ESTACIONAMENTO ROTATIVO E CIDADANIA

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

Imagem meramente ilustrativa, de placa instalada na quase implantação do rotativo pago em 2015
29 de junho de 2022
Por Fausto Júnior

A questão da cobrança de estacionamento pelo poder público em qualquer lugar do mundo sempre é polêmica, porque muitos entendem isto como mais um imposto para a prefeitura. Errado! O serviço é colocado para servir os moradores de mais conforto, tanto para o seu dia a dia junto ao comércio e os serviços locais, quanto para servir o próprio comércio local, que na maioria das vezes está ali para gerar produção e emprego na cidade, o que gera imposto e capacidade de consumo à população. A cobrança é somente para  SUSTENTAR o serviço prestado.

Em cidades turísticas como Torres o serviço serve para que haja mais diluição de gastos pela cidade, já que muitos comércios não têm estacionamento e os turistas na maioria estão com pouca vontade de procurar vaga, ou não?

Portanto a prefeitura não se apropria de espaço democraticamente repartido. Ela coloca regras neles para que o sistema de produção e consumo da cidade possa funcionar: este é o verdadeiro uso de estacionamentos rotativos pagos.

Em minha opinião, as únicas pessoas que têm “certo” prejuízo adicional no sistema são os moradores de prédios e casas que estão no meio dos centros urbanos com estacionamento taxado e não possuem garagens suficientes para seus carros, o que era muito comum em prédios mais antigos. Estes terão que esperar até ás 18 horas para estacionarem e terão que acordar cedo todos os dias úteis para retirar o veículo da área tarifada antes das 8 horas.  Mas não vão morrer com isto e podem acionar o mercado de aluguel de garagens no entorno, mais uma fonte de emprego e renda local.

 

PRAIAS DO SUL DE TORRES & ESTRATÉGIAS DE GOVERNO

 

O veranismo e o turismo das praias do Sul são um pouco diferentes dos interesses dos veranistas e turistas do “centro de Torres” (entre Parque Itapeva e Rio Mampituba).  Os que buscaram, buscam e buscarão a região “central” têm vínculo específico com a proximidade das três Torres de pedra e falésias aqui existentes, além de outros ambientes naturais já conhecidos há tempos como o Rio Mampituba ou a Lagoa do Violão. Têm vínculo com a existência de esgoto captado tratado quase na totalidade da área junto ao mar (Praias) e têm vínculo forte com a necessidade de infraestrutura urbana e social por perto: lojas, centros comerciais, hospital, postos de gasolina, lojas de conveniência e restaurantes, por exemplo.

Já os veranistas das praias do sul buscam uma residência montada próximo ao mar e com estrutura de locomoção civilizada: vias, calçadas, acesso ao mar e etc. E Em segundo plano a proximidade de Torres para terem acesso a bens, serviços e praias junto a monumentos da natureza em alguns dias, tendo no entanto que viajar para chegar ao centro. Mas são um publico crescente: preferem a calma de praias sem edifício e sem muito movimento; buscam a vida junto ao mar e em casa com as famílias na maioria dos tempos. E por isso a estratégia de turismo deve ser bem considerada pelas autoridades do setor em Torres.

Ao mesmo tempo há duas tendências que aumentam a importância estratégica e cidadã destas praias do sul de Torres (no percurso que vai do Parque Itapeva até o final da Praia Paraíso).

1 – Moradores de Torres buscam se estabelecer por lá em locais onde o valor das casas é mais baixo por conta da falta de documentação formal, como aconteceu em outros bairros do centro de Torres há anos atrás, como o  Canto da Ronda, São Francisco e Guarita. Mas eles moram e pedem estrutura em suas casas, além de pagarem IPTU na maioria dos casos, o que foi dado nos casos centrais.

2 – Veranistas ou parentes de veranistas que resolvem vir morar nas “casas de praia” e que consequentemente necessitam de um mínimo de infraestrutura adicional, porque além de muitos deles serem mais velhos (acima de 50 anos), eles vão passar um ano inteiro na casa e não um período curto como passavam em épocas de veranistas.  Este dado inclusive é um fenômeno nacional. O senso deste ano vai mostrar o aumento de população no litoral gaúcho de forma muito maior do que os aumentos de outros locais.

Construir uma Interpraias estruturada para facilitar o ir e vir de todos e fazer manutenção de buracos e mazelas crônicas das vias já é um grande passo, tanto para moradores quanto para ex-veranistas que agora moram nos locais o ano inteiro.

 

PARABÉNS AO GOVERNO DE TORRES. FINALMENTE O FIM DE ALAGAMENTOS NA AVENIDA

 

A administração municipal, através do governo Carlos Souza merece os parabéns por ter finalmente feito uma obra que era demandada há mais de 20 anos. Não existem mais alagamentos na esquina da Avenida Barão do Rio Branco com a Rotatória do Hotel Dalpiaz, alagamento que em alguns dias se estendia até mais adiante da Redemac Bomag e que em alguns casos interrompia o trânsito por ali.

O assunto também foi tema de pronunciamentos na Câmara Municipal. A Vereadora Carla Daitx (PP) puxou o assunto dando também seus parabéns ao governo, seguida até por um vereador do MDB – oposição na Casa Legislativa, vereador Dilson Boaventura.

Realmente o problema já fazia aniversário há anos e agora parece que nunca existiu de tão bom que ficou o escoamento d’água que desemboca no Riacho, próximo à Câmara.

 

 

 




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