O fechamento das fronteiras nacionais para minimizar a entrada de novas cepas de vírus da pandemia e para evitar que pessoas infectadas circulem em ambientes de aglomeração como aviões, aeroportos, dentre outros, parece inteligente. Mas proibir que a Copa América se realize no Brasil não se trata de medida inteligente, muito menos coerente.
Ora: a Conmebol promete que todos os estrangeiros que irão participar da copa serão vacinados; nos jogos, os estádios ainda serão vazios, como estão em outras várias competições; e o número de pessoas envolvidas é muito pequeno para o risco que parece ter surgido no horizonte.
E o dado mais importante para ser colocado em pauta para analistas do risco da realização da Copa América no Brasil neste mês é o de, atualmente, no Brasil, já estar ocorrendo duas “copas Américas” onde o Brasil participa: a Libertadores da América e a Copa Sul americana, ambas realizadas entre clubes, com número de participantes enormemente maior do que o número de gente das somente dez delegações que deverão vir ao Brasil disputar a Copa América. Este fato por si só já derruba argumentos para a proibição da Copa América no Brasil.
Além disto, o evento movimenta hotelaria, restaurantes, profissionais ligados a eventos esportivos e etc., o que ajuda a mitigar os reflexos econômicos causados por um ano de restrições de atividades econômicas no Brasil. Vamos à Copa.
Subsídio como premiação
Na Câmara de Torres, o vereador Claudio Freitas propôs formalmente, por Pedido de Providências, que a prefeitura faça estudo para a criação do IPTU Verde. Conforme informou o vereador na tribuna, sua ideia propõe que o contribuinte receba subsídios em impostos caso aplique práticas sustentáveis em seu imóvel, tanto em questões de energia alternativa quanto com práticas afirmativas e que colaborem para o melhor recolhimento de lixo, consumo de água, escoamento de esgoto, etc.
Parabéns ao vereador. A melhor forma de a sociedade conseguir colaboração de seus pares no processo de desenvolvimento do ambiente coletivo é através de premiações por colaboração individual. Além de sustentabilidade ambiental ser um tema que ataca um dos maiores desafios da humanidade para o futuro: o equilíbrio entre o uso de recursos naturais e a cidadania, propiciar descontos por premiação é inúmeras vezes melhor do que impor leis e propor punição pelo não cumprimento das mesmas. Esta diferença está provada na escolha das pessoas em preferirem ser livres e terem que trabalhar para sobreviver do que ter de obedecer a ordens em troca de favores.
Debate é o âmago do crescimento social
Depois do conselheiro do Parque Itapeva responder às críticas de vereadores e do Conselho do Plano Diretor de Torres, o Presidente da Câmara Municipal, vereador Gimi (PP), em seu espaço de tribuna fez uma espécie de tréplica ao Conselho do Peva. Mostrou dados que contrapunham afirmações do conselheiro, como regulação da ANAC sobre balões que o palestrante disse não existir, proibição de Pets soltos em áreas próximas ao parque, dentre outras.
Mas Gimi também trabalhou positivamente para que haja alguns debates ao vivo, em rádio, de temas referentes ao Parque Itapeva em um programa comprado pela Câmara numa rádio local, onde os conselheiros iriam ser convidados a participar.
Acho que o debate sobre o assunto é saudável. Ninguém está totalmente certo, nunca. E quando se trata de decidir sobre questões coletivas, é menos saudável ainda que estas sejam tomadas em quatro paredes, de forma sorrateira… Mais cedo ou mais tarde as diferenças aparecem.
Mas o mais importante em um debate, principalmente quando é sobre temas e patrimônio Público, é o cuidado dos debatedores, de ambos os lados, de não utilizarem a técnica covarde de ofender ou culpar o oponente de forma pessoal para que suas ideias sejam enfraquecidas perante as pessoas que assistem a troca de ideias de lados opostos. Principalmente quando esta crítica vem de pessoas que receberem dinheiro público para trabalhar para a sociedade, mesmo que tenham sido contratados por qualquer governo. Olho no lance!
Que venha a Torres andar de balão qualquer presidente.
Outro caso que aconteceu nesta semana foi o da publicação em redes sociais e em matéria jornalística de uma foto onde aparece o presidente do Brasil Jair Bolsonaro e dois vereadores de Torres. Eles foram ao gabinete do presidente convidá-lo para visitar Torres e dar um passeio de balão. E um dos vereadores que estavam na foto reclamou na Câmara sobre atitudes de pessoas em comentários nas redes sociais. Ele afirmou e acusou que teve gente que, além de criticar PESSOALMENTE os vereadores que estavam na foto com Bolsonaro, com palavras ofensivas às pessoas destes e não ao seu mandato, em alguns casos teria havido até ameaça ao vereador, conforme disse em seu pronunciamento na sessão da Câmara de segunda-feira, dia 31 de maio.
O vereador Rafael tem razão em afirmar que:
1 – o fato de fazer uma foto como vereador de um município com o presidente da nação é um feito importante para a cidade, mas não afirma se o vereador é favorável ou não ao presidente;
2 – Torres é um lugar turístico e qualquer presidente da República, de qualquer partido, de qualquer ideário, que visite nossa cidade acaba promovendo o nome Torres no cenário nacional, principalmente se for fotografado andando de Balão, pois nos consideramos capital nacional do Balonismo, ou não?
E o vereador também tem razão em reclamar de ataques pessoais feitos a um político que está trabalhando. Concordo que pessoas podem (e até devem) dizer que o vereador é ruim, que defende causas que não são de sua ideologia, que não trabalham da forma que se ache certa e etc. Mas ofender o caráter e ameaçar é covardia.
Taxa de lixo de garagem? Muda pra ontem
O vereador Silvano Borja, também em espaço de tribuna na Câmara, pediu que houvesse a isenção da cobrança da taxa da coleta de lixo de Box de estacionamento dentro de edifícios. Disse que a retirada desta cobrança não é privilegiar ninguém, e sim uma questão de justiça, porque Box não gera lixo, o que gera lixo é apartamento. Parabéns ao vereador.
Este tema já entrou em pauta quando da proposta de nova Planta de Valores dentro do município. Algumas pessoas disserem que dentro das mudanças estava justamente a retirada de áreas de Box (ou parte delas) da cobrança de IPTU, ou a diminuição da taxa em casos de estacionamento em garagem. E em minha opinião, retirar a cobrança da taxa de lixo de boxes nem deveria ter sido criada. Parece-me mais um jeitinho brasileiro de prefeitos aumentarem receita. E sobre o valor de IPTU de garagens, parece que deve ser muito menor do que o de apartamentos, também.