Censurar às opiniões políticas no Brasil não tem justificativa, mas ao mesmo tempo parece não ter remédio, pelo menos não remédio aceito pelas “autoridades”. É que as pessoas que estão censurando são blindadas a ponto de serem imunes a qualquer ação da sociedade.
A conclusão que se pode deduzir é a de que nossa constituição é um tanto ditatorial, em sua base. Quando o processo afunila, ela dá poderes ditatoriais a uma pessoa a ponto de censurar a opinião de alguns brasileiros sem dó nem piedade. Portanto, penso que a narrativa dos censuradores de que suas ações são para salvar a Democracia é falsa, é notícia falsa como é a falsa a expressão “Fake News”, que define em língua inglesa uma atitude em país de língua oficial portuguesa, mas utilizada por ministros censuradores.
E a conclusão que se pode tirar (após esta última conclusão) é a de que as manifestações dos apoiadores do Presidente Bolsonaro, que reclamam da parcialidade de juízo no processo eleitoral, é DEMOCRÁTICA, ao contrario do que muitos da mídia tradicional brasileira estão dizendo. Penso que muitos destes apoiadores de Bolsonaro estão questionando justamente isto: a força de um juiz de censurar o processo democrático em plena eleição. Mas uma comissão da Câmara Federal na última quarta-feira (9 de novembro), mesmo dentro desta espécie de confusão de narrativas, aprovou homenagem ao presidente do TSE Alexandre de Moraes, por sua postura no pleito. A matéria teve maioria dos votos. Vai entender…
PRECIPÍCIOS INEXPLICÁVEIS
Pessoas estão passando fome (como diz o PT) no Brasil diariamente. E neste mesmo país, Ministros do STF vão viajar à Europa para palestrar sobre o processo democrático no país, justamente após um pleito eleitoral que uma parcela da população reclama que não foi democrático. Trata–se de falta de respeito ao povo, ou não?
Mas o que fica de lição para ser pensada pela sociedade é a diferença abissal entre as duas situações. Não dá para um país que tem milhões de pessoas passando fome (conforme o discurso do PT) ter ao mesmo tempo marajás (sustentados pelo dinheiro tirado destas pessoas esfomeadas) viajando para a Europa com nossos recursos quando, além de tirarem umas férias com nosso dinheiro, tiram férias com padrões de ricaços do 1º mundo – 1º mundo onde não existe esta fome, nem existe a permissividade que dá tantas mordomias aos seus servidores públicos (pagas pela sociedade).
Não dá para um país que paga aposentadorias a marajás públicos que passam do teto salarial atual, que paga aposentadorias a filhas de membros do exercito com o mesmo viés, que paga salários e benefícios a gabinetes de políticos que são um arrombo aos cofres públicos, ter ao mesmo tempo milhões de pessoas passando fome (como diz o PT). Também não dá para deixar que seja MAIS UMA VEZ permitido quebrar o teto de gastos (como está sendo sugerido pelo novo governo). Trata-se da mesma coisa que um filho dependente, que gasta sistematicamente a “mesada” dada pelo pai em putedos e cassinos, receber a notícia do mesmo pai que sua mesada, além de continuar sendo dada, não terá limite.
Que igualdade é esta que as autoridades buscam em meio a estas discrepâncias, sem sequer serem questionadas? Onde está a ética (e a estética) destas mazelas?
EXISTE IGUALDADE E… IGUALDADE!
Falando no termo IGUALDADE, cabe fazer uma reflexão sobre a forma perigosa desta palavra ser interpretada com dois vieses diferentes. Em minha opinião, igualdade como busca de gestores públicos, dentro de um sistema democrático de direito e de respeito à propriedade, é igualdade de AMBIENTE. Não é de meio ambiente, como pode ser sugerido por ambientalistas. É do ambiente LEGAL E INSTITUCIONAL onde vivem as pessoas.
Proporcionar políticas públicas que deixem o AMBIENTE mais justo, para quem ganha menos dinheiro na vida do que outros, é o exemplo clássico. Cobrar menos tributos e taxas sociais para assalariados abaixo de 5 mil reais, por exemplo, é um ponto a ser avaliado como bom. Cobrar menos encargos sociais de um assalariado de uma microempresa também, pois esta não poderia ter a mesma carga dos encargos cobrados de uma pessoa empregada em uma multinacional. Isto pode mudar, também.
Diminuir o tributo de uma categoria empresarial que está sofrendo no mercado internacional também é um exemplo de mudança do ambiente empresarial e social em nome da igualdade e da defesa de patriotas que fazem parte da sustentabilidade do sistema nacional, outro exemplo.
EXISTE IGUALDADE E… IGUALDADE!
Demonizar quem ganha muito dinheiro na iniciativa PRIVADA comparado com quem ganha pouco não é uma forma de buscar a igualdade. Se a pessoa ganha na iniciativa privada é porque sua produção de valores paga este premio… se não o processo não seria sustentável e já teria morrido por si só. E este dinheiro ganho por estas pessoas (que no seu caminho podem ficar ricas) é o mesmo que gera emprego para as pessoas em geral e gera impostos para pagamentos de subsídios para o sistema social, tanto o ordinário (gastos públicos) quando os extraordinários, investimentos no social e na infraestrutura produtiva do setor coletivo.
Não é saudável um jovem ter raiva de ricos que ganham e esbanjam dinheiro. Eles podem até não concordar com casos de esbanjamento de recursos desnecessários, não concordar com o desperdício enraizado nos valores destes esbanjadores. Mas criar rancor disto não leva a nada.
Infelizmente, penso que a tática de parte da esquerda no mundo é a de plantar ódio nos corações de pessoas que estão na parte de baixo das camadas economicamente divididas. Esta diferença orgânica de ganhos financeiros é gerada pelo sucesso da escolha profissional de cada um. Sucesso que também pode mudar drasticamente para insucesso pela dinâmica dos valores sociais o que transforma uma pessoa de rica a pobre de uma hora para outra, fato que acontece sistêmica e crescentemente em todo o mundo. O risco é diretamente proporcional ao tamanho do lucro.
Querer buscar a igualdade demonizando àqueles que estão DANDO CERTO é o mesmo que propor que o Neymar e algumas outras estrelas do futebol não joguem mais futebol para não deprimirem seus colegas de profissão, que não conseguem sequer imaginar se aproximar de seus atributos profissionais e financeiros. Não dá certo. Trata-se de nivelar a sociedade por baixo. E certamente feito de forma DITATORIAL como a Censura atual, por exemplo.
TIRAR DE QUEM TEM PARA DAR PARA QUEM NÃO TÊM NÃO FUNCIONA!
Uma UTOPIA ainda imaginada por algumas pessoas de pensamento esquerdista que defendem àquela máxima; “tirar de quem tem para dar a quem não tem” não funciona, nunca funcionou e nunca funcionará. Pode em primeiro momento gerar um “clima” de resolutividade quando alguém ganha dinheiro do governo direto e resolve ou pelo menos posterga problemas financeiros seus ou de sua família. Explico.
Esta máxima utilizada por Robin Hood dá errado dos dois lados. Tirar dinheiro de quem está ganhando e está dando certo vai fazer com que, NATURALMENTE, mais cedo ou mais tarde, esta pessoa abandone seu negócio, ou porque o negócio vai quebrar (o que é mais provável) ou porque ele vai se desmotivar a continuar trabalhando enquanto é extorquido.
Dar dinheiro a quem não tem, por outro lado, pode até dar um fôlego para alguns casos de vulnerabilidade social. Mas tende a dar aos envolvidos a necessidade de receber aquilo sempre, o que o desmotiva pelo menos em parte em mudar de situação e buscar uma atividade e uma formação melhor e que lhe de mais ganhos por seu trabalho, além de retirá-lo da dependência do Estado para sobreviver. Ou seja: Tirar de um para dar pro outro além de não ser solução é problema certo, dos dois lados. E que deixa legados difíceis de serem revertidos.