O Turismo é um dos principais diferenciais competitivos NATURAIS do Brasil no mercado internacional. Suas praias com sol & mar nas quatro estações presentes na maioria do litoral, sua floresta amazônica que pode ainda ser explorada com turismo profissional, o Pantanal , as chapadas e muito mais ajudam para que a nação possa se colocar como líder de turismo no mundo, se quiser.
A Cadeia produtiva do Turismo é enorme. No caso do Brasil ela é ainda um mercado que recebe muita divisa internacional.
Este recurso gira em toda a economia, ativando todas as outras cadeias produtivas locais. É que o recurso obtido pelo turismo é bastante diluido entre capital e trabalho. Quando um turista americano médio desembarca no Brasil para gastar seus 5 ou 10 mil dolares, ele deixa o dinhero dividido entre hoteleiros, camareiras, recepcionistas, nos hoteis; restauranteiros, garçons, mestes e cozinheiros em restaurantes; comerciantes, comerciários, nas lojas, além é claro dos agentes de turismo direto, como trabalhadores das companhias de aviação, das agências de turismo. Deixam ainda muitos dólares gastando em artezanato, quinquilharias, gastronomia de beira de praia e etc., sustentando diretamente trabalhadores individuais, existentes em grande escala no Brasil.
Todos estes brasileiros vão gastar este dinheiro ( de fora) em sua sobrevivência, em seu conforto e em seu lazer, nesta ordem. Consequentemente gastarão dinheiro no comércio de alimentos, vestuário, imobiliário, de transporte e de alimentação na rua, ativado as outras atividades econômicas que não estão diretamente ligadas ao turismo , mas que são acionadas pelos trabalhadores do turismo e pelos capitalistas do turismo ( de dentro).
Isto é um ciclo virtuoso e limpo, onde a atividade principal não gera fumaça das fábricas, nem agrotoxicos nas plantações: eles geram dinheiro atraves da prestação de serviço do que se chama o Capital Turísticoi do local – no caso o Brasil.
CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO II
O dinheiro que é deixado no Brasil pelos turistas internacionais é o destaque deste sistema econômico. Não podemos evitar que brasileiros viajem pelo mundo e deixem seus reais transformados em dólares atualmente com um câmbio agressivo ( caro para o brasileiro comum). O país pode criar barreiras para que o brasileiro consuma seu dinheiro ganho aqui lá fora, o que não é aconselhável porque gera antipatia pela falta de liberdade dos cidadãos. Mas podemos fomentar que o mundo deixe dólares para que transformemos em reais também pelo mesmo câmbio, o que é de se comemorar.
A diferença entre o que entra no Brasil por turistas internacionais e o que se deixa no mundo por viajens feitas por brasileiros deve ser positiva. E o país pode fazer com que este positivismo se multiplique por 10, por 100, se quiser. E sem muito esforço, porque o que temos é natural: as praias, o mato, as cachoeiras e os outros ecosistemas estão aí, não precisam investimentos maiores.
O turista brasileiro que faz turismo no Brasil gera divisas para estados e cidades brasileiras, mas para o Brasil ele simplesmente está trocando seu dinheiro de endereço. Um gaucho que gasta R$ 20 mil em uma viagem no estado do Ceará está retirando da economia gaúcha estes R$ 20 mil: ele ganhou seu dinheiro aqui no estado e esta gastando noutro. Mas o turista americano que gastou R$ 50 mil aqui, está retirando em torno de US$ 8 mil do seu país e deixando aqui pra nossa economia, isto se chama DIVISA. E é de divisa que os lugares crescem economicamente.
CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO III
O mesmo acontece em cidades. Acontece em cidades independentemente de seu setor principal da economia. Mas a cidade cresce economicamente se captar mais dinheiro do que seu povo gastar fora.
Se uma cidade é um polo industrial de cerveja, por exemplo, com certeza mais de 80% da produção do produto é vendido para pessoas de outras cidades, de outros estados, até , inclusive de outros países caso exporte o produto em alguns casos. Mas muitas pessoas da cidade bebem cerveja fabricada em outros locais, assim como consomem outros produtos para sua sobrevivência pessoal e profissional de outras cidades. A diferença disto deve ser positiva.
As cidades de Torres, Arroio do Sal e outras do litoral gaúchio têm como seu principal setor de produção a industria do turismo, do veranismo. Se uma pessoa compra um inmóvel produzido em Torres, esta pessoa está ajudando para que este dinheiro fique em Torres, tanto através do pagamento para os empreendedores, mas principalmente ajudando a pagar a sobrevivência de trabalhadores da construção civil, fornecedores de materiais de construlão local, prestadores de serviços especiais contratados que moram em Torres e etc.
Nós que moramos por aqui, também gastamos algumas coisas em outras cidades. Tem muita gente que inclusive emplaca seu veículo no Passo de Torres por ser mais barato, o que retira divisas daqui. Até fazemos turismo fora. Muitos vão para Bombinhas em Março para gastar o dinheiro dos alugueis captados no turismo da temporada, não? Sim…
O desafio ( e acho que está ocorrendo) é que a conta entre o que entra de diheiro vendido para fora da cidade no Turismo, na Agricultura e na Industria Moveleira ( as 3 principais da cidade) seja maior do que o dinheiro gasto pelos torrenses lá fora. Aí que vem o crescimento econômico, que gera o aumento de estabelecimentos comerciais instalados ( como tem acontecido nos supermercados, por exemplo) para que este dinheiro a mais ganho aqui seja consumido em seus estabelecimentos, ajudando que torrenses gastem seu dinheiro aqui e não precisem ir a Sombrio ou ao Passo de Torres para comprar…
Dinheiro ganho aqui e gasto aqui; e dinheiro ganho fora e gasto aqui. Este é o trabalho que deve ser feito na economia e deveria ser mantra nas administrações municipais de um município para o crescimento de emprego, renda e bem estar da população.
CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO IV
O turismo, portanto, é muito mais importante para o desenvolvimento de Torres do que melhorias acima da média na Saúde, na Educação, na Segurança. O bem estar do povo local vem da consequencia do aumeto das divisaas que entram a mais anualmente na cidade através de turistas, veranistas e visitantes de cidades vizinhas que vêm à Torres para o entretenimento e descando – produto que vendemos para nossos clientes: os turistas.
Eles compram apartementos, alugam casas, alugam quartos em hoteis, comem em restaurantes, compram nos mercados, consomem dos ambulantes na beira da praia, frequentam nossos bares, etc. Este dinheiro que entra é a divisa local que o TURISMO gera para nós, moradores de Torres, de Arroio do Sal, de Passo de Torres, da Capão da Canoa. E este dinheiro que fica irá ficar girando durante todo o ano, porque ele fica no bolso de muita gente que vai gastar seu dinheirinho precioso na cidade, obviamente se nos esforçarmos para que este seja gasto aqui ao inves de em POA ou em outros municípios.
Portanto é importante, sim, que o tratamento da nossa cidade seja priorizado no veraneio para conforto dos turistas, mesmo que haja a necessidade de algum sacrifício de moradores locais. É do turismo que os moradores irão sobreviver anualmente, mesmo que não pareça por este não estar diretamente envolvido na atividade principal da economia de Torres.