OPINIÃO – COVID 19: Não jogar na retranca é mais difícil

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

Imagem divulgação Google: www.ifsudestemg.edu.br/noticias
10 de março de 2021
Por Fausto Júnior

 

As medidas de contenção contra a Covid 19 na maioria do mundo ocidental (o que aparece na mídia) foram e estão sendo muito conservadoras. Isto quer dizer que os governantes estão optando nas crises de contágios por decisões que protegem o risco das PESSOAS de contraírem o Novo Coronavírus, mesmo que esta proteção possa valer o desemprego destas mesmas pessoas por conta do fechamento, mesmo que temporário, dos estabelecimentos que elas trabalham.

Não existe nenhum estudo completo que sugira um protocolo completo (e testado) de funcionamento de uma coisa ou de outra nestas questões. Esta pandemia é de um vírus novo, mais violento que outras gripes em alguns aspectos, mesmo que também seja muito menos violento que outras em outros aspectos. E fica difícil um administrador público, mesmo que seja um político, decidir pelo caminho que implique em mais riscos. Se a doença piora ele é crucificado; se ela não piora, nada acontece… Não é?

O que se pode afirmar com quase certeza absoluta é que as medidas de contenção são tão ou mais agressivas que a falta delas. O aumento do contágio mata mais gente, mas o desemprego e as consequências desta mazela matam muito, também.

Basta nos colocarmos no lugar de governantes para sabermos o que faríamos caso estivéssemos em seus cargos. Tem que ser muito corajoso para mandar um time sair no ataque quando o adversário é violento. Não jogar na retranca em época de pandemia de Covid-19, portanto, é muito mais difícil.

E é justamente por isso que as autoridades maiores (OMS) devem se adiantar na hora de sugerir flexibilizações a serem implementadas nas nações em época de pandemia. Com certeza muitos irão seguir as recomendações, de certa forma diluindo a culpa, caso as mesmas não deem certo. Mas é o caminho. O desemprego não pode virar uma pandemia.

 

Ciência é estar ciente…

 

Os próprios médicos e epidemiologistas do mundo todo discordam, às vezes frontalmente, de caminhos para enfrentamentos de pandemias virais como a de Covid-19. Mesmo que a base de dados destes seja muito pequena em relação a este vírus especificamente (porque ele é novo), caminhos bem diferentes foram e ainda estão sendo colocados a serem debatidos.

Ou seja, a própria ciência não está certa dos melhores caminhos a serem tomados. Se fechar as atividades (mesmo tendo efeitos colaterais importantes), ou se manter as atividades livres e operar somente através de campanhas de conscientização e cuidados individuais (mesmo sabendo que tem gente que não lê nada e não sabe, portanto, seus riscos).

Consciência de certa forma significa “estar ciente” das coisas. E nestes casos a ciência ainda é muito relativa.

Para desenvolver economias no mundo foram usadas técnicas reconhecidas pela ciência de vários ideários diferenciados. Para a mesma doença foram receitadas teorias liberais de Adam Smith ou teorias planificadas como a de Marx. Keynes foi usado para referencia por vários governos no mundo, inclusive no Brasil na era PT. Tudo é ciência, embora caminhos diferentes existam.

 

 

 

PIB de 2020 fecha com queda de 4,1%, revela pesquisa do IBGE

 

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 4,1% em 2020, totalizando R$ 7,4 trilhões. Essa é a maior queda anual da série iniciada em 1996 e interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB (a soma de todas as riquezas produzidas no país) acumulou alta de 4,6%.

O PIB per capita alcançou R$ 35.172 no ano passado, recuo recorde de 4,8%. Isto significa que cada brasileiro produziu mais de R$ 35 mil no ano caso o trabalho não fosse individualizado e livre.

Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a queda é efeito da pandemia de covid-19, quando diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para controle da disseminação do vírus. “Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração”, disse.

Com: Agência Brasil

 

Conforme CNC, pandemia fez com que 75 mil lojas fechassem no Brasil

 

Mais de 75 mil lojas fecharam as portas no Brasil, no primeiro ano da pandemia de covid-19. O dado é do novo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que aponta o saldo entre abertura e fechamento de estabelecimentos com vínculos empregatícios do comércio varejista brasileiro. A retração em 2020 é a maior desde 2016 (-105,3 mil), quando o setor ainda sofria os efeitos da maior recessão da história recente do País.

Diante deste cenário, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que a queda das vendas no varejo, no ano passado (-1,5%), no entanto, foi menor do que a esperada para um momento tão crítico. “As perdas do setor varejista foram sentidas logo em março, mas, a partir de maio, foi possível começar a reverter a situação, graças à rápida reação do mercado. Contribuíram fatores como o fortalecimento do comércio eletrônico e o benefício do auxílio emergencial, permitindo que o brasileiro pudesse manter algum nível de consumo. O desafio será ver o comportamento deste ano, com o programa de imunização ainda em andamento”, avalia Tadros.

O nível de ocupação no setor também foi impactado pela crise: ao longo do último ano, 25,7 mil vagas formais foram perdidas. Trata-se da primeira queda anual desde 2016 (-176,1 mil). Embora negativo, o saldo de 2020 não reverteu completamente a quantidade de vagas geradas nos três anos anteriores.

O ramo que mais perdeu unidades foi o de vestuário, calçados e acessórios (-22,29 mil unidades). Na sequência, aparecem hiper, super e minimercados (-14,38 mil) e lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (-13,31 mil).

 

Fecomércio-RS pede ao Governo Federal mais prazo para pagamento de empréstimos

 

Diante do mais um fechamento das atividades consideradas não essenciais no estado, a Fecomércio-RS vem mantendo contato com o Ministério da Economia para cobrar medidas de apoio às empresas que estão novamente impedidas de operar. Nesta semana, a entidade enviou dois ofícios solicitando mais prazo para as empresas pagarem empréstimos concedidos através do Pronampe e a reedição de MPs que permitam a redução de jornada e suspensão de contratos dos trabalhadores.

Em comunicação com o Secretário Especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, a Fecomércio-RS também solicitou nova edição de medidas que flexibilizem as regras trabalhistas nos moldes das Medidas Provisórias 927 e 936, de 2020. As MPs permitiram que os empregadores negociassem, temporariamente, a suspensão ou redução de contratos com os trabalhadores que receberam o amparo de compensação proporcional ao seguro-desemprego.  A Federação propõe ainda alguns ajustes, como a previsão de fracionamento dos períodos de suspensão e redução de jornada e a possibilidade de comunicação imediata aos trabalhadores, já que as medidas restritivas têm sido impostas com pouco tempo de antecedência.

 

 

 




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