INVEJA OU PRESERVAÇÃO AMBIENTAL?

Coluna semanal de Fausto Junior - A FOLHA- Torres - RS.

19 de novembro de 2023
Fausto Junior

INVEJA OU PRESERVAÇÃO AMBIENTAL?

 

Não consigo entender o fundamento dos idealistas de várias correntes em Torres que insistem em diminuir a altura máxima de prédios. Eles dizem que se trata de preservação ambiental, mas não existe nenhum dado que prove que um andar a menos ou a mais vai afetar o meio ambiente. 

Na minha opinião, o impacto ambiental de edifícios é POSITIVO. Ou seja: edifícios melhoram a relação do homem na urbe com o meio ambiente e os reflexos da urbanidade.  Um edifício com 50 apartamentos substitui 50 casas espalhadas pelas vias do entorno. São manos 49 sistemas de descarte de lixo, são menos 49 saídas de esgoto encanado que podem estragar e causar impactos aos moradores e ao ambiente; são menos 49 ligações e postes de  entrada de energia nos imóveis, substituídas por UMA do edifício; São menos 49 entradas de água encanada e seus custos de manutenção e depreciação e etc.

Minha opinião: Se a cidade de Torres fosse achatada, teríamos espalhadas em casas moradias até a lagoa do Jacaré. E haja vias asfaltadas e urbanizadas para atender tudo isto. Isto sim é impacto ambiental. 

 Atualmente temos, há menos de 5 KM do centro de Torres, sítios que fornecem que moradores tenham em contato com a natureza e que não impactam o meio ambiente como ruas com casas grudadas uma nas outras.  Se não tivéssemos edifícios, estes lugares seriam a mais de 20 KM do centro. Ou não?

Acho que as pessoas (e ideais) que insistem em afirmar que altura de prédio é prejudicial ao meio ambiente estão se enganando ou sendo enganados por narrativas falaciosas. Se acharam que não querem edifícios em sua cidade, esta demanda é   legitima. Mas penso que estes têm que aceitar que isto agride o meio ambiente, ao invés de ser mais ambientalmente correto… como dizem…

Mas parece que   a questão é de inveja. Parece que os cidadãos, mesmo sem querer possam não estar gostando de ver empresas construindo e lucrando com a construção civil. E no fundo é isto que faz com que haja tanta campanha contra esta atividade econômica.   Só que os empresários estão bancando estas empreitadas. Eles podem em um determinado momento estar ganhando bastante dinheiro, mas correm diariamente o risco de tomar uma decisão errada ou fazer uma projeção errada e quebrarem. E quando quebram, com certeza não tem ninguém que vai pagar suas contas para que não fique pobre do dia para a noite. 

Empresário gera emprego para que novas vidas e novas famílias sejam viabilizadas através do salário dos trabalhadores. Empresário paga impostos muitas vezes em cascata, o que viabiliza dinheiro para que governos trabalhem na infraestrutura e em programas sociais. Empresário gera divisas para a cidade (mais dinheiro entrando no município do que saindo) a única forma de desenvolvimento econômico que existe na prática. 

 

INVEJA OU IDEALISMO?

 

Ter um bairro central de Torres que não possa ter nenhum edifício. Um bairro onde somente residências unifamiliares podem ser construídas a partir de um momento, como existe em várias cidades do Brasil (inclusive Porro Alegre) se trata de uma lei que acaba cumprindo uma ideologia: ela fornece a segurança para o morador que ele pode comprar uma casa que não vai ter um edifício construído ao seu lado, seja ele edifício baixo ou edifício alto (os dois fornecem sombra e diminuem a visão do céu para pedestres).

Isto sim poderia ser uma emenda IDEOLÓGICA a ser incluída no Plano Diretor. A Praia da Cal, por exemplo, ainda tem muita casa e poderia ter esta lei para proteção dos atuais proprietários. A Prainha também… Isto se trata de uma lei que cumpre um ideal, que cria um diferencial competitivo para a cidade. Mas diminuir ou aumentar em um andar ou dois a altura de prédios,  dificilmente cumpre uma ideologia, principalmente no caso da Praia Grande em Torres,  local que possui a área de dunas bastante largas, o que é prova cabal que 3 ou 6 metros a mais de altura ( mesmo à beira mar) não vai prejudicar o banhista na faixa de areia no  pós dunas. Ou não?

Olho no lance… e na votação do Plano Diretor. 

ASSALTO DO GOVERNO AO CONTRIBUINTE?

 

Conforme informa a jornalista Rosane de Oliveira, da GZH, convocados de última hora para uma reunião no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, na noite de terça-feira (14), deputados da base aliada do governo Leite levaram um choque: o governador apresentou ao grupo a ideia de encaminhar à Assembleia um projeto que aumenta a alíquota básica do ICMS de 17% para 19,5%. Pediu que mantivessem sigilo absoluto, mas consultassem seus partidos o mais depressa possível, porque o governo corre contra o tempo e precisaria protocolar o projeto ainda na quinta-feira (16), para que a tramitação em regime de urgência permita a votação até o recesso, sem convocação extraordinária entre o Natal e o Ano Novo.

 Minha opinião: Um absurdo. Os governantes “limitados” em todo o Brasil (e no mundo) são eleitos para administrar um governo sabendo que, se necessitar, é fácil. Basta aumentar os impostos que os déficits públicos são resolvidos. Isto é o mesmo que o ladrão pensa. “Basta eu roubar ou assaltar o meu vizinho ou a pessoa que julgo ter mais dinheiro que eu para comprar as coisas que eu preciso, não preciso trabalhar”.  

É isto que o governo do RS quer fazer. Não basta o brasileiro simples (o gaúcho mais ainda) pagar quase metade do que produz e consome para os governos federal, estadual e municipal. Ele tem que pagar mais. Pagar mais para pagar a conta das promessas vazias dos governantes de dar as coisas de graça para os que votam neles, o que faz com que a fila dos interessados (viciados em promessas marotas) aumente a cada eleição. 

Diga não a qualquer aumento de impostos!! Governo sério deve trabalhar para diminuir pelo menos 10 pontos percentuais da carga tributária. O resto é desculpa de preguiçoso que quer ganhar salários e mordomias às custas do povo trabalhador e da iniciativa privada e aumenta imposto para encobrir sua incompetência. 

 

JUDICIÁRIO E O GOLPE DO VIGÁRIO

 

A cúpula do poder judiciário gaúcho julgou a favor de si própria o retorno do pagamento dos chamados quinquênios à categoria.  Juízes e outros membros do poder além de retomar o benefício vão receber uma bolada referente ao aumento que deveria ser dado retroativamente, desde 2004, quando o benefício foi retirado. 

Tenho 65 anos e em 2004 tinha 46.  Portanto, assisti o debate à época para que fossem retirados benefícios dos membros da cúpula do poder judiciário. A própria categoria sugeriu isto para, em troca, receber aumento salarial forte em seus contracheques. Programas polêmicos debateram o assunto e a sociedade (Assembleia Legislativa) acabou concordando com o aumento salarial à época, feito em troca da RETIRADA dos benefícios. Chamavam de penduricalhos eles… 

Pois bem. Era o golpe do Vigário. Venderam a ideia de um bilhete premiado para o contribuinte (deputados) que agora  veem  seu prêmio correr pelas mãos:  o  bilhete não estava sequer premiado,  nem existia… Golpe que tem muita gente que ainda cai… Mas quem paga esta esperteza corporativista é você ai do sofá. 

E o governador aumenta o imposto para pagar isto?

 

   

 

 




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