CUIDADOS COM GATOS IDOSOS: O QUE VOCÊ PRECISA SABER

Apesar do envelhecimento predispor a ocorrência de algumas doenças, a atenção com a saúde, com a nutrição e o ambiente do seu gato idoso contribuem com a redução dos riscos ou ainda retardo no aparecimento dessas doenças.

Foto por Pixabay
22 de junho de 2024

O envelhecimento dos gatos idosos é um processo natural, em que há um declínio progressivo das condições físicas e processos metabólicos, porém envelhecer não é sinônimo de adoecer.

Apesar do envelhecimento predispor a ocorrência de algumas doenças, a atenção com a saúde, nutrição e ambiente do seu gato idoso contribui com a redução do risco ou ainda retarda o aparecimento dessas doenças. Esses cuidados básicos vão garantir a qualidade de vida e a longevidade do seu gato idoso.

O avanço da idade em gatos é relativamente mais rápido em relação a humanos, e os sinais nem sempre são óbvios. Pelagem esbranquiçada, falta de energia durante atividades físicas ou alterações no comportamento podem ser sutis e passar despercebidos.

A partir dos 10 anos, consideramos um gato como idoso. À medida que envelhecem, diversas funções do organismo podem sofrer alterações. Tais como:os sentidos, como audição, visão e olfato, dentre outras alterações cognitivas; Sistemas imunológico e Cardiovascular; Função renal e a regeneração de tecidos, como articulações e pele.

Portanto, é essencial que um veterinário examine periodicamente seu gato, pois um olhar profissional pode identificar precocemente alterações indicativas de doença e estabelecer um tratamento adequado. Lembre-se que o acompanhamento do médico-veterinário na fase geriátrica deve ser mais frequente em relação ao de um gato adulto.

A dieta de gatos idosos requer tanta atenção quanto a nutrição de filhotes, exigindo cuidados específicos em sua formulação.

Esses animais enfrentam maior dificuldade na absorção de nutrientes, além de mudanças no apetite, que podem ocorrer tanto por alterações cognitivas (como o olfato) quanto por doenças e/ou uso de medicamentos, tornando essencial que o alimento fornecido seja de alta qualidade, altamente palatável e atenda adequadamente às demandas nutricionais dessa faixa etária.

Alimentos úmidos, como os sachês, podem ser aliados importantes nessa fase de vida, principalmente por promoverem uma maior ingestão hídrica – a água é fundamental para manutenção da saúde do corpo, com destaque para os rins – e por apresentarem alta palatabilidade.

Os suplementos alimentares desempenham um papel crucial nessa fase. Os radicais livres, por exemplo, não conseguem ser neutralizados adequadamente em animais idosos devido a uma menor função do sistema antioxidante nessa faixa etária, resultando em danos a longo prazo no organismo.

Adicionalmente, é importante considerar que gatos idosos têm propensão ao desenvolvimento de doenças articulares, o que pode acentuar a perda de massa muscular que já acontece fisiologicamente em animais senis.

Portanto, o fornecimento de uma dieta balanceada e de boa qualidade, associada a uma suplementação direcionada para essa fase de vida, com inclusão de regeneradores articulares e elementos anti-inflamatórios/antioxidantes, é fundamental para promover qualidade de vida.

É essencial não confundir os sinais naturais de envelhecimento com sintomas de doenças crônicas. Subestimar qualquer alteração que seu gato idoso apresente é arriscado, e a ideia de que certos comportamentos são normais devido à idade avançada deve ser abandonada.

Ser idoso não significa ser doente ou incapaz de realizar tarefas cotidianas, princípio que se aplica tanto a humanos quanto a nossos queridos pets.

Doenças degenerativas e oncológicas geralmente apresentam sintomas graduais ao longo dos meses, sendo comum que os gatos idosos tenham mais de uma doença (o que chamamos de comorbidades). Entre as condições mais frequentes estão: Doença renal crônica; Cardiomiopatia; Doença periodontal; Síndrome da disfunção cognitiva; Doenças articulares degenerativas; Hipercortisolismo; Obesidade; Neoplasias; Diabetes mellitus; Hipertireoidismo.

À medida que os gatos envelhecem, é possível observar alterações físicas e mentais.

Para reduzir a probabilidade de enfermidades, além dos cuidados com alimentação, são necessários cuidados especiais relacionados também à alimentação, ao ambiente e à saúde em geral. Confira:

Manter a higiene do seu gato é uma prática essencial em todas as fases da vida. Apesar de não demandarem banhos frequentemente (exceto em casos de indicação veterinária – banhos terapêuticos), a rotina de cuidados dos gatos deve incluir a escovação dos pelos, por exemplo.

Além disso, é crucial adotar medidas preventivas contra pulgas e carrapatos. Recomenda-se consultar o Médico Veterinário para receber orientações sobre os procedimentos específicos e determinar a frequência mais adequada para o seu gato.

É importante sempre estar atento às demandas de cuidados odontológicos com os gatos, contando com o auxílio de um veterinário especializado para o acompanhamento.

O local onde seu gato passa a maior parte do tempo também requer atenção especial. Evite escadas e pisos escorregadios, pois além de causarem acidentes, podem agravar condições ortopédicas e articulares.

Instale rampas para facilitar o acesso a lugares favoritos, como o sofá, e utilize pisos de borracha ou antiderrapantes para tornar a caminhada mais segura, caso seu gato apresente doença articular (altamente comum em gatos idosos). Disponibilize um espaço seguro e aconchegante para que seu gato descanse durante o dia.

Se você costuma passear com os seus gatos, converse com seu Médico-Veterinário sobre os cuidados necessários e lembre-se de respeitar os limites e a velocidade do seu gato.

Evite exercícios intensos que possam sobrecarregá-lo e prefira realizar passeios durante os períodos mais amenos do dia, quando a temperatura não está muito alta ou muito baixa.

Para gatos pouco acostumados, viagens de carro que envolvam longas distâncias podem ser estressantes e prejudiciais. Portanto, é essencial avaliar essas situações e buscar orientação do Médico Veterinário sobre os riscos e a melhor abordagem.

O veterinário pode recomendar suplementos para auxiliar na promoção de  energia e, consequentemente, na disposição necessárias para realizar essas atividades, importantes  para a saúde mental e física.

O zelo pela saúde geral é crucial, e encaminhar o seu gato ao veterinário para acompanhamento periódico é uma prática essencial.

Um cuidado que deve ser mantido para gatos geriátricos é a vacinação. Muitos tutores acabam não a realizando, mas gatos idosos também são suscetíveis a doenças infecciosas que são prevenidas pelas vacinas.

Na fase idosa, o intervalo ideal entre os check-ups é de 6 meses, mas isso será determinado pelo veterinário, de acordo com a condição clínica de cada paciente. Ao monitorar de perto a saúde do animal, torna-se mais fácil identificar problemas em estágios iniciais, aumentando assim a chance de cura ou melhor controle.

Uma das doenças que mais afeta os gatos idosos é o câncer. Os tipos mais comuns nessa espécie são os linfomas, além dos cânceres de pele, que geralmente apresentam maior incidência em animais de pele clara.

Tumores mamários e de próstata se manifestam especialmente em animais não castrados. Portanto, a castração é considerada um procedimento essencial que deve ser discutido com o Médico Veterinário logo após a adoção do animal, para decidir sobre o melhor momento para sua realização.

Lembre-se de que, assim como nós, os gatos também passam por diferentes fases de vida, exigindo cuidados específicos em cada uma delas.

A fase idosa é uma experiência nova tanto quando comparada às fases anteriores do gato. Portanto, paciência e persistência são fundamentais para estabelecer uma nova rotina com tranquilidade, permitindo que ambos desfrutem de mais momentos felizes juntos.

 

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