OPINIÃO – Confiança do comércio tem forte recuo em novembro

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

5 de dezembro de 2022
Por Fausto Júnior

O Índice de Confiança dos Serviços (ICS) para o mês de novembro medido pela da Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou queda de 11,0% na série com ajuste sazonal. A segunda queda consecutiva chama atenção ao captar a percepção dos empresários diante da desaceleração no consumo de bens – sobretudo os mais dependentes de crédito – e uma possível frustração de expectativas (com movimento menor que o projetado) e ajuste das projeções para os próximos meses.

Outro ponto levantando pela sondagem parece também importante. Na avaliação dos empresários, entre os fatores que limitam a melhoria da empresa, houve um aumento importante das citações de fatores políticos, apontando para o papel da incerteza, sobretudo associada à condução da política econômica e do risco da revisão de reformas na confiança do setor.

Para mim, é de se entender este certo receito dos empresários. Os anúncios feitos pelo novo governo que assume o Brasil indicam que não terá de onde tirar dinheiro para fazer o que prometem. Voltar com estatizações ou brecar privatizações, voltar com contribuições sindicais, aumentar o número de ministérios, voltar a permitir renuncias fiscais ilimitadas na Lei Ruanet, dentre outras várias e caras medidas só poderiam se tornar viáveis com aumento de impostos, emissão de dinheiro ou aumento de endividamento. E todas estas medidas remediadoras em geral tendem a diminuir a atividade econômica tradicional como o comércio, por exemplo.

 

Rotativo em Torres só não é bom se não der certo

 

Minha opinião sobre o estacionamento Rotativo em Torres é simples: bom para empresários do comércio, para comerciários destes mesmos comércios, para moradores fixos e para turistas, sejam estes mais pobres ou mais ricos.

O aumento de vagas disponíveis (mesmo que pagas) no centro da cidade aumenta considerável e naturalmente o movimento dos comerciantes pequenos e médios estabelecidos na região central, simplesmente pelo comprador ter mais chance de estacionar perto de aonde quer ir. Isto mantém a atividade competitiva contra a tendente chegada de shoppings centers com estacionamento, por exemplo.

Os comerciários destes estabelecimentos ganham, ao terem mais vendas e aumento das comissões (que integram seus salários fixos). Em alguns casos salva empregos, que podem ser perdidos por falta de estacionamento próximo aos comércios onde trabalham e a chegada de shoppings com vagas cobertas. Portanto, comerciário que quer (ou precisa) continuar usando carro para ir ao trabalho nos comércios centrais, possuí mais bônus do que ônus com a implantação do estacionamento rotativo. Estacionam mais longe, mas ganham mais ou garantem seus postos de trabalho.

 

Rotativo em Torres só não é bom se não der certo 2

 

Moradores da cidade que tem de colocar seus carros longe dos comércios locais – para não pagarem para irem às compras – ganham por outro lado a possibilidade de pagar R$ 2 e fazerem suas compras próximos aos estabelecimentos escolhidos e terem mais alternativas de preço e qualidade a sua disposição, por exemplo. Nos shoppings Centers, quem vai de carro ou se adequa ao sistema de rua de estacionamento (o que é difícil) ou paga para estacionar em vagas com cobrança disponibilizadas pelos shoppings, geralmente mais caras que os rotativos de rua.

Turistas nem se fala. Muitos que pagam mais em mercadinhos de bairro ou fazem suas compras na cidade sede por não querer enfrentar o estresse de buscar vagas como fazem em cidades grandes, com o Rotativo vão poder voltar a comprar no centro de Torres e melhorar a conta corrente pessoal de comerciários e comerciantes locais torrenses.

 

Rotativo em Torres só não é bom se não der certo 3

 

Somente se NÃO DER CERTO o estacionamento pago no centro de Torres é que os torrenses irão sofrer. Caso a opção maior dos consumidores for de estacionar os carros fora da área paga e ir comprar na área do rotativo, o centro pode sofrer uma espécie de vazio nas vagas cobradas, o que dá um aspecto ruim para o conceito do centro e das lojas do centro. Mas acho que este estudo estatístico deve ter sido feito pela prefeitura antes de propor o Rotativo. Olho no lance!

 

Salva vidas adicionais

 

O vereador de Torres João Negrini (Rep) irá fazer Indicação ao poder executivo (prefeitura) para que sejam colocadas casinhas de Salva Vidas em praias do Sul, em local onde há grande número de pessoas. Acho que esta questão é definida pelo Corpo de Bombeiros e é oriunda de estudos de fluxo de banhistas (pelo menos deveria ser). Mas a prefeitura pode, sim, ampliar as casinhas caso pague por este aumento, me parece. Trata-se de uma decisão municipal e acordo com os Bombeiros que são os que recrutam ou treinam os salva-vidas.

 

Ter aula ou não ter aula em dia de jogo?

   

O vereador Moisés Trisch (PT) falou na Câmara que não estaria certo liberar pessoal da administração das escolas em dias de jogos, já que alguns pais não teriam onde deixar as crianças se as escolas fossem ter horários especiais (nos dias de jogos do Brasil).

Já o vereador Igor Beretta acha que nos dias de jogos do Brasil as crianças não deveriam ser obrigadas a ir à escola como foram. Ele acha que o tema Copa do Mundo pode ser utilizado pelo sistema de educação em anos de copa com a importância que se dá no país, inclusive incluindo debate entre as características culturais dos países que disputam a competição contra o Brasil, por exemplo, para aumentar a visão das crianças sobre a diversidade cultural mundial.

 




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