o planeta. A sociedade ainda lida com a morte como se fosse um tabu, tabu este que algumas religiões e crenças sugerem inclusive que exista outra vida após a morte (e mesmo assim tenham medo da morte). Portanto, a perda de um ente querido é a maior tristeza real para as pessoas, na prática, mesmo que isto seja somente um sentimento “politicamente correto” para alguns. Mas é o MAIOR TABU. Portanto, difícil fica questionar “defesas da vida”, sejam lá quais forem os efeitos colaterais destas defesas institucionais influenciadas pelo medo. Mas é importante lembrar que as decisões coletivas tenham de ser frias, como as de decretos de Estado de Guerras mortais que já foram tomados pelo mundo. Mas… Foi certo ou errado?
COVID-19: Erro ou acerto? III
Pode ser “Populismo”, mesmo que sem querer. E este seria o motivo de todo o planeta Terra ter se colocado radicalmente de “um lado” nesta pandemia de Coronavírus, se não vejamos: Qual é o gestor público que vai PONDERAR e decidir por seguir caminhos diferentes dos” sugeridos” pela Organização Mundial de Saúde, mesmo que estes sejam medidas que matam muitas atividades e empregos, o que pode também gerar a falta dos meios de sustento de pessoas ou de famílias? Acho difícil. E esta é a situação em que o mundo se encontra, incluindo nosso Brasil, o Rio Grande do Sul e nossa região do Litoral Norte. Estamos seguindo a decisão de gestores regionais que “mandam” que muita coisa pare ou funcione de forma parcial, para “ proteger” a população da morte pelo coronavírus. Os óbitos correspondem a uma parcela da população que atualmente não chega a 0,01%, se comparados os 624 mil óbitos registrados (até dia 23 de julho) com a população global: 7,7 bilhões de pessoas.
COVID-19: Erro ou acerto? IV
Qual o meio de comunicação de massa, que sobrevive de audiência para vender seus anúncios, que não vai assumir (mesmo que de forma intuitiva) uma sugestão da OMS que acabou sendo uma espécie de “corneta de tropa de boiada” para todas as nações do mundo? Poucos. A maioria dos meios de comunicação maciça foi lendo e contextualizando a situação do planeta como sugerira a OMS, concordando com a intervenção na liberdade privada das pessoas em nome da defesa da vida – como diz a OMS, uma decisão “da ciência”… o que não é bem assim. Os casos da Suécia e da Coreia do Sul, no mundo comprovam que outras decisões científicas existem, portanto demonstram que a ciência não é tão absoluta assim no caso da pandemia do Novo Coronavírus, como dizem os que defendem o sistema de Isolamento Social Horizontal (o sugerido pela OMS) como o único que é “cientifico”… isso está expresso de forma errada, quase que uma Fake News. Tá certo ou errado?
COVID-19: Erro ou acerto? V
Aqui no Brasil a história foi a seguinte: Optou-se por uma medida geral no início da pandemia, lá em março, onde o Ministro da Saúde brasileiro na época sugeriu Isolamento Horizontal para toda a nação, isolamento este que seria regulado pelos governadores dos Estados Federativos. E foi o que aconteceu e está acontecendo. Mesmo com rusgas políticas de ambos os lados, o sistema adotado por TODOS foi o de intervir na vida privada de pessoas e de empresas para evitar a proliferação do Novo Coronavírus. Se foi exatamente certo ou errado, não dá NUNCA para afirmar.
O país – como é grande, continental – possui números de casos e mortes similares a de outros países continentais e populosos como EUA, Índia e Rússia, por exemplo. Das nações continentais no mundo, somente a China não teve tantos casos de mortes, o que é de se estudar… tanto estudar o porquê desta diferença quanto estudar se não houve falta de informação de quantidades confiáveis (pois a China ainda é um país fechado no quesito informação, se comparado com outros países mais liberais). Ou seja: o Isolamento horizontal (com fechamento das atividades produtivas, inclusive) é o modus operandi no Brasil.
Mesmo assim temos que lamentar um numero grande de mortes: mais de 80 mil até dia 23/7, embora represente menos que 0,05% da população do Brasil. Números que nos colocam em segundo lugar no ranking mundial, atrás somente dos Estados Unidos, que tinham até o mesmo dia, 145 mil mortes por Covid-19.
Este é o resultado da decisão. Estamos há quatro meses com as atividades produtivas restritas para atender as medidas de Distanciamento Controlado, o que já gerou a perda de mais de um milhão de empregos e deve gerar pelas previsões até 10 milhões ao todo após saírem de cena as medidas de compensação do governo federal, fora a quebradeiras de empresas. Tá certo ou tá errado?
COVID-19: Erro ou acerto? VI
Já em nosso Estado Federativo, o Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite, como todos os outros da nação, optou também pelas medidas horizontais, generalizadas, de alta interferência na liberdade. Inclusive montou uma espécie de calibrador do contágio e dos riscos de morte por Covid-19 no RS, classificando as regiões estaduais por bandeiras, em ordem crescente de risco.
Mas agora o mesmo governador quer dar autonomia para que os prefeitos DECIDAM como serão implementadas as bandeiras nas cidades gaúchas. Parece que a Famurs (Federação dos Municípios do RS) não aceitou… o que é compreensível (embora um pouco covarde).
COVID-19: Erro ou acerto? VII
Até o momento, os prefeitos têm autonomia somente para AUMENTAR as medidas de restrição de funcionamento. O prefeito da cidade de Torres, por exemplo, não pode decretar que um tipo de estabelecimento que está proibido de funcionar (como os Buffets, por exemplo) volte a funcionar por SUA decisão. Mas pode dizer que, além dos Buffets, está PROIBIDO o funcionamento de restaurantes, inclusive por Telentrega, por sua própria avaliação (do prefeito).
Estamos em ano ELEITORAL MUNICIPAL, quando em novembro haverá eleição de vereadores e de prefeitos nas cidades. Atualmente, os erros e acertos perante o sistema de Isolamento Social compulsórios na Pandemia são na maioria do GOVERNADOR – que não vai ser avaliado nas urnas em novembro. Portanto, é compreensível que prefeitos EM EXERCÍCIO (os que decidem pela Famurs) não queiram, na maioria, ASSUMIREM os ônus e os bônus das tomadas de decisões municipais caso estas passem para a autonomia dos prefeitos. É que o tema pode acabar sendo “de palanque” e as oposições JULGUEM ao criticar o resultado de decisões de prefeitos, como eventuais aumentos de mortes e eventuais aumentos de casos de contágio, o que não é nunca culpa somente deles, mas… Assim como prefeitos podem também “surfar” em cima de resultados positivos nas cidades e creditarem estes às suas decisões como gestores nos palanques das eleições municipais, quando também não são somente seus os bônus dos acertos, pois nada se sabe sobre a realidade deste vírus, tudo é novo.
Prefeitos que TOPAREM receber a autonomia em minha opinião são corajosos. Mas os que não toparem é de se compreender: eles podem estar montando uma cama de gato para si próprio nas eleições que se aproximam.