O POVO QUER É RUA BOA!

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

8 de setembro de 2024
Fausto Junior

 

Entra campanha e sai campanha e, mesmo próximo a eleição, as ruas das cidades em geral estão esburacadas. Não há atenção completa das administrações para que as vias das cidades tenham um sistema de manutenção eficiente e célere para fechar um buraco logo que ele aparece, ou, melhor ainda, pavimentar trechos críticos antes deles formarem os buracos previstos. As pessoas vivem nas cidades, e nas cidades vivem em suas casas… e suas casas são em ruas desta mesma cidade.

Diariamente os moradores olham o que está acontecendo através de sua janela, saem para suas atividades diárias e para isto precisam pisar nas calçadas, atravessar ruas, percorrer vias e pisar em outras calçadas e vias nos lugares que trabalham ou visitam. Ter buracos por seus caminhos, ter barro nas ruas, ter pó nas vias que moram ou percorrem, ter trechos sem calçadas e ter buracos em ruas que estragam seus veículos   acaba sendo a real forma que pessoas enxergam o trabalho de um governo municipal. 

 

O POVO QUER É RUA BOA II

 

Penso eu que um programa de governo que coloque acima de tudo um sistema de qualidade total à manutenção e reforma de vias e calçadas nas cidades conquista a maioria dos moradores. Saúde e Educação são temas onde as verbas são repassadas pela união e pelo Estado Federativo e são obrigadas a serem utilizadas nesta pasta, o que divide a responsabilidade.  Segurança é em princípio uma obrigação do sistema estadual.  Ação Social é tema de campanhas nacionais de repasse direto de renda e benefícios, também mais do governo federal: os municípios acabam sendo meros cadastradores e operadores na ponta de alguns projetos. Mas as vias, a iluminação das ruas, o recolhimento do lixo, a captação e tratamento do esgoto são afinal a alma da necessidade do setor público na vida de cada um de nós. E isto é feito PELA PREFEITURA, com verbas do orçamento municipal (e algumas emendas parlamentares). 

Execução por parte do poder executivo e legislação por parte dos vereadores sobre direitos e deveres públicos e privados que envolvam a qualidade e a quantidade de ruas, calçadas, valos de drenagens, canos de captação de esgoto e escoamento d’água, coleta de lixo eficiente são, portanto, o que no fundo todos nós desejamos de políticos que se candidatam a trabalhar por nós no sistema coletivo. Mesmo que não saibamos isto, é este o sentimento subliminar que nos guia.  O POVO QUER É RUA BOA! Ou não?

 

PRAÇA – UMA VITRINE DO TRABALHO COLETIVO

De

 

O vereador de Torres Rogerinho, em seu pronunciamento em uma sessão da Câmara reclamou da falta de cuidado público com a praça dos Escoteiros.  Mostrou fotos feitas por seu gabinete do lugar, onde o lixo que se encontrava no chão denuncia, além da falta de limpeza, o perfil dos frequentadores, que de tão deseducados que são, consomem drogas pesadas no lugar e fazem sexo em lugar público, deixando os dejetos da relação e “consumo” no espaço coletivo.

Tenho certeza que na casa da mãe destes eles não fazem esta sujeira. Infelizmente, o fazem na praça pública porque veem o espaço coletivo como “Terra de Ninguém”.

Colocar em TODAS as praças de cuidados da prefeitura uma espécie de Xerife para cuidar do patrimônio público e do cumprimento das regras morais e sociais no lugar, como certeza resolve o problema. E pode ser uma forma de empregar pessoas mais velhas, aposentadas, para ganharem um salário e de ocuparem cumprindo uma tarefa nobre: cuidar do patrimônio público mostrando que eles não são Terra de Ninguém; são, ao contrário, terra de todos e que devem ser mais bem cuidadas que as coisas particulares. Colocar câmeras por todo o lugar (praças), outro sistema, que pode funcionar, mesmo pela metade. 

Buscar parceria com o setor privado para que estes adotem as praças e tratem eles de contratarem estes guardas-praças/câmeras para trabalhar 24 horas por dia também é uma solução. Mas ter um plantão fixo em cada uma delas é o caminho. Praça é uma das principais vitrines do conteúdo do trabalho público.  

 

CURTAS

 

Fogo amigo e fogo inimigo estão começando a aparecer nas campanhas em Torres. É um tal de vice falando diferente do seu par cabeça de chapa; é ataque de candidato ao governo que fez parte, é ataque de candidato à projetos de seu partido e etc. Coordenadores de campanha têm que cuidar. O povo acaba vendo. 

Zerar as vagas das creches deve acontecer em Torres, definitivamente. Todos os candidatos prometem isto, assim como seus vices. Aumentar o horário de funcionamento das mesmas escolas infantis, também. Cabe saber de onde este dinheiro de mais contratações sairá. Acho que o fundo da educação paga isto, mas aí falta para construção de novas escolas ou aumento das atuais. 

As praias do sul de Torres também deverão finalmente ser atendidas. Local está se transformando em alternativa de moradores de baixa renda por conta do preço dos alugueis das casas e aptos no centro de Torres. Só que para arrumar as praias, tem que se ter um trabalho forte de regularização fundiária. 

Fiscalizar forte novas ocupações ilegais nas praias também devem estar junto do trabalho prometido de melhorar àquelas localidades do município de Torres.  É só secar gelo, se regularizar umas para melhorar e ao mesmo tempo deixar que outras ocupações criem problemas iguais lá na frente. Ou não?

Em Arroio do Sal, um dos candidatos que pleiteia a prefeitura teve seu registro oficial no TRE negado por conta de ele ser considerado Ficha Suja.  Mas basta cair seu processo no STF que eles liberam, como fizeram com o Lula quando condenado em três instâncias e preso, mas mesmo assim conseguiu concorrer e ganhar o pleito para presidente após ser descondenado. Só não sei se o pessoal do STF vai ter tempo de parar de comer lagosta e viajar o mundo para julgar um possível recurso do candidato de AS. 

Em Mampituba o prefeito atual foi condenado. Neste caso ele mesmo já havia decidido não concorrer. A condenação é ridícula. O cara desassoreou o rio com máquinas e deve ter pago o serviço com a “venda” destas mesmas pedras oriundas da dragagem. Ou seja, pelo que entendo, ele fez um serviço que é de competência do governo federal (que não faz) e economizou, ainda, em nome do respeito ao dinheiro público dos cofres públicos da cidade de Mampituba, pagando o serviço com as pedras retiradas no desassoreamento. Mas não pode.  Vai entender. É proibido economizar. 

Lá em Mampituba, também, um ex colega do atual prefeito pelo MDB, que já foi vice de um prefeito do PT; saiu do MDB e agora concorre pelo PSDB à prefeitura, mas contra o partido do seu ex colega de política. Dança das cadeiras também tem troca de casal

 

 




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