MUITO DINHEIRO E PODER EM JOGO NA POLÍTICA

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

2 de outubro de 2024
Fausto Junior

A violência e a falta de ética na política no Brasil é causada pela total incoerência entre realidade e valores gastos pelos governos em todas as esferas da administração e da política públicas. Um pais com produto interno bruto per capita 10 vezes menor do que o dos Estados Unidos, por exemplo, como o nosso Brasil, possui planilha de gastos com a máquina pública e salários de políticos, praticamente  similares às do maior país do mundo na economia. Não pode dar certo. 

Em meio a isso existem quase 40 partidos políticos no Brasil, guerreando entre eles para receberem gordas verbas públicas, pagas por nós, simples viventes, simplesmente por existirem. E se digladiam ainda mais para obter o poder, o que pode virar verdadeiras loterias para os dinheiristas envolvidos, em alguns casos, se estes ganharem o poder para manter o corporativismo estatal em atividade plena como o é hoje.

O salário mínimo é R$ 1500. O salário da cúpula dos poderem pode passar dos R$ 50 mil (25 X maior). 

 

GOVERNADOR LEITE À PRESIDENTE DO BRASIL… OU FALTA DE COERÊNCIA?

 

O PSDB, partido no poder do governo Gaúcho através do governador Eduardo Leite, tem como vice-governador o ex-deputado estadual Gabriel Souza (MDB). A coligação PSDB /MDB está eleita, atuando, até o final do ano de 2026. Mas na campanha à prefeitura de Porto Alegre, os tucanos (pelo menos o governador Eduardo Leite) abriu seu apoio público à candidata Juliana Brizola (PDT), candidata diretamente adversária do MDB do atual prefeito Sebastião Melo, colega de partido de seu vice Gabriel Souza – e que busca a reeleição pelo mesmo MDB. 

Penso que as bases ideológicas do PSDB e do PDT são totalmente inversas. O PSDB apoia a privatização das empresas públicas e de vários serviços secundários da administração executiva. O PDT, ao contrário, além de desapoiar a privatização, apoia a criação das empresas públicas ou a estatização de algumas que já foram privatizadas inclusive no Estado do RS, como Corsan, CEEE e etc.  

O MDB é um partido mais de centro. Em princípio é liberal e conservador na economia e progressista e igualitário nos costumes, como em geral é e foi parecido com o PSDB. Portando a coligação entre tucanos e emedebistas é muito mais coerente que a costura usando pontos tucanos e brizolistas na mesma confecção. Por isso, pra mim esta postura de Eduardo Leite deve ser já um ensaio para sua tentativa de ser candidato a presidência da República na próxima eleição, sei lá por qual agremiação!

Mas em tempos de campanhas municipais, como a que estamos vivenciando, inclusive em Torres, coligação do Eduardo Leite com partido rival de seu atual vice confunde ainda mais as cabeças de candidatos políticos que querem ser vereadores e são obrigados a ter um partido para chamar de seu. Não sabem para que lado vão, e acabam desvalorizando a ética na política que mais deveria ser importante: a coerência ideológica.   

Das duas uma: ou não existe almoço grátis; ou  onde tem dois comendo sempre cabe mais um pelo mesmo preço. As duas teorias não se encontram em equação nenhuma.  

 

 CURTAS

 

  • O turismo de esportes náuticos definitivamente não é um dos diferencias prediletos dos administradores de Torres. Nunca há sequer citação ao desenvolvimento da atividade, nem em campanhas políticas. Pessoalmente, acho bastante charmoso e bonito ver barcos diversos navegando na costa,  mesmo em época de banhos de mar. Tem que ter cuidado… mas acho que tem que incentivar mais a atividade do ponto de vista turístico, no mar, no rio Mampituba e na lagoa Itapeva, também. Ou não? 

 

  • Fui pesquisado no sábado dia 21 de setembro em frente a minha morada, na Praia Grande, em Torres. Mas acho que o partido que realizou a pesquisa não quis deixar os dados públicos. Deve ter seus motivos, ou de não querer mostrar a realidade, com medo de alertar concorrentes, ou de não querer gastar mais dinheiro (publicação da pesquisa) num contexto que não mais o interessa… mas pode não lhe interessar porque acha que “ já ganhou” ou que esta mais pro “já perdeu”… Vai saber. 

 

  • A cultura da formação da cidade de Torres poderia ser credenciada institucionalmente por ser formada por pessoas e famílias que crescerem economicamente na vida, sendo parte  do trabalho de entrega de vários tipos de prestação de serviços aos turistas e veranistas que visitam a cidade desde  o início do século 20 passado (mais de 100 anos, portanto). Desapoiar esta verdadeira cultura de costumes locais se trata de acabar com a identidade do lugar. Minha opinião. 

 

  • Mas veranistas de Torres vêm para a cidade passar férias, finais de semana e períodos de descanso  por conta do bom acolhimento que a sociedade local lhes deu. Teve momentos, quando da vindas de argentinos para cá (década de 1980/90) passadas, que a quantidade de serviços e produtos oferecidos aos ‘Hermanos’ foi mais importante do que a qualidade oferecida pela nossa sociedade aos veranistas tradicionais, brasileiros. E muitos trocaram a cidade por Santa Catarina, Atlântida ou Punta Del Este, justamente por esta suposta baixa… Mas hoje, os tempos são outros.

 

  •  A disparada da Construção Civil na cidade de Torres, que tem propiciado a entrega de belos prédios à turistas e investidores,  mudou mais uma vez a vocação de local. Mais uma vez as pessoas estão vindo para cá pela qualidade da estrutura urbana, de praia e de serviços que a cidade oferece. E em minha opinião,  isto não deveria ser desaconselhado de prosseguir. Trata-se de a cultura local de progredir oferecendo produtos e serviços a turistas e veranistas, agora entregando apartamentos e casas para pessoas comprarem ou investirem buscando alugueis como renda extra de famílias e pessoas, assim como produtos e serviços que deveriam ser do mesmo nível… Ou não? 

 

  • Penso que o Porto de Arroio do Sal pode também ser um atrativo turístico para todo o litoral. As benfeitorias na urbanidade, na logística, nos serviços oferecidos para atender o progresso da atividade acabam também beneficiando turistas que vêm para cá veranear em praias do entorno, como as praias do sul de Torres e do norte de Arroio do Sal. Uma zona franca de venda de produtos importados poderia ser instalada no litoral norte gaúcho para atender as vantagens do porto e a demanda de diferenciais turísticos, por exemplo. Olho no lance.  Turismo de compra.

 

  • As praias do Sul de Torres, inclusive, terão investimentos obrigatoriamente nos próximos 4 anos. Os 3 candidatos a prefeito de Torres prometem, não dá mais para fugir. Adquirir uma casa por lá é investimento de retorno certo. Aconselho.  

 

  • Alguns países do mundo já estão proibindo que telefones celulares sejam usados em sala de aula. Os alunos estão voltando a ter de fazer cálculos matemáticos à mão, com lápis e papel. Dizem que se trata de uma forma mais firme de acionar o sistema cognitivo da inteligência. Concordo e sugiro que isto possa ser política pública em escolas municipais, inclusive. 

 




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