Está sendo planejada a vinda de um grande supermercado, talvez um atacarejo, que irá se estabelecer em Torres em uma das esquinas do cruzamento da Estrada do Mar com a Avenida Castelo Branco. Parece que é a Stok Center, um equipamento de varejo da Rede Comercial Zaffari LTDA. A entrada do novo comercio na cidade aumenta o cardápio de opções para que não só moradores daqui, mas de outras cidades possam vir a Torres comprar; aumenta a concorrência local, o que consequentemente colabora para que aumente a qualidade dos serviços oferecidos e diminua os preços através da competição, o que é bom para todos os moradores, inclusive os concorrentes das atividades. Mas as contrapartidas, que parece estão já negociadas com a administração municipal, são a bola da vez… Temos melhorias estruturais pagas em parte por um outro caixa, que não é o da prefeitura: um pênalti, pronto para a marcação do gol.
Ouvi que as melhorias negociadas, além da natural organização do cruzamento – que deve ser transformado em rotatória ou rótula – a estrutura de todo o escoamento de água e de captação de esgoto deve fazer parte das contrapartidas para que o município licencie a entrada da operação. Isto conforme me garantiu o secretário de Planejamento da prefeitura de Torres Matheus Junges: “para resolver o problema de acumulo de água em chuvaradas da avenida, colocamos a tubulação pluvial e de esgoto” diz e comemora Matheus.
Esta espécie de combo de boas novidades para Torres, se unido com a pavimentação da Estrada “do Normélio” (que liga a Av. Independência à Estrada do Mar) e mais a Estrada da Ulbra vão fazer com se fortaleça um bom conglomerado urbano em Torres, conglomerado este centralizado justamente pelo atacarejo que está para vir. Faxinal, Igra Sul, Curtume, Vila Nova, Salinas, São Jorge, Centenário, Vila São João e Campo Bonito terão no centro o mercado. E a estrada do Mar, que agora é municipalizada e urbana vai ficar mais urbana ainda, junto com a nova Rodoviária, que “de longe” vai passar a ser “perto” de muita gente.
Parabéns ao prefeito Carlos Souza e aos secretários que colaboraram com esta boa nova para os torrenses.
ADEQUAR A ESTRUTURA AO OBJETIVO OU ADEQUAR O OBJETIVO A ESTRUTURA?
Aprende-se em Planejamento estratégico que o caminho correto das ações empresariais é a de adequar a estrutura organizacional e os programas de administração à estratégia do que foi planejado após o estudo anual. Uma obviedade, mas que deve ser um protocolo no Planejamento, pois ele é feito em cima da realidade do ambiente.
Só que os governos brasileiros trabalham ao contrário. Ou melhor, o corporativismo estatal, formado pelos líderes que querem manter o reino estabelecido de poder e status, acaba obrigando que os administradores políticos trabalhem adaptando a estratégia (o que será feito) a estrutura de poder estabelecida. E o que vemos é isto: Um país pobre, cheio de necessidades estruturais postergadas dia após dia, mas para manter as mordomias e os programas de governos (muitos deles estabelecidos por lei).
A lagosta e o vinho importado servidos aos marajás são o norte. A necessidade do povo se mantém para se adaptar ao cardápio. Ou seja, o inverso do que deveria ser. Olho nas lagostas
CURTAS
- Debate entre percentual de ajuste do funcionalismo público de Torres esteve na pauta de pronunciamentos na Câmara. Vereadores Jacó Miguel (PSD) – servidor Público Estadual aposentado e Moisés Trisch (PT) – servidor público federal – reclamaram do ajuste de 4,5%.
- Por sua vez, o presidente da Câmara e um dos lideres da base aliada do governo Carlos, vereador Rafael Silveira (PSDB) alertou que no governo do PT na prefeitura, um aumento fez com que houvesse problemas e déficits de caixa, incluindo atraso do pagamento de salários. E disse que o governo atual opera por gestão de projeções de impactos, por isso não dá percentual maior.
- O vereador Fábio Da Rosa também se posicionou a favor da decisão do governo em bater o martelo nos 4,5%. Também disse que o governo não decide o que quer, faz o que o orçamento e as projeções permitem, ou seja: com gestão.
- Em todos os cálculos realizados, os salários de indivíduos atuando no setor público superam as mesmas vagas no setor privado entre 15% e 21%, sendo aproximadamente 17% maior. Ou seja, em média, trabalhadores públicos recebem até um quinto a mais em suas remunerações. (Blog IDP – Economia e gestão). Mas é importante destacar que esse aumento é maior para cargos mais altos, de modo que a diferença salarial é maior para cargos melhores, com salários mais elevados, o que contribui ainda mais para a desigualdade nacional de renda. (mesmo Blog IDP – Economia e gestão).
- Este é o contexto da questão salarial em Torres. Me encorajo em lembrar também que muitos funcionários não são concursados e são contratados através de contratos emergenciais porque o peso dos salários do servidor concursado é muito maior, além de ter a estabilidade. Um outro problema para qualquer gestão responsável como a atual de Torres.
- Em minha modesta opinião, o equilíbrio tem que ser realizado através de uma reengenharia de tarefas, que faça diminuir a quantidade de pessoas necessárias para trabalhar, desde que se cumpra com as tarefas exigidas pela governança pública, conceito de produtividade.
- O vereador de Torres Luciano Raupp pede que sejam realizadas pela prefeitura da cidade compras de vagas para crianças de Torres que não conseguem matrículas nas creches (ou Escola de Educação Infantil pública e gratuita). Penso que certo ou errada a política pública atual, parece-me que todas as crianças do Brasil deverão ter vagas em creches disponibilizadas. A compra é uma forma mais objetiva e talvez mais barata. Olho no lance.
- O vereador Rogerinho comemora o anuncio de melhorias no cruzamento entre a Avenida Benjamim Constant e a Rua Carlos Barbosa. Pelo que disse, um projeto de reengenharia que está para ser apresentado irá dar continuidade à Carlos Barbosa (hoje fechada) para que flua mais o tráfego de veículos que vem e vão ao ou do Passo de Torres pela ponte, talvez através da avenida Silva Jardim… talvez. Boa notícia.
