INSTITUTO EM TORRES DEVE SER PAGO PELO GOVERNO FEDERAL!

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

Prédio da prefeitura onde funcionava Escola Técnica Santa Rita foi sugerido
12 de junho de 2023
Por Fausto Júnior

A oposição ao governo de Torres na Câmara – representada pelos vereadores Moisés Trisch (PT), Silvano Borja (PDT) e Cláudio Freitas (PSB) – em nome da Comissão de Educação da Casa Legislativa, fizeram uma INDICAÇÃO para que a prefeitura execute a disponibilização do prédio onde funciona atualmente a Secretaria Municipal de Educação, bem como os terrenos lindeiros recentemente desapropriados ao lado do mesmo imóvel, para que lá o Ministério da Educação e Cultura do Brasil (MEC) implemente na cidade o Instituto Federal – uma escola profissionalizante que afinal treina cidadãos por ofícios operacionais, colocando-os no mercado de trabalho como mão de obra técnica,  para operar nos setores produtivos da sociedade (sem ter que fazer universidade).

Um Abaixo Assinado também está sendo preparado pelo mesmo movimento no sentido de reforçar a demanda da comunidade torrense para este mesmo fim. E o prefeito Carlos Souza, em Brasília, irá encaminhar proposta de articulação justamente para viabilizar a implementação do Instituto Federal em Torres, não se sabe se incluindo ou não a oferta do prédio da Secretaria da Educação demandado pela comissão da Câmara e pelo movimento torrense em prol da Escola profissionalizante.

O que querem os militantes desta parceria é usufruir de um recurso próprio, existente para suprir o Ensino Fundamental do município de Torres, redirecionando-o para atender um programa Federal de treinamento técnico que integra o governo no poder, do PT. Na prática, se tira riqueza estrutural do sistema de ensino primário para o sistema de ensino profissionalizante superior, de competência do governo federal.

Atualmente os municípios vêm aumentando dia a dia o seu sofrimento orçamentário por conta de demandas constitucionais serem exigidas (por pessoas e pela justiça) que sejam executadas nas cidades, local onde vivem os seres em todo o país. Mas o “arcabouço” tributário em execução, ao contrário, oferece mais de 60% de todos os impostos pagos por nós, simples viventes, para ser gasto pelo orçamento da União. Menos de 10% ficam para os municípios.

Portanto eu, Fausto Junior sou peremptoriamente contra a cedência gratuita do imóvel comprado pela prefeitura no ponto bem localizado na Avenida Castelo Branco para o governo Federal. A menos que a União compre o prédio da prefeitura, para que, afinal, lá seja colocado o Instituto Federal.

 

EX – ESCOLA CENECISTA SERIA MAIS COERENTE PARA O INSTITUTO FEDERAL

Prédio da antiga Escola Cenecista, no Morro do Farol pode ser alternativa

No governo Nílvia (2013/2016) em Torres, o município chegou perto de obter aval para o Instituto Federal. Movimentos do PT (parte do governo) através da então vereadora professora Lú, apoiados pelo vereador José Ivan Pereira (MDB – à época oposição) fizerem grande pressão nacional e estadual para que a escola viesse para a cidade. A vereadora Lú chegou a anunciar a vinda efetiva da Escola para a cidade após promessa de um diretor do MEC à época no governo Dilma. Mas o projeto desandou e a escola tpecnica acabou não vinda.

O prédio já abandonado da Ex-Escola Cenecista, no Morro do Farol, era o local disponível apresentado para ser implementado o Instituto Técnico Federal em Torres. Já na época, haveria de ter reformas no lugar que já estava abandonado após a desistência da Escola Cenecista de continuar em Torres. E atualmente o lugar ainda necessita basicamente das mesmas reformas (ou pouco mais), mesmo após haver mais depredação no espaço abandonado.  Sugiro que o lindo espaço do Morro do Farol seja mais uma vez ser indicado para ser utilizado (e doado), para que seja lá construída a sonhada Escola Técnica Federal para Torres e região. São argumentos que sugerem a coerência desta decisão da cidade de Torres:

1 – Décadas atrás o lugar era de propriedade do ESTADO do RS, quando então lá funcionou o Colégio Estadual Marcílio Dias, de ensino médio. Foi doado para o município usufruir quando esta mesma escola foi transferida para onde funciona hoje, no centro. Casualmente o Marcílio sempre teve ensino técnico…

2 – A Escola Cenecista, que lá funcionava até o final da primeira década do século XXI, também era técnica, ou seja: formava alunos no segundo grau e formava técnicos em Contabilidade, pessoas que atualmente são destaque no cenário do poder e da política em Torres que se formaram por lá, o que mostra a eficácia do ensino técnico nas escolas.

3 – O prédio seria reutilizado com verbas federais e com participação indireta estadual e municipal, já que a origem dele é de uso do estado depois de cedido para o município, quando agora seria definitivamente cedido para o governo federal operar ensino de competência federal no sistema gratuito de educação brasileiro.

4 – O Lugar é estrategicamente bem localizado e poderia ser um símbolo da cultura local ao mostrar aos turistas sua utilização para treinar nosso povo para ofícios técnicos que podem ser (devem em minha opinião) conter o Turismo como um dos cursos oferecidos.

 

CULTURA DA CULTURA LOCAL

Ike (d) com seu parceiro de projeto o também torrense, surfista e produtor de pranchas de surfe local Eninho (e). Na outra imagem a foto do torrense Pedra com sua assinatura como parte da galeria

 

 

 

A barbearia do Ike, aqui de Torres providenciou um exemplo de “cultivo da Cultura” local em seu estabelecimento.  O lugar frequentado historicamente por torrenses desde o tempo do Paulinho, pai do Ike (falecido precocemente) agora tem em sua ambientação um espaço com fotos de surfistas que costumam, faz tempo, pegar ondas no mar das praias torrenses. São pessoas que nasceram em Torres ou veranistas que costumam vir para cá praticamente todos os finais de semana ou que passaram a morar aqui nos últimos tempos justamente para estar perto das ondas do mar local.

A idealização e curadoria são do empresário e também surfista dono da barbearia, o Ike. É ele que convida as pessoas para que ceda uma foto delas surfando para que componha a galeria exposta no estabelecimento de corte de cabelo. É ele que decide quem é ou quem não é parte deste grupo formado de pessoas que vão dos 65 anos aos 35 anos atualmente. E que podem ver a crescer.

Pra mim este tipo de movimento é exemplo de cultivo da cultura torrense. Morar ou trabalhar em Torres para poder surfar já faz parte da cultura da cidade, faz parte inclusive da formação econômica local ocasionada pelo turismo deste segmento. Isto pode ser feito em outras atividades como música, gastronomia, produção rural, etc. Consumo de Casquinha de Siri, produção e consumo de roscas de polvilho diferenciadas, composição e apresentação de músicas baseadas no “Reggae” (nascido em locais à beira mar no mundo), dentre outros vários aspectos locais são exemplos de temas que poderiam ser “cultivados” para que sejam formalmente registrados como CULTURA local, como faz o Ike em sua barbearia.

 

 

 

 

 

 

 




Veja Também





Links Patrocinados