OPINIÃO – Cabos, fios e poluição visual em Torres

"Dentre as diversas intervenções que causam poluição visual, o emaranhado de fios desordenados grudados nos postes de energia elétrica é uma das que mais me chamam a atenção nas ruas de Torres. Além do impacto ambiental, eles também trazem riscos às pessoas" (por Dani dos Santos Pereira)

10 de fevereiro de 2023

Dentre as diversas intervenções que causam poluição visual, o emaranhado de fios desordenados grudados nos postes de energia elétrica é uma das que mais me chamam a atenção nas ruas de Torres. Além do impacto ambiental, eles também trazem riscos às pessoas, principalmente as crianças que ficam puxando as pontas soltas dos fios, deixados pelas operadoras de internet. Basta uma caminhada pelas ruas da cidade e um olhar atento aos postes para ver diversos fios pendurados. Todos têm donos. Sejam da Ceee, telefonia fixa, tv a cabo ou internet. O problema começa quando parte destes materiais é trocada. Ao fazer a retirada, as equipes de trabalho acabam fazendo pequenos rolos de fios que ficam amarrados aos postes. Em casos mais graves, soltos na via. O que pode ocasionar acidentes.

O que acontece é que a estrutura da rede de distribuição de energia elétrica, em Torres gerenciada pela CEEE Equatorial, é compartilhada com as empresas de telecomunicações. Embora haja algumas normas que norteiam essa utilização (como a ABNT NBR 152-14:2005), o que acontece, na prática, é a instalação de um número de pontos maior que o permitido, passando até mesmo cabos clandestinos, sem autorização para estarem ali. Além disso, as empresas de telecomunicações deixam fios que de fato não estão sendo mais usados, sem funcionamento – chamados “cabos mortos”. O acúmulo deles nos postes pode e deve ser evitado, desde que as operadoras responsáveis por eles façam a retirada sempre que seu desuso seja identificado.

Na tentativa de organizar essa questão no município,  e a Câmara Municipal poderia criar e aprovar (e fiscalizar), um projeto de lei, responsabilizando a empresa concessionária ou permissionária de energia elétrica pela organização dos fios. Com o PL, a empresa concessionária deve, além de alinhar os seus fios, providenciar a retirada dos fios em desuso, notificando as empresas responsáveis por eles que façam a remoção. Com isso garantir mais segurança à população, amenizar o impacto visual, evitaria acidentes e asseguraria a organização do espaço urbano. Penso que a iniciativa atenderia a demanda dos moradores de Torres sobre essa questão.

Além da retirada dos fios em desuso, trataria por fim, da obrigatoriedade de se retirar os galhos de árvores que ficam agarrados aos fios de energia elétrica depois das podas feitas pela concessionária de energia elétrica. “O recolhimento dos galhos deve ser feito de forma simultânea à poda, para evitar acidentes e transtornos à comunidade”.

 

ESMOLAS EM TORRES – O Vereador Rafael Silveira, fez uma Indicação ao executivo, para que seja feita a colocação de placas sugerindo não dar esmolas, que estas pessoas sejam encaminhados a Assistência Social. Mas para isso o Município deve estar bem aparelhado com todo o suporte necessário para quem está em situação de rua – e  deve poder possibilitar uma oportunidade de recomeçar, por meio dos encaminhamentos para as políticas de assistência social, que objetivam promover a cidadania. Os responsáveis precisam ter condições de identificar estas pessoas que estão nos semáforos solicitando as doações, saber suas origens, se estão cadastrados e se são atendidos pelos serviços socioassistenciais (políticas públicas voltadas às pessoas em situação de vulnerabilidade social).

Instruir os profissionais da secretaria a realizarem a abordagem e buscar criar um vínculo de confiança, através da escuta qualificada para orientar e encaminhar os envolvidos, de acordo com a realidade de cada caso, visando a saída das ruas.  Oferecer encaminhamentos para serviços de saúde, confecção de documentação e políticas da rede socioassistencial, entre outros serviços. Criar e encaminhar para uma Casa de Passagem (que aqui na região não existe formalmente), onde eles podem dormir e tomar banho, ou para Comunidade Terapêutica para tratamento de dependentes químicos, para Programas de renda, para encaminhamento para vagas de emprego. São algumas dentre tantas outras possibilidades.

 

PATRIMÔNIO HISTÓRICO – Muito triste presenciar o abandono de prédios históricos, como a CASA Nº 1 de Torres, em estado de conservação deplorável. A depredação que vem sofrendo este imóvel é um descaso com o patrimônio público. Também se faz necessário o reparo urgente no telhado do prédio do Museu Histórico de Torres; manutenção e reparos na praça Claudino Nunes Pereira; recolhimento diário do lixo das lixeiras instalados na Lagoa do Violão; colocação de faixas de pedestres na Rua Joaquim Porto com Rua Júlio de Castilhos, e Rua Joaquim Porto com Rua Jose A. Picoral, e repinturas das faixas de pedestres já existentes,

 

 




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