OPINIÃO de FAUSTO JR em A FOLHA – FALTA DE IDENTDADE TURISTICA EM TORRES?

Este e outros topicos na coluna semanal

10 de abril de 2018

SÓ PODE SER INVEJA!

Não há fundamentos coerentes na linha de atuação do Ministério Público Federal em uma ação que nesta semana teve sentença judicial e condenou dois quiosques do Calçadão de Torres (Mariscão e Chapéu de Palha) a serem desativados e retirados no lugar (demolidos). Se a sentença fosse somente para a PREFEITURA de Torres e que pedisse que ela (prefeitura) se comprometesse a REGULARIZAR os estabelecimentos, poder-se-ia até concordar, pois não haveria decisão radical e somente haveria um pedido de Plano de Uso adequado perante as leis ambientais. Mas alegar que eles (quiosques) estão em dunas, beira o ridículo, porque então boa parte do Brasil teria de ser demolida.
As Dunas da Praia Grande NÂO SÃO NATURAIS. Elas apareceram grandes por conta da atividade HUMANA de retenção das areias que cobriam as ruas todos os anos. As prefeituras colocaram durante décadas esteiras para que a areia ficasse retida na praia ao invés de invadir a avenida. E surgiram as dunas.
Os quiosques sequer estão em área de Marinha. Esta área só é conceituada desta forma após 30 metros da maré média em direção ao continente. E os estabelecimentos estão pelo menos a 100 metros.
Só pode ser CIUMEIRA de pessoas que criaram a causa perante os empreendedores que deram certo explorando uma área concedida pela prefeitura. A teoria de “igualdade” erradamente buscada por algumas pessoas sugere TIRAR as coisas de alguém para igualar elas aos que não tiveram sucesso, puxando os de cima para baixo. Mas a igualdade saudável sugere que a sociedade dê chances para que outros deem certo como os vencedores, num movimento de levantar os que estão esperando ao invés de baixar os bons.
Ainda bem que os quiosqueiros podem recorrer a mais duas instâncias. E pessoalmente sugiro que a prefeitura faça um projeto com um PLANO DE USO e de ocupação dos espaços públicos para que Torres tenha, com isto, somente uma MELHORIA no uso dos espaços perante a lei. E não que os donos tenham que se retirar como pede a ação judicial. Colocar o CALÇADÃO como parte do equipamento urbano (incluindo os quiosques) seria uma forma de assumir os equipamentos como área de concessão URBANA e tirar o MPF e MPE do circuito, acho eu.

Falta de identidade turística coerente

A FOLHA nesta edição (que o senhor ou senhora está lendo) mostra uma matéria totalmente montada pela redação do jornal que sugere que as autoridades torrenses promovam um projeto que fomente que empreendedores ou pescadores tenham locais de beneficiamento de pescados. É que Torres é uma cidade DE TURISMO de BEIRA DE PRAIA que naturalmente deveria ter ABUNDANCIA de peixes frescos vendidos aqui, ou nas peixarias ou nos restaurantes, neste último caso, obviamente preparados conforme cardápios dos estabelecimentos. Mas não. Infelizmente as leis exageradas e regulações burocráticas fizerem com que nossa cidade perdesse autonomia dum pedaço dela que vem de nascença: a pesca e o consumo de peixe pelos visitantes, como acontece em todas as cidades de turismo de beira de praia do MUNDO.
Tomara que o projeto vá adiante. Pode ser o começo de nosso resgate de cidade de veranismo vendida pelo mundo inteiro. Olho no lance!

Vereadores fazendo campanhas para partidos ou para o distrito?

O vereador Pardal (PRB) anunciou na última sessão da Câmara que o empresário Flavio Rocha se ficou ao PRB para ser candidato à presidência do Brasil pelo partido do qual o vereador faz parte em Torres e deve concorrer a deputado estadual. Pardal diz que o ex-deputado constituinte surge como um nome LIBERAL, por pregar em sua trajetória o importo ÚNICO para o país, consequentemente defende um estado MENOR.
O vereador Pardal mostra que começa a articular os motes de campanha eleitoral. E parece que a base será o PRB, seus candidatos ao executivo, a defesa INCONDICIONAL da região do Litoral Norte e a defesa da classe dos policiais militares, do qual faz parte como servidor reformado da BM do RS.
E com o tempo, os outros vereadores torrenses e de outras cidades da região também começarão a mostrar se vão defender candidaturas de suas agremiações ou vão assumir o voto distrital apoiando candidaturas com perfil local, oriundas d Litoral, como a de Pardal e outras que devem aparecer na região, como a reeleição do litorâneo Gabriel Sousa (PMDB) atual líder do governo Sartori na AL mesmo sendo jovem e estando no primeiro mandato.
O voto distrital não está definido por lei. Mas pode ser exercitado DE FATO. Eu voto SEMPRE em candidaturas oriundas do Litoral. São mais eficientes na demanda de onde eu moro. Olho nos lances!

Contra os alugueis e contra a venda do imóvel?

O vereador Dê Goulart (PDT) sinalizou que vai no mínimo debater bastante seu voto e do seu companheiro de PDT, Rogerinho, quando da votação da venda do edifício Arara Azul, onde hoje funciona a Secretaria de Educação de Torres e a prefeitura local quer vender para fazer caixa e se desmobilizar (diminuir imobilização – imóveis próprios).
A justificativa do vereador é a de que a prefeitura ainda gasta muito em aluguel e, portanto, não deveria vender um imóvel que poderia abrigar repartições que hoje ocupam prédios alugados.
Dê listou todos os imóveis alugados e deu destaque ao arrendado para ser ponto da SAMU que estaria custando R$ 15 mil por mês para a prefeitura.
Deomar também disse que votou a favor da compra o ex- Hotel Beira Mar, em 2013, justamente para que a municipalidade se livrasse dos alugueis, o que ainda não aconteceu conforme a expectativa do pedetista.
Pelos cálculos do vereador em seu pedido de informação que compartilhou em sua fala na última sessão da Câmara, a prefeitura de Torres ainda gasta R$ 272 mil por ano em aluguel.

Defesa do governo na Câmara está fraca

O vereador Fábio da Rosa tem defendido a prefeitura nas reclamações que estão pipocando pelas redes sociais referentes aos alagamentos, principalmente em estradas vicinais. É que a prefeitura está com máquinas que fazem o emparelhamento de estradas de saibro estragadas e a falta de manutenção quando passa de duas semanas começa a aparecer forte.
Fábio promete solução e deu a boa notícia: a municipalidade irá comprar MAIS UMA MÁQUINA para não ter estes problemas, além de concertar as atuais. Mas é impressionante como os outros dois vereadores do PP na Câmara não têm apoiado o governo Carlos Sousa. Val Cabelereiro e Gisa Webber dificilmente falam, e quase nunca têm usado seus espaços para apoiar o governo de seu partido, o PP. Quem geralmente tem elogiado a prefeitura – além do presidente da Câmara Fábio da Rosa – tem sido os vereadores da coligação: Ernando Elias da Rede- Sustentabilidade; e Jeferson, do PTB. O PP deve ter alguma coisa a definir internamente para melhorar esta relação. E o PDT mais parece fora do governo.
Olho vivo!




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