O termo doença renal envolve um conjunto de enfermidades que podem ser crônicas ou agudas e acarretam em problemas no funcionamento dos rins. Tanto os cães quanto os gatos podem sofrer com estas condições graves e, muitas vezes, incompatíveis com a vida.
Isso porque os rins são órgãos com diversas funções no organismo, como o balanço hídrico, a excreção de metabólitos, a regulação eletrolítica, o controle da pressão arterial e da função endócrina. Ou seja, isso quer dizer que os rins são responsáveis pelo controle da creatinina e da ureia, pela regulação do volume urinário, pela secreção de eritropoetina e pelo controle do pH do sangue, entre outras coisas. Portanto, o perigo da doença renal é devido à interferência em todas essas importantes funções.
Muitas vezes, os sintomas mais evidentes só aparecem quando o problema está mais evoluído. Ou seja, isso faz com que o prognóstico seja pior. Por exemplo: quando o paciente apresenta aumento da creatinina (acima dos valores de referência), já temos 75% da capacidade de filtração do órgão já comprometida. Por essa razão, é importante conhecer os fatores de risco, prevenção e sintomas, já que isso pode evitar grandes transtornos. É o que veremos abaixo.
Tipos de doença renal:
Doença renal crônica – Utiliza-se essa classificação quando um paciente tem alteração da sua creatinina por uma origem renal. Diagnosticamos dessa forma quando os níveis estão desregulados há pelo menos três meses. A classificação da doença crônica pode ser feita quando o paciente estiver estável clinicamente. Existem quatro estágios para essa enfermidade – de I a IV. Dessa forma, podemos orientar melhor seu tratamento. Além disso, é muito importante que o paciente com esse diagnóstico siga em acompanhamento médico. Isso porque na Nefrologia trabalha-se muito com a medicina preventiva. O objetivo é proteger o rim doente de sofrer novas agressões.
Doença renal aguda – Já a doença renal aguda é uma agressão que o rim sofre de forma repentina. Diversos fatores podem provocá-la: algumas doenças sistêmicas, medicamentos, substâncias tóxicas, baixa importante na pressão arterial, entre outros. Diferentemente da doença renal crônica, o paciente com doença aguda tende a ficar muito prostrado. Ou seja, os sinais são mais evidentes nesse curto período de tempo. Outra diferença é que, na aguda, temos a chance de reversão. Mas, para isso, a rapidez do tratamento inicial é de fundamental importância.
Sintomas e diagnóstico
Entre os sintomas da doença renal, podemos citar:
- Sede acima do normal, ausência ou excesso de xixi,urina muito amarelada ou transparente, apatia e mal-estar,vômito,diarreia,mau hálito,perda de apetite e erda de peso.
Já o diagnóstico pode ser realizado a partir de exames de sangue, exames de urina e exames de imagem, além da anamnese e dos exames clínicos.
No entanto, é muito importante que o diagnóstico seja feito da forma mais precoce possível! Por isso, os tutores devem consultar o médico veterinário regularmente e relatar qualquer alteração no comportamento do pet. Este profissional poderá auxiliar na prevenção e realizar o diagnóstico preciso da doença renal.
Além disso, caso a doença renal seja diagnosticada, o médico veterinário poderá encaminhar o paciente para a melhor forma de tratamento.
Tratamento da doença renal
Em diversos casos, a doença renal não tem cura. Por isso, um dos principais pilares do tratamento é evitar agressões às áreas saudáveis dos rins e preservá-las da melhor forma possível.
Entre os cuidados com cães e gatos doentes, estão:
- Uso de medicamentos:para controle dos sintomas como a hipertensão, os vômitos, a falta de apetite e a anemia;
- Mudanças alimentares:para evitar maior lesão aos rins e equilibrar parcialmente as alterações provocadas;
- Diálise: para filtrar o sangue, removendo substâncias tóxicas que os rins já não conseguem mais filtrar – lembrando que todos os casos possuem indicação para processo dialítico;
- Acompanhamento contínuo:o tutor deve observar a rotina do pet e informar ao médico veterinário sobre alterações importantes;
- Consultas veterinárias:um cuidado básico, mas indispensável para o bem estar de cães e gatos. De acordo com a evolução da doença, o médico veterinário poderá sugerir exames, procedimentos e trocas de medicamentos que mais se encaixam às necessidades de pet.
É importante lembrar que nem toda doença renal é igual. Portanto, o tratamento é individualizado para cada paciente.
Fonte: Onco Pet Support
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O QUE É A GIARDÍASE?
A giardíase é uma zoonose provocada pela infecção do protozoários Giardia duodenalis. Ela pode se manifestar de forma assintomática, como através de sintomas: Flatulência intermitente, má absorção de nutrientes, náusea,diarreias e fezes com sangue.
Contaminação – A água contaminada é a principal via de transmissão da giardíase. Assim, animais expostos a ingestão de líquidos de riachos, poças ou com filtragem insuficiente podem se infectar. Os cistos da Giardia costumam resistir a níveis comuns de cloração. Além disso, os humanos e os pets expostos ao contato com animais contaminados e a seus objetos também podem contrair giardíase..
Prognóstico – Vale ressaltar que a giardíase não é um problema crônico. Portanto, é possível eliminar rapidamente a doença, desde que seja feito o tratamento correto. O prognóstico geralmente é positivo.
No entanto, sem o diagnóstico correto, animais tratados por longos períodos contra a giardíase podem estar sofrendo com outros problemas. Em alguns casos, as fezes com sangue podem ter como motivo alergias alimentares e colites crônicas (inflamação na porção final do intestino). Em outros, a causa pode ser o excesso de vermífugos administrados erroneamente pelo próprio tutor.
Diversos outros problemas gastrointestinais podem provocar fezes com sangue e demais sintomas semelhantes à giardíase. Por essa razão, é sempre importante consultar o médico veterinário periodicamente. Somente este profissional saberá diferenciar e identificar com precisão o problema do seu pet.
Diagnóstico da giardíase – De forma geral, o diagnóstico se dá através de anamnese clínica e de exames laboratoriais. O aspecto das fezes com sangue pode revelar informações determinantes sobre a origem do problema, por exemplo. Além disso, o médico veterinário pode solicitar análises que buscam identificar a presença do agente – ou do seu antígeno – nas fezes dos pets.
No entanto, como a eliminação do parasita nas fezes é intermitente, aconselha-se que a coleta para exame seja feita pelo menos três vezes, em dias intercalados. Isso porque não há tanta eficácia no exame para detectar o antígeno do parasita nas fezes. Desse modo, ele é utilizado junto ao exame parasitológico de fezes. Este, por sua vez, é realizado por patologistas em três diferentes análises.
Porém, basta que ele seja detectado uma vez para que o diagnóstico seja fechado.
Em alguns casos, o paciente acredita que o pet está contaminado com Giardíase, mas o exame de fezes acaba detectando outro parasita – e isso é determinante para o tratamento correto.
Tratamento – O tratamento para a giardíase deve ser realizado idealmente após a confirmação do diagnóstico. Ele costuma ser medicamentoso e deve ser prescrito apenas pelo médico veterinário responsável.
Vale ressaltar, no entanto, que as medicações apenas tratam o problema já existente. Ou seja, elas não previnem que o animal seja contaminado novamente.
Por isso, é fundamental que os tutores conversem com os médicos veterinários sobre as medidas preventivas e de controle ambiental contra a Giardíase.
