A inflação acontece SEMPRE quando se emite dinheiro sem produção, ou quando se distribui dinheiro adicional sem produção para tal. Pelo gráfico acima, dá para verificar este fenômeno matemático, que não falha nunca, só mudam as narrativas… Vejam que a distribuição necessária dos auxílios emergenciais por conta da Covid 19 geraram o movimento acima. O aumento da inflação iniciou em maio de 2020 e chegou no pico em janeiro de 2022. Depois, com a retirada gradual dos auxílios emergenciais, a inflação voltou a cair. A subida de 2023 já é fruto de outras distribuições do novo governo, outro problema que pode ser mais impactante a seguir.
Inflação acontece por haver mais dinheiro circulando sem a contrapartida produtiva. Antigamente era o chamado padrão ouro… Os Estados do mundo compravam (ou extraiam de minas) quantidades de ouro para garantir a emissão de moeda, evitando assim a desvalorização da moeda local. Hoje se baseiam no Produto Interno Bruto (PIB). E quando se dá dinheiro para as pessoas sem haver crescimento igualitário da produção (PIB), o dinheiro desvaloriza: tem mais dinheiro no mercado para adquirir o mesmo produto, o que naturalmente faz com que os preços subam pela irrevogável lei da Oferta X Procura.
CURTAS
- Mais locais credenciados no SUS para atender serviços públicos de Saúde – talvez seja uma solução maior para que a promessa da universalização do atendimento passe de sonho para realidade. Só que o governo teria que terceirizar os serviços, comprando somente quando houver demanda, além de oferecer mais alternativas para que a população se movimente para buscar o atendimento em cidades próximas.
- Terceirizar a Educação também poderia ser uma alternativa. Governos comprariam vagas de escolas ao invés de terem de gerenciar os estabelecimentos em todas suas questões administrativas – como manutenção, custos fixos e etc., como já acontece em creches e universidades, por exemplo. E a compra seria baseada no ranking de classificação das escolas privadas, o que faria que estas buscassem eficiência no ensino. Uma ideia.
- A segurança Pública e a Justiça maior, estes não seria saudável ser terceirizada. Mas os servidores deveriam ter um critério meritocrático para que trabalhem por objetivos, sempre buscando pegar os bandidos sem ter de agredi-los, ou julgando processos sem errar no diagnóstico, um desafio. O Plano de Carreira seria lastreado nestes méritos. Ou não?
- Pegar empréstimos para INVESTIMENTO quando se tem uma projeção de crescimento de receitas – como fez a prefeitura de Torres- é uma decisão progressista e administrativamente aconselhável. Se adianta o serviço de melhorias baseado no futuro. Errado seria pegar empréstimo para pagar custos fixos. Isto sim é o começo do fim em um CNPJ.
- A colocação de passarelas de acesso às praias é um diferencial competitivo para o turismo. Deve ser interpretado como um conforto para os turistas e veranistas e não um serviço básico para a população, como alguns acham. Portanto é um investimento no sistema econômico do Turismo, que consequentemente gera emprego & renda para a população. Diferente da pavimentação de uma via nas praias do sul de Torres, por exemplo. Olho no diagnóstico.
- A burocracia legal e fiscal para a compra de remédios é a causadora dos atrasos dos medicamentos na ponta. Basta diminuir as exigências que o corporativismo estatal cria (para gerar empregos – e votos – para burocratas) que a população será mais bem atendida pelo sistema de fornecimento gratuito de medicamentos do SUS.
- Definir uma espécie de “atestado de necessidade” para que pessoas tenham acesso aos remédios também seria uma boa forma de não faltar medicamento e de diminuir o custo do SUS para os cofres públicos. Tem gente com carros de R$ 200 mil na garagem e ‘mendigando’ fornecimento de insulina gratuita para tratar a diabetes. Não é moralmente correto, embora seja um direito. Olho na consciência.
- Tributar o jogo pode parecer uma forma saudável de combater o vício e arrecadar imposto. Mas pode fazer voltar a mil o jogo do bicho e outras formas de jogo informal. Olho na esperteza humana.
- A promessa comprovada de diminuir a dependência do serviço público dos cidadãos deveria ser o diferencial mais valorizado pela população ao escolher seus políticos no município, no Estado e na Nação. “Vote em mim para eu diminuir a tua dependência de mim”. Este seria um slogan justo de campanhas políticas. Ou não?
